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VETO À IMPORTAÇÃO DE LIXO NA CHINA AFETA INDÚSTRIA DE RECICLAGEM GLOBAL

A Europa e a América do Norte exportam milhões de toneladas de lixo reciclável 
para a China a cada ano - AFP/Arquivos

23/01/2018

Durante anos, a China foi o principal destino do mundo para o lixo reciclável, mas a proibição recente de certas importações deixou os países em busca de novos aterros para pilhas de lixo crescentes.

A decisão foi anunciada em julho e entrou em vigor em 1º de janeiro, dando às empresas da Europa aos Estados Unidos apenas seis meses para procurar outras opções e levando algumas a armazenar lixo em estacionamentos.

Na China, algumas empresas de reciclagem tiveram que demitir funcionários ou fechar devido à perda de negócios.

A proibição impede as importações de 24 categorias de resíduos sólidos, incluindo certos tipos de plásticos, papel e têxteis.

“Grandes quantidades de resíduos sujos ou mesmo perigosos são misturados nos resíduos sólidos que podem ser usados ​​como matérias-primas. Isso poluiu o ambiente da China seriamente”, explicou o Ministério do Meio Ambiente em um aviso à Organização Mundial do Comércio.

Somente em 2015, o gigante asiático comprou 49,6 milhões de toneladas de lixo, de acordo com dados do governo.

A União Europeia exporta metade dos seus plásticos coletados e separados, 85% deles para a China. A Irlanda sozinha exportou 95% de seus resíduos plásticos para a China em 2016.

Nesse mesmo ano, os EUA enviaram mais de 16 milhões de toneladas de commodities de sucata para a China no valor de mais de US$ 5,2 bilhões.

– Problema ambiental “catastrófico” –

A proibição tem sido como um “terremoto” para países dependentes da China, disse Arnaud Brunet, chefe do Escritório Internacional de Reciclagem.

“Isso colocou a nossa indústria sob estresse, uma vez que a China é simplesmente o maior mercado do mundo” para materiais reciclados, disse à AFP.

As exportações mundiais de plástico para a China podem cair de 7,4 milhões de toneladas em 2016 para 1,5 milhão de toneladas em 2018, enquanto as exportações de papel podem despencar em quase um quarto, de acordo com a estimativa de Brunet.

A diminuição será em parte devido a uma queda no limite de impurezas que a China está disposta a aceitar por tonelada de resíduos – padrões mais elevados que a maioria dos países atualmente não pode atender.

Alguns agora estão olhando para mercados emergentes em outros lugares, como a Índia, o Paquistão ou o sudeste da Ásia, mas isso pode ser mais caro do que mandar lixo para a China.

O envio de materiais recicláveis ​​para a China é mais barato porque eles são colocados em navios que “de outra forma estariam vazios” ao retornar ao país asiático depois de entregar bens de consumo na Europa, disse Simon Ellin, diretor executivo da Associação de Reciclagem britânica.

Brunet também advertiu que muitos países alternativos ainda não têm a capacidade de ocupar o lugar da China, uma vez que “a capacidade de processamento não se desenvolve da noite para o dia”.

Há o risco de que a proibição cause um problema ambiental “catastrófico”, já que os acúmulos de resíduos recicláveis ​​são incinerados ou despejados em aterros com outros resíduos.

Nos Estados Unidos, coletores de materiais recicláveis ​​já estão reportando “estoques significativos”, disse Adina Renee Adler, diretora sênior de relações internacionais no Instituto de Indústrias de Reciclagem de Sucata (ISRI).

“Alguns municípios anunciaram que não aceitarão certos materiais ou os direcionarão para aterros”, disse.

Brandon Wright, porta-voz da Associação Nacional de Resíduos e Reciclagem dos EUA, disse à AFP que algumas instalações estavam armazenando estoques do lado de fora ou em estacionamentos.

– “Difícil fazer negócios” –

A proibição também criou desafios para empresas chinesas dependentes de resíduos estrangeiros.

“Será muito difícil fazer negócios”, disse Zhang Jinglian, dono da empresa de reciclagem de plástico Huizhou Qinchun, na província de Guangdong.

Mais de metade dos seus plásticos eram importados, e à medida que os preços de tais matérias-primas subirem, a produção será reduzida em pelo menos um terço, disse. Ele já havia despedido uma dúzia de funcionários.

Outros, como a Nantong Heju Plastic Recycling, na província costeira de Jiangsu, “deixarão de fazer negócios”, disse um representante.

Mas, ao mesmo tempo, a proibição poderia levar a China a melhorar seus próprios sistemas de reciclagem, permitindo reutilizar mais materiais locais, disse o especialista em plásticos da Greenpeace Liu Hua.

“Atualmente não existe um sistema de reciclagem completo, legal e regulamentado”, na China, onde até mesmo grandes cidades como Pequim dependem de catadores ilegais, afirmou.

“Quando não há recursos provenientes do exterior, há uma maior probabilidade de melhorarmos nossa própria reciclagem interna”.

Na Europa, a proibição também poderia ter o efeito positivo de estimular os países a se concentrarem no desenvolvimento de indústrias domésticas de reciclagem, afirmou Jean-Marc Boursier, presidente da Federação Europeia de Gerenciamento de Resíduos e Serviços Ambientais.

“A decisão chinesa nos obriga a nos perguntar se não estaríamos interessados ​​em criar fábricas de processamento na Europa para exportar produtos em vez de resíduos”, afirmou.

Na terça-feira, a UE revelou planos de eliminar os plásticos descartáveis, como copos de café, e tornar recicláveis ​​todas as embalagens de plástico até 2030.

Fonte: ISTOÉ


MARCA DE ROUPAS CRIA ESTRATÉGIA PARA AJUDAR A RECICLAR O LIXO JOGADO NO MAR

A estilista espanhola Sybilla colaborou com a Ecoalf criando uma coleção de 
roupas feitas com material reciclável, como este casaco | Foto: Ecoalf/Sybilla

30/11/2017

Ao mesmo tempo em que cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas no mar todos os anos, jogamos fora 11 bilhões de quilos de roupas anualmente.

O lixo altera a composição química do nosso mundo marinho, afetando todos os ecossistemas na água. Ao mesmo tempo, encher aterros de lixo, incluindo roupas, faz com que poluentes químicos contaminem solo e ar, com um impacto negativo sobre o planeta e, consequentemente, sobre a nossa saúde.

É óbvio que algo precisa ser feito. E nesse sentido, um conceito criado pela marca espanhola de roupas Ecoalf poderia ajudar.

O criador da Ecoalf, Javier Goyeneche, quer aumentar a consciência sobre o uso 
irresponsável de recursos naturais e o slogan da campanha é "Porque não há um 
planeta B" | Foto: Ecoalf

O complexo e revolucionário projeto de sustentabilidade da empresa busca transformar os restos plásticos encontrados nas profundezas do Mar Mediterrâneo em barbante para costurar tecidos e fazer roupas.

A iniciativa, chamada Upcycling the Oceans, foi indicada para o prêmio Beazley Designs, que celebra anualmente iniciativas de design que levem a mudanças no mundo onde vivemos.

O slogan da Ecoalf é "Porque não há um planeta B", e seu objetivo é "criar a primeira geração de produtos reciclados com a mesma qualidade, design e propriedades técnicas que os melhores produtos não reciclados".

Até agora, parece que eles estão no caminho certo.

O projeto da Ecoalf, chamado Upcycling the Oceans, foi indicado para o prêmio 
Beazley Designs deste ano | Foto: Ecoalf

O projeto Upcycling the Oceans foi lançado originalmente em 2015 no país de origem da Ecoalf, a Espanha, com base em um modelo de economia circular que revoluciona o processo de criar roupas.

Há três passos principais: primeiro, pescadores locais coletam o plástico do solo do Mar Mediterrâneo, que é então purificado através da polimerização (que gera pellets, um produto granulado) e vira um filamento contínuo por meio da extrusão e transformação dos pellets em fios usados para costurar as roupas.

O projeto da Ecoalf revoluciona a produção de roupas: o lixo do oceano é purificado 
e transformado em pellets que viram fios para a costura de roupas | Foto: Ecoalf

"(O projeto) vai expandir o conhecimento das pessoas sobre o que está acontecendo no planeta e sobre como estamos trabalhando para alcançar um objetivo muito definido: parar de usar recursos naturais de uma maneira irresponsável e deixar um futuro melhor para as próximas gerações", disse à BBC Javier Goyeneche, criador e presidente da Ecoalf.

A empresa já trabalhou com as marcas Swatch, Apple e Goop, além de uma parceria com a estilista espanhola Sybilla para criar uma coleção de dez peças como casacos coloridos reversíveis e jaquetas de nylon criadas a partir de redes de pescadores jogadas fora.

A Ecoalf expandiu sua operação para a Tailândia em setembro deste ano. O projeto é apoiado pelo Ministério do Turismo do país e pela empresa química PTT Global Chemical Public, e tem uma duração prevista de três anos.

A estilista espanhola Sybilla colaborou com a Ecoalf criando uma coleção de roupas 
coloridas feitas com tecido reciclado de redes de pesca | Foto: Ecoalf/Sybilla

Cada item é 100% reciclável. Esse método pode ajudar a reduzir a enorme quantidade de roupas desperdiçadas que estamos criando, além de criar recursos sustentáveis para criar roupas de alta qualidade no futuro.

Não é só uma questão de criar roupas, porém. Cerca de 60% das 8 milhões de toneladas de plástico vêm de países asiáticos, segundo a Ecoalf.

O projeto na Tailândia inicialmente está focando na educação de locais a respeito de um estilo de vida sustentável e responsável, em uma tentativa de reduzir esse número com a coleta e os processos de reciclagem, chegando até a transformação do material bruto em roupas.

Goyeneche tem grandes esperanças em sua missão ecológica: "É uma enorme oportunidade, e desenvolvemos esse projeto de forma que ele possa ser replicado no mundo todo".

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site da BBC Culture

Fonte: BBC Brasil

ENEM RETA FINAL: PROFESSOR DE BIOLOGIA EXPLICA A RELAÇÃO ENTRE O LIXO E O MEIO AMBIENTE


01/11/2017

A redação do Enem será aplicada no dia 5 de novembro, na primeira fase do exame. O lixo é um dos assuntos que pode ser tema da redação este ano.

Por G1 Petrolina*

Na reta final para o Enem, o G1 Petrolina e Região, com o auxílio do professor Diego Alcântara, selecionou cinco possíveis temas para a redação deste ano. A seleção foi feita com base em uma lista divulgada no G1, com 14 apostas de professores para a redação 2017. Entre os assuntos, está a relação entre o lixo e o meio ambiente. Qual é a melhor maneira de descartar esse material? O que fazer com o lixo eletroeletrônico? É sobre isso que vamos falar agora.

Professor de biologia na região de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e de patologia na Universidade de Pernambuco (UPE), Adauto Almeida Neto nos ajuda a entender um pouco mais sobre o tema. No vídeo acima, o professor Diego Alcântara mostra como você pode trabalhar esse assunto em sua redação.

“O lixo termina sendo uma grande problemática social da modernidade. Primeiro porque você tem um aumento demasiado da população do mundo e, com o aumento da população, termina aumentando aquilo que a gente consome, aquilo que a gente descarta e isso gera o lixo. O grande problema do lixo é, justamente, o lixo orgânico, porque esse, muitas vezes, não há a necessidade de reutilizá-lo ou de reciclá-lo, o que seria o ideal em relação ao despejo do lixo”, explica o professor.

De acordo com o professor Adauto, as cidades não estão, muita vezes, preparadas para essa demanda. Assim, o lixo termina sendo lançado em ambientes naturais, gerando uma série de problemas relacionados à própria degradação do ambiente, causando alguns impactos.

Descarte irregular de lixo prejudica o meio ambiente (Foto: Reprodução/EPTV)

“Esse impacto pode ser observado em várias áreas de ecossistemas terrestres e aquáticos. Impacto no rio, com o assoreamento; nos lençóis freáticos, com a absorção do chorume; impacto com a própria destruição do ambiente, a mudança das cadeias alimentares”.

O professor afirma que o uso sustentável do lixo é um desafio. “Hoje está se pensando em como se usar esse lixo de uma forma sustentável. E o que é a sustentabilidade? A sustentabilidade é você tentar utilizar os recursos da natureza, utilizar daquilo que nós consumimos e descartamos em benefício mútuo. Tentar reutilizar de uma forma sustentável, economicamente rentável e que não seja degradado o ambiente. Isso é a sustentabilidade. Usar o recurso sem degradar".

"Existem os problemas relacionados à produção excessiva de material não-biodegradável. O saco plástico precisa ser reduzido. A garrafa pet precisa ser produzida, mas com uma reutilização.”

Professor Adauto Almeida Neto nos ajuda a entender um pouco mais 
sobre o lixo (Foto: Emerson Rocha)

Outro desafio em relação ao lixo está relacionado aos produtos eletroeletrônicos. Como cuidar desse material? “Esse é um lixo que, infelizmente, as cidades ainda não sabem o que fazer com todo esse descarte de equipamentos como pilha, radiotransmissor, equipamentos que envolvem circuitos. Vem se tornando um grande problema porque não se sabe o que fazer com esses materiais. Esse material tem que ser descartado em um determinado setor, que, muitas vezes, não existe na cidade, para que aquele lixo eletroeletrônico seja, de alguma forma, reciclado”.

Qual seria o papel do cidadão no tratamento do lixo?

“Primeiro, o ideal é que as pessoas tenham no seu consumo caseiro uma divisão para tentar separar os materiais. Aquele lixo orgânico é colocado em um recipiente, o lixo sintético, o plástico por exemplo, ele vai para outro recipiente, o lixo eletrônico em outro. Fazendo essa separação e direcionando esse lixo para um determinado tipo de órgão, você vai organizando esse material e impactando menos o ambiente”.

Entre as soluções para minimizar os efeitos do lixo no ambiente, de acordo com o professor Adauto, está a educação ambiental. “A educação ambiental é necessária. E o que acontece? A educação acadêmica, básica, infelizmente ela é uma problemática social. As pessoas, principalmente, que não têm acesso e não sabem o que é educação ambiental, elas são os principais veículos dessa contaminação do ambiente”.

“Em termo de boa utilização do lixo, a grande vitrine mundial são os países que apresentam uma educação ambiental fortalecida. Países europeus. A gente tem a Inglaterra, que é um país superlimpo que tem um trato com o lixo muito eficiente, principalmente, por causa da educação ambiental. As pessoas não abrem a janela para jogar um copo plástico na rua. No Brasil a gente tem uma problemática grande porque a população é muito grande, temos o problema social e econômico muito forte que termina criando essa barreira e o lixo vai se acumulando”.

Descarte e tratamento do lixo

"Em relação ao lixo existem alguns princípios básicos que a gente precisa entender sobre o descarte . Existem algumas formas de tratar esses resíduos", diz o professor, listando as cinco maneiras.

1 – O lixo pode ser incinerado. A incineração é um recurso que termina favorecendo a destruição do lixo, no entanto, existem alguns efeitos colaterais em relação a esse sistema. Por exemplo, a poluição. Queimando, você emite monóxido e dióxido de carbono, que são gases tóxicos. Isso causa um efeito ambiental destrutivo, por exemplo em relação ao efeito estufa. A incineração necessitaria de um ambiente específico, de um tratamento desses gases poluentes, por tanto se tornaria mais caro.

2 – O aterro: o aterro sanitário é uma prática que muitas cidades terminam desenvolvendo em função de que, tendo uma área a ermo dentro da natureza, dentro do próprio espaço da cidade se constrói um aterro para se depositar todo o lixo produzido na cidade. Existem efeitos colaterais. Precisa ter um local absurdamente isolado. Não pode ter relação com outros seres daquele meio, inclusive os seres humanos, já que alguns vivem do lixo. O aterro tem que ser bastante isolado. E, ao mesmo tempo, o grande problema do aterro é a infiltração de todo chorume, que é aquele produto orgânico liberado depois do processo de fermentação bacteriana do próprio lixo. O chorume se infiltra e os lençóis freáticos terminam se contaminando.

Aterro sanitário é uma prática comum nas cidades (Foto: PMM/Divulgação)

3 – Lixão: os lixões, que são aqueles acúmulos em determinados locais, eles são preservados para que depois, parte desse lixo, seja separado para se fazer, por exemplo, uma reciclagem, o que seria ideal.

4 – Reciclagem: você separando bem o lixo, ele vai ser reutilizado e você volta para a questão da sustentabilidade.

Separação de resíduos permite a coleta seletiva de lixo e reciclagem 
(Foto: Leandro Tapajós/G1 AM)

5 – Compostagem: você vai reunir o material orgânico em um determinado local específico, já previamente dividido em comportas ou espaços específicos onde aquele lixo será deposito. A comunidade bacteriana, os microrganismos que utilizam aquela matéria orgânica vão atuar naquele lixo e dessa biodigestão, todo o resíduo orgânico, vai sendo separado, onde fertilizantes, adubos podem ser produzidos e gases que são liberados na fermentação, um deles é o metano, que pode ser usado, por exemplo, para a obtenção de energia elétrica. Você pode acender uma lâmpada utilizado o gás que é produzido através da biodigestão.

* Colaboração: Amanda Franco, Amanda Lima, Beatriz Braga e Emerson Rocha

Fonte: G1 Petrolina e Região

LOGÍSTICA REVERSA CONTRIBUI PARA DIMINUIÇÃO DE LIXO

Lixo reciclável: lavar ou não? Como separar o lixo? - greenMe.com.br - com.br

26/06/2017

Os fabricantes agora são responsáveis por reciclar pelo menos 17% de seus resíduos.

Pensar que o planeta em que vivemos está ficando coberto de lixo é algo assustador. Por isso, foi criado o método da logística reversa, para tentar reduzir o teor de resíduos que tornam-se lixo.

Nem tudo que é jogado na lixeira é lixo, isso porque existe uma enorme diferença entre lixo e resíduo. Lixo é tudo aquilo que não pode ser reaproveitado, ou seja, deve ser descartado. Já os resíduos podem ser recuperados, reciclados e reutilizados.

A lei número 12.305 e seu regulamento, decreto número 7.404, disserta sobre a responsabilidade perante os resíduos sólidos, essa lei define que os fabricantes possuem a responsabilidade de reciclar pelo menos 17% de tudo que produzem.

Dessa forma, a logística reversa atua como cooperadora do meio ambiente.

O conceito de logística compreende toda a sequência de ações que garantem que o produto chegue até o consumidor final, sendo assim, a logística reversa nada mais é do que o processo inverso, ou seja, o produto voltará do consumidor para o fabricante.

A Apple, a Philips e a HP criaram métodos para facilitar a prática da logística reversa.

A Apple certifica que seus clientes que levarem os aparelhos antigos às suas lojas para serem avaliados por profissionais, receberão o valor do aparelho, que poderá ser utilizado para a compra de um aparelho novo. o aparelho antigo será, então, encaminhado para a reciclagem. Atualmente, esse método só é válido nos Estados Unidos, mas será expandido em breve.

A Philips equipou quase 100 assistências técnicas com urnas próprias para coletar baterias e pilhas.

A HP criou um e-mail para atender os clientes que desejam ter seus produtos e suprimentos de impressão da marca reciclados. O e-mail é o reciclagem@hp.com.

Uma outra medida para auxiliar na redução do lixo é a coalizão embalagens, esse acordo, assinado em 2015, tem como meta a redução de 22% das embalagens destinadas aos aterros até o final de 2017, utilizando o conceito de logística reversa.

No dia 1° de fevereiro deste ano, foi apresentado pela coalizão embalagens, um relatório com os resultados prévios. Nele consta que 51,2% da população brasileira está engajada na missão. No qual 422 municípios de 25 estados brasileiros participam.

Toda a população é convidada a contribuir, para isso, a Tetra Pak, uma empresa que fabrica embalagens, criou um site, www.rotadareciclagem.com.br, que ajuda a localizar os pontos que atuam como compradores de recicláveis. #planeta #Terra #geografia

Vaticano e o meio ambiente: ilha ecológica para tratamento de resíduos

15/11/2016 

Cidade do Vaticano (RV) – A segunda-feira (14) marca o início das operações da nova área ecológica localizada dentro do Vaticano. Mesmo com extensões territoriais limitadas, o menor país do mundo produz seus resíduos e uma ilha ecológica vai otimizar o programa de coleta diferenciada do lixo gerado dos escritórios e dos apartamentos dos residentes.

Uma área dentro do Vaticano foi individuada pela Direção de Serviços Técnicos e adaptada segundo exigências específicas para ilhas ecológicas, ou seja, locais de coleta seletiva de lixo. Dezenas de pessoas irão trabalhar no diagnóstico e gestão dos mais diversos resíduos que depois serão encaminhados para reciclagem ou reutilização. Um compactador de embalagens de papel e papelão servirá como teste para inaugurar a nova área que, num segundo momento, deverá se transformar em ponto de coleta principal para toda a Cidade do Vaticano.

Nos últimos dois anos  diversos coletores de diferentes cores para a separação seletiva do lixo foram distribuídos aos usuários e residentes. A própria Encíclica Laudato si’ de Papa Francisco contribuiu em modo determinante para acelerar a realização do sistema de coleta de maneira mais organizada. A ilha ecológica do Vaticano será capaz de dar um destino adequado aos resíduos para aumentar a reciclabilidade de materiais.


AÇÃO SOCIAL RETIRA MAIS DE 40KG DE LIXO EM PRAIA NO RS

Crédito: Greenpeace


24/09/2016

“A união faz a força” é um ditado popular bem conhecido e até motivo de alguns trocadilhos. Entretanto, acompanhar a ação voluntária onde mais de 300 pessoas se encontraram na praia Guarita, em Torres, Rio Grande do Sul é importante para revalidarmos a relevância da natureza colaborativa: 42 quilos de lixo, correspondente a 3.917 itens, foram retirados do local.

O evento aconteceu no último domingo (18), no Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, onde voluntários do Greenpeace em parceria com o Projeto Praia Limpa Torres e o Grupo de Estudo de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars) se encontraram para a 3ª edição do mutirão. Foram encontrados canudinhos de refrigerante, bitucas de cigarro, pedaços plásticos, pedaços de vidro e embalagens de alimentos.

A ação social teve início às 09h da manhã e teve a apresentação de palestras, workshops e mostras de projetos ambientais. Estas atividades foram realizadas pelos voluntários do Greenpeace, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e Universidade Caxias do SUL (UCS).

Carolina Guimarães, uma das voluntárias do Greenpeace no município de Imbé, acredita no valor da consciência colaborativa e trabalhar coletivamente pelo meio ambiente: “Foi extremamente gratificante participar deste dia junto aos voluntários de outras cidades. Trabalhamos juntos, unindo o propósito de preservar nosso meio ambiente e o resultado foi essa grande ação de coleta e incentivo aos moradores de Torres”, relatou.

A iniciativa é de amplitude mundial e teve início pela ONG Ocean Conservancy, em 1980, acontecendo todos os anos desde então em mais de 100 países.

Fonte: Onda.com


Ativistas defendem inclusão dos catadores

Debate: reciclagem inclusiva - Paulo de Araújo/MMA

24/08/2016

Representantes da categoria discutem gestão de resíduos sólidos em evento promovido pelo MMA nas Olimpíadas Rio 2016.

O ex-catador Tião Santos e os sete irmãos cresceram no lixão do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Trabalhavam com a coleta de resíduos para sobreviver. Criativo, Tião dava novas utilidades àquilo que os outros jogavam fora. Depois de muita batalha, protagonizou o documentário “Lixo Extraordinário”. Hoje, aos 37 anos, é exemplo de engajamento e milita tanto pela dignidade da categoria quanto pela questão ambiental.

A história de Tião e a questão dos resíduos sólidos foram debatidas nesta sexta-feira (19/08), no Rio de Janeiro, nos Diálogos Brasil Sustentável, promovidos pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) na programação do governo federal nas Olimpíadas Rio 2016. “O preconceito já nasce na sociedade, que não reconhece o catador como cidadão”, alertou Tião, durante o debate. “É essencial a humanização do trabalho dessas pessoas que sequer são vistas”, completou.

VALORIZAÇÃO

A inclusão social dos catadores e a conscientização da população surgiram como uma das principais medidas para a questão dos resíduos sólidos. “A reciclagem nasce da pobreza e da exclusão social, e não da educação ambiental. Isso tem de mudar”, defendeu Tião. “O que buscamos é a valorização e o reconhecimento das bases”, acrescentou o representante do Movimento Nacional dos Catadores Materiais Recicláveis, Custódio Chaves.

O papel de cada um na gestão dos resíduos sólidos também foi abordado no debate. O gerente do Departamento de Ambiente Urbano do MMA, Eduardo Rocha, afirmou que as responsabilidades começam dentro de casa e vão até os fabricantes e gestores públicos. “Os grandes eventos realizados no Brasil recentemente já mostram um movimento grande das prefeituras na coleta de resíduos”, exemplificou.

CONSERVAÇÃO

Os Diálogos Brasil Sustentável desta sexta-feira também incluíram debates sobre a extinção de espécies de plantas e animais. “A proteção das espécies é fundamental para fornecer uma agenda positiva de conservação para o século 21”, pontuou o biólogo e especialista em ecologia Fernando Fernandez, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “As políticas públicas são a solução para questões como reflorestamento”, resumiu a pesquisadora Eline Martins, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social (61): 2028-1227



Rio 2016 anuncia parceria com catadores para reciclagem de lixo nas arenas



03/08/2016

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

A Olimpíada Rio 2016 será a primeira na história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em que catadores de materiais recicláveis farão coletiva seletiva dentro dos locais de competições. De acordo com o Projeto de Reciclagem Inclusiva: Catadores nos Jogos Rio 2016, equipes de catadores, formadas por 240 membros de 33 cooperativas e três redes, farão a pré-seleção de materiais no Parque Olímpico na Barra da Tijuca, em Deodoro e nos estádios do Maracanã e Engenhão.

Lançado pela Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e Autoridade Pública Olímpica (APO), o projeto faz parte do Programa de Reciclagem nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e é operacionalizado pelo projeto Catadores em Rede Solidária (CRS), da Secretaria de Estado do Ambiente, dentro do Programa Ambiente Solidário.

Os resíduos retirados dos complexos esportivos pelos garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) serão levados a um local denominado compound (área delimitada), onde as equipes de catadores farão a pré-reciclagem, conforme informou hoje (1°) o coordenador do Programa Ambiente Solidário, Ricardo Alves.

Geração de renda

“Esse material será encaminhado para uma central da própria cooperativa dos catadores, onde será feita a reciclagem. Tudo será vendido e o valor obtido reverterá para a própria categoria dos catadores”.

Segundo Alves, o programa garante aos catadores a oportunidade de geração de renda e expertise. Além disso, faz a logística reversa do material, a partir da reciclagem, “que é a destinação correta do produto. Não está indo para o aterro.”

O coordenador não tem dúvida de que, a partir da Rio 2016, a categoria dos catadores estará apta a participar de qualquer outro grande evento. “Eles estarão cacifados. A Olimpíada é o maior evento do planeta. Depois disso, eles conseguirão participar de  qualquer outro mega evento.”

Meio ambiente

Ricardo Alves sugeriu que as demais prefeituras brasileiras podem utilizar esse serviço, por meio do Programa Ambiente Solidário, para fazer a reciclagem do material, “que ajuda muito o meio ambiente”.

Alves informou que ainda esta semana será iniciado um monitoramento transparente do material reciclável recolhido. “Estará no site da secretaria, do Comitê Rio 2016 e de outras entidades que participaram do programa chamado Placar da Reciclagem, que dirá quantas toneladas são tiradas por dia e qual o tipo de material”. A expectativa é que sejam recolhidas nos quatro locais de competições cerca de 3,5 mil toneladas de materiais por dia.

O placar revelará também a equivalência do material reciclado coletado nas arenas em relação à quantidade de árvores plantadas e de metros cúbicos de água preservadas, por exemplo. “É uma cadeia que faz parte do programa ambiente solidário. É a questão ambiental com a geração de renda para os catadores”.

Educação ambiental

Ainda durante os jogos, cerca de 50 ou 60 catadores, escolhidos entre a equipe de 240, participarão de uma ação de educação ambiental com o público, para o qual distribuirão orientações em português e inglês sobre como separar o lixo de forma adequada.

Além de ficar com o valor total de venda do material reciclável, os catadores receberão diária mínima de R$ 80 pelo serviço nas arenas. 

Edição: Armando Cardoso




Holandês de 21 anos cria projeto inovador para limpar oceanos

Crédito: theoceancleanup.com


23/06/2016

Um inventor holandês de 21 anos revelou, nesta quarta-feira, o protótipo de um dispositivo de filtração para remover milhões de toneladas de resíduos plásticos dos oceanos, um projeto inédito que será testado no mar do Norte.

Com a iniciativa “The Ocean Cleanup” (a limpeza do oceano), Boyan Slat quer lutar contra a “sopa plástica”, uma mistura de garrafas, bolsas, chinelos e outros detritos plásticos que flutuam no oceano.

A maioria dos resíduos plásticos nos oceanos está acumulada em cinco blocos de lixo gigantes – o maior deles no Pacífico, entre a Califórnia e o Havaí.

A sopa de plástico é criada quando o lixo fica preso em cinco grandes “giros”, ou correntes oceânicas rotativas. Esses detritos vão juntando enormes blocos de resíduos, que se convertem quase em “continentes” de plástico.

Enquanto a maioria dos projetos que tentam coletar material plástico utiliza barcos que rastreiam os oceanos, Slat pretende aproveitar a potência das correntes marítimas para limpar as águas.

“Por que temos de ir até os resíduos, se os resíduos podem vir até nós?”, questionou o jovem em uma coletiva de imprensa no porto de Scheveningen, nos arredores da cidade holandesa de Haia.

A ideia nasceu quando ele ainda era um estudante do Ensino Médio e esboçou o projeto em um guardanapo de papel.

O jovem inventor pretende usar uma barreira de 100 km de comprimento em forma de V composta de grandes boias de borracha, que flutuam na superfície do oceano e estão conectadas a redes submersas de até três metros de profundidade.

O objetivo é capturar os pedaços de plástico que se movem com as correntes e juntá-los em recipientes com capacidade para até 3.000 metros cúbicos de resíduos – suficientes para encher uma piscina olímpica -, que poderão ser reciclados.

O protótipo, que tem 100 metros de comprimento e custou 1,5 milhão de euros, foi financiado por crowdfunding e doações, inclusive do governo holandês. Será levado para o mar do Norte nesta quinta-feira (23) para uma série de testes que serão realizados durante um ano a 23 km da costa holandesa.

Mais jovem ganhador do Prêmio Campeões da Terra, concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Slat abandonou seus estudos de Engenharia Espacial para se dedicar totalmente a esse projeto.

Fonte: ISTOÉ

FAÇA DESCARTE CORRETO NO CARNAVAL

Ilustração: Fernando Abras/MMA

07/02/2016

Quantidade de resíduos recolhidos após a festa aumenta 40% a cada ano. Foliões podem adotar atitudes positivas para mudar esse quadro.

Por Marta Moraes - Edição: Alethea Muniz

Carnaval e lixo não combinam. Ou, pelo menos, não deveriam combinar. No ano passado, em quatro dias de festa, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) recolheu 1.129,84 toneladas de lixo das ruas da cidade. De acordo com a empresa, os blocos foram responsáveis pela maior parte dos resíduos descartados: 639,54 toneladas contra as 465,79 toneladas produzidas pela festa na Marquês de Sapucaí. Já os números de Brasília acompanham a proporção da folia brasiliense. Em 2015, o Serviço de Limpeza Urbana no Distrito Federal (SLU/DF) recolheu 110 toneladas de resíduos após a folia na cidade. Quarenta e quatro mil sacos de lixo foram usados na coleta.

Mas no quesito “lixo pós Carnaval”, Salvador é a campeã. Em 2015, a Limpurb (Empresa de Limpeza Urbana de Salvador) recolheu quase duas mil toneladas de lixo durante a festa. Só para o serviço de higienização das ruas de Salvador no primeiro dia de Carnaval foram utilizados 250 mil litros de água e consumidos cerca de 520 mil litros de sabão. No ano passado, o projeto “Fundo da Folia”, criado em 1994 por um grupo de mergulhadores, recolheu 706 kg de lixo da praia da Barra, em Salvador, lixo que sobrou do carnaval e foi parar no fundo do mar. Em 2010, a ONG internacional Global Garbage postou fotos chocantes do fundo do mar de Salvador, 10 dias depois do carnaval: mais de 1,5 mil latinhas e garrafas, além de pedaços de abadás e outros objetos plásticos, foram encontrados por mergulhadores.

MAIS RESÍDUOS

A verdade é que o carnaval cresceu e, junto com ele, aumentaram os resíduos deixados no caminho. Dados das empresas de limpeza que atuam nas cidades brasileiras mostram que vem acontecendo um aumento de cerca de 40% a cada ano, na quantidade de lixo recolhido após a folia.  O mês de carnaval chega a ter 10% de lixo a mais produzido que a média dos outros 11 meses do ano no Rio de Janeiro, por exemplo (dados da Comlurb).

A sujeira que o carnaval deixa nas cidades é um dos maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos e panfletos de divulgação são facilmente encontrados nas ruas, entupindo bueiros e aumentando o risco de enchentes. Até mesmo a questão da saúde não pode ser esquecida, já que a proliferação do mosquito da dengue, da zika e da chikungunya depende de ações contra o acúmulo de resíduos. (Foto ao lado: Tomaz Silva/ Agência Brasil).

Segundo o Instituto Akatu, o aumento do lixo gera impactos na coleta (que fica sobrecarregada), e no armazenamento nos aterros. Mas a folia pode ter menos lixo nas ruas, uso de embalagens retornáveis e menos desperdício de comida e de bebida. Cada cidadão tem sua parcela de responsabilidade com os resíduos que deixa para trás durante o carnaval.

DICAS PARA O FOLIÃO

As principais orientações para quem vai curtir a folia nas ruas são: jogar embalagens e outros resíduos nas lixeiras mais próximas; e produzir menos lixo, evitando o uso de material descartável. Vale levar seu próprio copo ou sua própria sacolinha de lixo.

Para um carnaval mais sustentável, vale também reaproveitar aquilo que iria para o lixo, utilizando material reciclável para a criação de fantasias, adereços e máscaras; reutilizar fantasias de carnavais passados; e gastar menos combustível, utilizando o transporte público,ou carona de amigos,para chegar aos pontos da festa.

Para a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), Zilda Veloso, as pessoas não podem se esquecer, mesmo num momento de alegria, da conscientização ambiental. “O próprio cidadão pode fazer a sua parte. Não custa nada ficar com uma latinha ou um copo na mão até encontrar uma lixeira. É preciso exercitar a educação”, alerta Zilda.

BRASÍLIA LIMPA

Além das ações de cada folião, algumas cidades têm inovado para estimular menos lixo após a folia. No carnaval deste ano, em Brasília, os blocos de rua que mais se empenharem em manter os locais de festa livres de resíduos depois do evento receberão certificados do SLU. A campanha “Bloco Brasília Limpa”, lançada pelo governo do Distrito Federal em 2014, busca valorizar o esforço dos foliões no recolhimento do lixo produzido. Os foliões devem postar fotos no Instagram, com a hashtag #BSBLIMPA, seguida do nome do bloco.

Para participar da campanha, os organizadores dos blocos precisam optar pela autogestão dos resíduos (quando se responsabilizam pela limpeza e dispensam o trabalho da autarquia) ou respeitar o prazo mínimo de cinco dias úteis de antecedência para solicitar os serviços. Outros requisitos são divulgar mensagens educativas sobre o descarte apropriado e colocar lixeiras à disposição dos participantes.

PROGRAMA “LIXO ZERO”

No Rio de Janeiro, os foliões que vão brincar o carnaval de rua deverão ter mais cuidado com os pequenos resíduos irregularmente descartados. O Programa Lixo Zero, implantado no Rio, vai fiscalizar os maiores e mais importantes blocos da cidade. Caso o folião seja pego em flagrante jogando lixo nas ruas será passível de multa no valor de R$185,00. Se for pego urinando em via pública pelas equipes de fiscalização, o valor da multa é de R$ 510,00 (foto: Tania Rêgo/ Agência Brasil).

FOLIA SUSTENTÁVEL

Com o intuito de aproximar o carnaval do Salvador à sustentabilidade, a Prefeitura da cidade lançou, desde 2014, a campanha “Eu promovo o carnaval sustentável”. A cada ação sustentável a ser praticada pelos blocos, trios, camarotes, haverá uma pontuação pré-determinada. Essas ações serão contabilizadas e, a partir da pontuação alcançada, a organização será ouro, prata ou bronze. Entre as ações utilizadas dentro dos camarotes que se destacaram em 2015 estão a separação de resíduos que são destinados às cooperativas, a coleta do óleo de cozinha, e a oferta de alimentos orgânicos nos buffets.

Com o objetivo de apoiar os catadores de material reciclável durante a foliaem Salvador, a Incubadora de Empreendimentos Solidários (Incuba) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em parceria com o Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia (CCRB), realizaráeste ano o projeto “Ecofolia solidária: o trabalho decente preserva o meio ambiente”.

A iniciativa prevê a redução dos impactos ambientais causados pelo descarte inadequado dos resíduos sólidos gerados durante a festa, além da melhoria das condições de trabalho dos catadores avulsos e cooperados, e o combate ao trabalho infantil. O projeto vai beneficiar diretamente 2,8 mil catadores avulsos e cooperados. Indiretamente, a iniciativa deve gerar renda para 12 mil trabalhadores. A meta do projeto para este ano é retirar do meio ambiente 50 toneladas de material descartável.




Diminua seus resíduos e colabore com o meio ambiente



07/11/2015

Por que convivência? A produção de lixo não acontece somente com as grandes indústrias e empresas: todo indivíduo é um produtor de lixo em potencial se não for conscientizado de que suas atitudes provocam grande impacto na sociedade e no planeta. Jogar lixo no chão das grandes cidades pode parecer um problema menor, mas as consequências desta pequena falta de atitude são enormes. Lixo jogado pela janela do carro se junta com o de outras pessoas e se torna causador de enchentes e poluição dos rios.

Além do impacto ambiental, as consequências chegam à área social. Pessoas que vivem em áreas afetadas por enchentes ficam expostas a doenças e agravam o problema da falta de moradia nas grandes cidades. As populações ribeirinhas, que utilizam rios para fonte de renda e alimento, são obrigadas muitas vezes a buscar alternativas para sobreviver. Isso afeta a educação e o desenvolvimento social e econômico destas pessoas.

Por isso é importante nos atentar ao consumo de produtos que diminuam o impacto no sócio-ambiental. Comprar produtos reciclados e orgânicos é um bom começo. Utilizar o máximo dos aparelhos eletrônicos e evitar desperdícios também é uma forma de colaborar. Evite comprar por impulso, não compre mais do que vai comer ou usar, utiliza o consumo para cobrar mais responsabilidade social das empresas.

Além de se preocupar com resíduos de indústrias, é preciso estar atento aos nossos próprios resíduos. Muitas vezes nossos costumes dificultam não só nossa própria vida, como também uma cadeia de acontecimentos que prejudicam o ambiente.



Frente parlamentar vai atuar na defesa da cadeia produtiva da reciclagem

Gomes: a desoneração vai baratear a matéria prima, o lixo. Assim, pode aumentar a 
produção de PET, papel, alumínio, ferro e de tantas outras que descartamos de forma 
incorreta. (Crédito: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

18/06/2015

Com o intuito de articular melhor as relações entre catadores de lixo, cooperativas e indústria e tornar o mercado de reciclagem mais competitivo e com a produção cada vez mais intensa, foi lançada, na quinta-feira (11/6) na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva de Reciclagem.

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, apenas 8% do lixo produzido no Brasil são reaproveitados.

Representantes do setor entendem que esse baixo número se deve aos poucos incentivos que a reciclagem recebe por parte do governo brasileiro. A saída para a situação, defendida de forma majoritária por empresários e cooperados, é a desoneração da folha de pagamentos.

Redução da carga tributária 

Mesmo que o interesse geral da frente parlamentar seja de atuar em todos os campos da reciclagem e também de tornar mais rápida a tramitação dos 62 projetos relacionados ao tema, o deputado Carlos Gomes (PRB-RS) coloca como prioridade, justamente, a negociação pela redução da carga tributária. "A prioridade hoje é a questão fiscal, a desoneração se faz necessária por que os produtos reciclados atualmente são tributados três vezes, ou seja, não é nem bitributação é uma tri-tributação.”

Na opinião do parlamentar, que vai coordenador a frente, a desoneração serviria para baratear essa matéria prima, o lixo. “Assim, poderíamos aumentar a produção do PET, do papel, do alumínio, do ferro e de tantos outros produtos e matérias primas que estamos descartando de forma incorreta".

Profissão de catador 

Além das questões fiscais, a frente parlamentar vai atuar para regular a profissão de catador de lixo, promover campanhas de conscientização quanto à separação do lixo em residências e comércios e vai trabalhar para tornar, de fato, eficaz a lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10).

Para o presidente da Associação Brasileira dos Recicladores de Embalagem Pet (Abrepet), Edson Freitas, a criação da frente dá esperança para um setor que está extremamente fragilizado. "É de fundamental importância à criação da frente parlamentar. Eu vejo como uma luz no fim do túnel para um setor que está carente e necessitado.”

Destinação de embalagens

Freitas acrescentou que outro ponto importante é a destinação de embalagens pós-consumo. “Não adianta a gente produzir, se não tem onde colocar. Em alguns países europeus, quem produz é obrigado também a dar destinação final a esses resíduos pós-consumo. O ideal é que fossem produzidas embalagens padronizadas que facilitassem a reciclagem e que também ajudassem na destinação delas".

A frente parlamentar, que já conta com 198 deputados, ainda vai marcar três audiências públicas para que cooperativas e indústrias de reciclagem discutam com os deputados as principais carências do setor.

Reportagem - Pedro Campos/ RCA


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