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LAMA DE BARRAGENS TEM PREVISÃO DE CHEGAR AO ESPÍRITO SANTO NA SEGUNDA-FEIRA

Rompimento de barragens afetou Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Santa Cruz do
Escalvado (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)

07/11/2015

Serviço Geológico do Brasil emitiu alerta de risco para 3 cidades no estado.
Baixo Guandu, Colatina e Linhares são cortados pelo Rio Doce.

O 'mar' de lama das barragens da Samarco que se romperam em Minas Gerais está previsto para chegar no Espírito Santo na segunda-feira (9), de acordo com o Serviço Geológico do Brasil. O órgão emitiu um alerta de risco de enchentes para 15 cidades, entre elas três capixabas: Baixo Guandu, Colatina e Linhares.


Lama do rompimento das barragens foi para o
rio Doce (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)

Os municípios em risco são banhados pelo Rio Doce, que foi inundado pela lama depois do acidente ambiental. A lama deve chegar na estação Colatina no período da tarde de segunda-feira (9) e na estação Linhares, na madrugada de terça-feira (10). O Serviço Geológico, entretanto, salientou que a chegada da onda de cheias não significa que essas cidades terão enchentes.

As barragens da mineradora Samarco se romperam na tarde dessa quinta-feira (5) e destruiu distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Uma pessoa morreu 13 funcionários da Samarco estão desaparecidos. Segundo a rádio CBN, o número de mortos pode passar de 40.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) informou que a natureza dos resíduos implica em prováveis alterações  nas características da água bruta, especialmente com relação a parâmetros de turbidez, cor, entre outros. De acordo com informações preliminares repassadas pela Samarco, o rejeito é composto, em sua maior parte, por sílica (areia), proveniente do beneficiamento do minério de ferro.

A onda de lama provocará alteração do nível d’água, razão pela qual recomendamos aos usuários que protejam suas instalações de captação durante a passagem da onda de cheia, que tende a ser inferior a 4 horas. Segundo a Prefeitura de Colatina, a previsão é de o nível do Rio Doce aumente em cerca de 1,5 metros, mas o órgão municipal disse que não há previsão para alardes.

Equipes técnicas de campo e de escritório do Serviço Geológico do Brasil estão mobilizadas para acompanhar os níveis do rio Doce neste final de semana. O Serviço divulga no Estado boletins atualizados.

Os municípios do grupo de risco são: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés, no Estado de Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Estado do Espírito Santo.

Rio Doce tem áreas completamente secas (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Leia o alerta completo

"A partir de hoje, 6 de novembro, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio da Superintendência Regional de Belo Horizonte, antecipa o início da operação 24 horas de monitoramento contínuo do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. O início da operação estava previsto para o dia 23 de novembro, mas entrou em caráter de urgência para acompanhar a evolução da onda de cheias provocada pelo rompimento de barragens da Mina Germano, em Mariana – MG.

Nesse final de semana, equipes técnicas de campo e de escritório estarão mobilizadas para acompanhar o evento ao longo da calha do Rio Doce, monitorando os níveis do rio 24 horas em tempo real.

Os boletins contendo todas as informações monitoradas serão publicados no site do Serviço Geológico do Brasil – www.cprm.gov.br – diariamente e encaminhados às defesas civis do Estado de Minas Gerais, dos municípios afetados e outros órgãos competentes.

O sistema tem como objetivo alertar 15 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes. Os municípios são: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés no Estado de Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Estado do Espírito Santo."

* Com informações de Caique Verli, do jornal A Gazeta.


Sobe para 106 cidades e 147 mil pessoas atingidas por chuva no RS

Milhares estão fora de casa após sequência de chuva no Rio Grande do Sul 

(Foto: Luciano Lanes/PMPA)

21/10/2015

São 5.503 famílias desalojadas e 1.346 famílias desabrigadas no estado.
Defesa Civil reforça alerta para a possibilidade de mais chuva forte.

Subiu para 106 o número de municípios gaúchos afetados pelos eventos climáticos que atingem o Rio Grande do Sul há duas semanas. Nesta terça-feira (20), foram incluídos na lista as cidades de Pinheiro Machado, Pedras Altas, Santa Teresa, Herval, Chuvisca e Piratini. 

O boletim divulgado pela Defesa Civil do estado mostra ainda que 147.558 pessoas foram atingidas e ainda há milhares fora de casa. São 5.503 famílias desajoladas e 1.346 famílias desabrigadas.

Também aumentou o número de municípios com decreto de situação de emergência individual. Agora são 32 cidades, além das 26 que estão incluídas no decreto coletivo do governo do estado.

A região das ilhas de Porto Alegre é uma das mais prejudicadas. A estimativa do Gabinete de Defesa Civil Municipal é de que 12 mil pessoas tenham sido atingidas pela enchente e pelo recente temporal. Ao todo, 1,5 mil pessoas estão desalojadas e 600 delas estão em abrigos, sendo 230 no Ginásio Tesourinha.

A Defesa Civil mantém o alerta para a previsão de chuvas intensas, com a possibilidade de queda de granizo, alagamentos e descargas elétricas em grande parte do Estado. Problemas ou situações de risco podem ser informados através do telefone de emergência 199.

O último levantamento do G1 aponta que pouco mais de 37 mil clientes estão sem luz por conta dos últimos temporais. Os moradores das regiões Central, Sul, Metropolitana e ilhas de Porto Alegre são os mais afetados.

Inmet também faz alerta

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu alerta para o risco de alagamentos, queda de granizo e de galhos de árvores e descargas elétricas nos próximos dias. As regiões com maior possibilidade de serem atingidas são: Sudoeste, Sudeste, Metropolitana, Centro Oriental e Ocidental do Rio Grande do Sul.

A Defesa Civil lembra que a entrega de ajuda humanitária continua sendo realizada, tanto pelas equipes de trabalho como da população. Donativos como alimentos, água, materiais de higiene e de limpeza, colchões e cobertores, podem ser entregues na Central de Doações, em Porto Alegre, ou nas Coordenadorias Regionais e Municipais de Defesa Civil. 

Saiba aqui onde doar:

Porto Alegre

A Defesa Civil estadual arrecada donativos podem ser entregues na central de doações do governo estadual, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Rua Borges de Medeiros, 1501). O material recolhido será encaminhado aos municípios mais atingidos pela chuva.

De acordo com a Defesa Civil de Porto Alegre, são arrecadados alimentos, produtos de higiene pessoal, material de limpeza, fraldas descartáveis (adulto e infantil), cobertores e colchões. Os locais de entrega são no Ginásio Tesourinha (Avenida Érico Veríssimo, s/n - Menino Deus), das 7h às 22h, e no gabinete de Defesa Civil Municipal, rua Campos Velho, 426, bairro Cristal, das 8h às 18h.

O Demhab está reunindo doações de móveis, telhas, lonas e madeiras. As doações podem ser feitas preferencialmente no endereço da av. Princesa Isabel, 1115.

Alegrete

A preferência é de que sejam doados alimentos, como arroz, carnes e macarrão. Doações de roupas não são necessárias no momento. As doações são feitas no escritório da Defesa Civil, que fica localizado no pátio central do Palácio Ruy Ramos, com entrada pela Rua Demétrio Ribeiro.

Alvorada

Doações são recebidas na Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social, que fica na Rua Wenceslau Fontoura, 126. A preferência é para produtos de higiene pessoal, alimentos, roupas de cama, colchões, e fraldas descartáveis infantis.

Canoas

Fortemente afetada pelo granizo e ventania, Canoas teve estragos por toda a cidade. Foi montado um QG na sede da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SMSPC) para coordenação dos trabalhos de auxílio as famílias mais necessitadas.

Há preferência por doações de colchões, cobertores, lonas e telhas, além de fraldas, alimentos não perecíveis e materiais de limpeza. Os donativos podem ser entregues na Defesa Civil, localizada na Rua Bandeirantes, 450 - Marechal Rondom. Em caso de urgência entrar em contato pelos telefones (51) 3476-3400 ou (51) 3428-6897.

Policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar que tiveram as casas destelhadas pedem doações de fraldas tamanhos P e GG, roupas masculinas para crianca de 5 anos e telhas de 5mm para as casas. Informações podem ser obtidas nas sedes da 3ª e 4ª Companhia do 15º BPM.

Cachoeira do Sul

As doações podem ser feitas na Secretaria de Trabalho e Ação Social (STAS), das 13h às 18h. A STAS fica na Rua XV de Novembro, 434. A prioridade é alimentos, produtos de limpeza, produtos de higiene pessoal, colchões e roupas de cama. Até o momento, não há necessidade de doações de peças de vestuário e de calçados.

Charqueadas
O município pede doações de roupas para criança e alimentos. As doações podem ser entregues na Prefeitura da cidade ou na Secretaria de Assistência Social de Charqueadas, localizada na Rua José Rui de Ruíz, n°1110, no Centro de Charqueadas.

Eldorado do Sul

O município pede doações de alimentos, fraldas, água, cobertas, colchões e material de limpeza. As doações podem ser entregues na Secretaria Municipal de Assistência Social, na Avenida Emancipação, 599, na Defesa Civil.

Estrela

Os desabrigados precisam de doações, em especial de alimentos, colchões, travesseiros e cobertas ou cobertores. As pessoas que quiserem colaborar podem levar as doações até o ginásio Ito Snel (Rua Tancredo Neves, s/n).

Itaara

São necessárias doações de colchões e cobertas com certa urgência. Além disso, também podem ser doadas roupas para crianças e alimentos. As doações estão sendo recebidas no Ginásio de Esportes Pinto Ribas e na prefeitura. Também podem ligar para os telefones (55) 9623-1326 ou (55) 3227-1122.

Mata

Doações podem ser feitas na Igreja Matriz da cidade ou na Assistência Social. São aceitos roupas, calçados, colchões e alimentos.

Montenegro

O município precisa de roupas, alimento e materiais de higiene e limpeza. As doações podem ser entregues na sede do Corpo de Bombeiros da cidade.

Nova Santa Rita

Em Nova Santa Rita, a prefeitura informa que a prioridade são doações de colchões, alimentos e água mineral. Os materiais podem ser entregues na Escola Municipal Alvaro Almeida, na Rua Alvaro Moreira, s/n - Porto da Figueira, e no Salão Paroquial da Comunidade Nossa Senhora de Lourdes - Berto Sírio.

Parobé

A Defesa Civil da cidade reforça o pedido de auxílio com a doação de alimentos, telhas e lonas. Quem tiver o interesse em ajudar, pode entrar em contato pelo telefone: (51) 3953-1072 ou (51) 9158-9827.

Rio Pardo

A base de recebimento de doações é o salão comunitário da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário (Travessa Padre Broggi, 66, Centro). Necessitam de colchões, roupas de cama, roupas de crianças, fraldas e água. Alimentos também são bem vindos.

São Jerônimo

Os desabrigados precisam de roupas de cama, alimentos e roupas. As doações podem ser entregues no prédio da Defesa Civil, na Rua Valdemar Azzi, 40, bairro Bela Vista.

Santa Maria

Estão recebendo as doações na Secretaria de Assuntos Comunitários, que fica na Rua Doutor Pantaleão, 200, das 8h às 22h. Quem não tiver como levar até lá, pode ligar para o telefone (55) 3921-7148, que mandam equipes para buscar. É mais urgente a doação de cobertores, colchões, agasalhos e alimentos.

Santiago

O principal problema é lona para tapar os furos das casas e telhas. - As doações podem ser feitas nos bombeiros, na Defesa Civil e na prefeitura da cidade.

São Sebastião do Caí

É possível entregar as doações no Centro de Referência de Assistência Social, na Rua Ari Baierle, nº 177 - Centro. Também é possível deixar as doações na Prefeitura.  A preferência é para doações de roupas infantis, materiais de limpeza e alimentos.

Sapucaia do Sul

A cidade precisa de doação de colchões, cobertores, edredons, roupas de cama, produtos de higiene e alimentos não perecíveis. O material deve ser entregues na Guarda Municipal (Rua Tiradentes, 624), em qualquer horário do dia ou da noite; na Secretaria de Desenvolvimento Social (Rua Tiradentes, 664) das 8h às 18h15min; ou no CRAS Central (Rua Santa Catarina, 648), das 8h às 17h.

São Gabriel

Doações podem ser feitas por meio de contato com a Assistência Social da cidade ou com a Defesa Civil, pelo telefone (55) 9606-2454. Quem quiser doar, pode entrar em contato que as equipes vão buscar as doações. Até o momento, o mais urgente são lonas, telhas e colchões.

Doações para animais

Em Porto Alegre, a prefeitura pede doações de jornais velhos, papelão ou cobertores velhos na Unidade de Medicina Veterinária (UMV), onde estão abrigados os 320 animais resgatados da enchente que invadiu centenas de residências na região das ilhas. Estrada Bérico José Bernardes, 3489, parada 19, Lomba do Pinheiro, e na rua Uruguai, 155, 7 andar, Centro Histórico.

Doações em grande quantidade poderão ser buscadas. O agendamento é feito pelo telefone (51) 3289-8900.


Em Esteio, uma entidade pede doação de ração para cães e gatos. Interessados podem entrar em contato por ligação ou WhatsApp com Adriane Pereira, no número (51)99583739.

Fonte: G1 Rio Grande do Sul


Chuva afeta mais de 130 mil pessoas em 95 municípios do RS

Em Canoas, a Rua Quaraí, no bairro Niterói, ficou alagada mesmo após o fim da chuva
(Foto: JEFERSON GUAREZE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

16/10/2015

Mais de 3,7 mil famílias tiveram de sair de casa, diz a Defesa Civil.
Equipes do órgão entregam doações às famílias; saiba como ajudar.

Os temporais que vem atingindo parte do Rio Grande do Sul nos últimos dias afetaram 130.384 pessoas em 95 municípios, conforme informou no final da tarde desta quinta-feira (15) a Defesa Civil. Foram atingidas 31.044 residências.

Os números contabilizam as chuvas que tiveram início na semana passada e as tempestades que caíram entre a noite desta quarta-feira (14) e a madrugada desta quinta. Mais de 3,7 mil famílias tiveram de sair de casa, sendo 2.360 desalojadas, que se hospedam em residências de amigos e parentes, e 1.410 desabrigadas, que foram alocadas em locais públicos.


Mãe e filho morreram após árvore cair em casa em Rio Pardo 
(Foto: Reprodução/RBS TV)

Os municípios mais atingidos são Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo; Cachoeira do Sul, na Região Central; Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e São Jerônimo, na Região Carbonífera.

Equipes da Defesa Civil entregam lonas, telhas, cestas básicas, kits de higiene e de limpeza, kits dormitório e colchões. Donativos podem ser entregues na central de doações do governo estadual, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Rua Borges de Medeiros, 1501). Confira aqui outros pontos de coleta.

Em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, prefeito Jairo Jorge assinou decreto de situação de emergência, após o levantamento dos estragos. Mais de 80 pessoas tiveram de sair de casa. Uma moradora relatou ter tido a residência inundada pela chuva.

Conforme o coordenador da Defesa Civil local, Rodolfo Pacheco, a água já baixou em muitos pontos da cidade e, por volta das 20h desta quinta-feira, quatro pontos estavam tomadas pela água devido a enchente. São eles: Praia de Paquetá, Rua da Barca, Beco do Berto Sírio e o Beco do Dique do Gravataí. 

O bairro Niterói também registrou alagamentos devido à falta de energia na casa de bombas, que impede o avanços das águas do Rio Gravataí sobre a cidade. Mas a situação já foi normalizada com a retomada do fornecimento de energia. Na cidade pelo menos 30 mil pessoas foram atingidas, sendo 10 mil casas afetadas. "Desde as 22 horas de quinta-feira estamos distribuindo lona, lona e lona", observa o coordenador da Defesa Civil local.

Homem sobrevive após árvore cair sobre carro

Tronco de árvore caiu na diagonal (Foto: Marcos Saldanha/Arquivo Pessoal)

Em Porto Alegre, o analista Marcos Saldanha, de 24 anos, sobreviveu depois que uma árvore de mais de 10 metros de altura caísse sobre o carro que dirigia durante um temporal na noite desta quarta. Ele diz ter se abaixado no momento em que o veículo foi atingido.

"Fiz isso por dois motivos: tinha medo que a árvore me esmagasse e, eu ficasse preso ali, e  para chutar os vidros do carro", contou.

O motorista só conseguiu sair do veículo depois de ter sido resgatado por sua mãe. "Eu estava desesperado, desesperado. Só pensava em escapar dali. Nessa hora, chegou minha mãe e abriu a porta", disse.

Casas danificadas em Gramado Xavier

Prefeitura estima prejuízo de cerca de R$ 1 milhão
(Foto: Luana Backes/Jornal Serrano)

Em Gramado Xavier, no Norte do estado, mais de 90 casas foram danificadas devido ao temporal. Em pelo menos 50 residências, o telhado foi completamente arrancado, junto com o forro. Mais de  20 famílias tiveram de deixar as suas casas após os estragos. A Escola Estadual Margit Kliemann teve parte da cobertura danificada e o galpão da Secretaria de Obras, utilizado para abrigar o maquinário, ficou totalmente destruído.

Além de residências, também foram registrados danos a 15 estufas de fumo, varandas e 20 galpões utilizados pela agricultura.

Cerca de 400 mil sem luz

Milhares estão sem luz no estado (Foto:
Divulgação/Leonardo Serpa e Rafael Kulmann)

O número de clientes sem energia elétrica em função das chuvas caiu para cerca de 400 mil. O maior número segue na área da AES Sul, onde cerca de 350 mil clientes estavam sem luz por volta das 22h. No mesmo horário, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) registrava cerca de 34,6 mil consumidores com o serviço interrompido.

Por volta das 21h30m a RGE registrava aproximadamente 20 mil clientes sem energia. A concessionária destaca que não há em sua área de concessão nenhum município totalmente desabastecido. As três companhias não estimam um prazo para o retorno, mas garantem que há equipes nas ruas realizando o atendimento.

Temporal deixa mortos

Árvores foram derrubadas em Porto Alegre com o
forte temporal (Foto: Ivo Gonçalves/PMPA)

Três pessoas morreram desde a noite de quarta-feira (14) no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, o temporal deixou uma pessoa morta e 11 feridas, de acordo com balanço da Brigada Militar e do Hospital de Pronto Socorro (HPS), divulgado pela prefeitura da capital no começo da manhã.

Um homem de 20 anos morreu no bairro Sarandi, Zona Norte de Porto Alegre. A região foi uma das mais afetadas pela chuva e pelo vento forte. A vítima, identificada como Gustavo Oliveira, caiu em um valão e foi levada pela correnteza. O Corpo de Bombeiros foi até o local e localizou o corpo por volta das 10h.

No interior do estado, uma árvore caiu sobre uma residência e causou duas mortes na noite de quarta-feira (14) em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo. O acidente aconteceu em meio a um temporal que destelhou cerca de 100 residências.



Homem usa ônibus para salvar mais de 100 cães de enchente no RS

Cães foram levados para dentro de ônibus durante
enchente (Foto: Nelson Fernandes/Arquivo Pessoal)

22/07/2015

Morador de Alvorada abrigava animais de rua em terreno ao lado de casa.
Atitude comoveu comunidade, que se mobilizou para fazer doações.

Morador de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, José Damião dos Santos, de 47 anos, perdeu quase tudo na enchente que atingiu a cidade nos últimos dias. Só não deixou para trás mais de 100 cães de rua que ele cuida, e outros tantos abandonados pelos donos que tiveram que deixar suas casas.

Os animais foram recolhidos e colocados dentro de um ônibus, a salvo da água que invadiu residências e alagou ruas. A atitude de José foi parar nas redes sociais e motivou uma corrente de solidariedade em Alvorada.

Nesta terça-feira (21), após uma postagem feita no Facebook, que teve mais de 20 mil compartilhamentos, ele começou a receber doações para alimentar os animais.

“Estou recebendo muita ração. Estou até tendo que anotar os nomes, de tanta gente”, diz José, que trabalha na Ceasa de Porto Alegre.

Ele, que tem 15 cachorros em casa, conta que recolhe cães abandonados há vários anos e os abriga em um terreno baldio, ao lado de onde mora. Com o tempo, o número de animais foi crescendo. “Eu tirei todos eles da rua, eram todos abandonados, não tinham dono”, diz.

José mora com a família no bairro Americana, um dos mais atingidos pela cheia em Alvorada.

Quando a água subiu, decidiu levar os animais para dentro do seu ônibus antigo, parado perto de casa. “Antes eram uns 140 cachorros. Mas muitos a enchente levou, os carros atropelaram ou morreram de doença”, lamenta.

Enchentes
A casa onde José mora com a mulher e três filhos ficou completamente alagada com a forte chuva de segunda-feira (21). “Foi tudo muito rápido, não deu tempo de salvar nada. Saí com meu nenê de 10 meses no colo e com a água pela cintura. Perdemos tudo”, diz a dona de casa Carla, mulher de José. “Eu não me apego muito, mas quando vi todas as nossas coisas boiando, comecei a chorar”, completa José.  

Mais de 100 cães estão dentro de ônibus, diz dono
(Foto: Nelson Fernandes/Arquivo Pessoal)
Desalojada, a família está na casa de uma filha, em Viamão. Já José passou a noite dentro do ônibus, junto com os cachorros.

“Ontem [segunda] eu fui mordido. Mas não tem como deixar eles sozinhos, senão eles brigam ou pode acontecer alguma coisa”, afirma o carregador da Ceasa.

A história também comoveu o voluntário Nelson Fernandes, que há dias socorre vítimas da enchente em Alvorada em uma moto aquática.

Ao ver a situação de José e seus cachorros, ele decidiu oferecer ajuda, pediu um jipe emprestado para um amigo e rebocou o ônibus velho até o terreno disponibilizado por uma associação, no bairro Formosa. “Também sou fã de cachorro, tenho quatro em casa, e decidi ajudar. É um lugar improvisado, mas está seco”, diz Nelson.

Segundo a Defesa Civil, 11.351 pessoas foram atingidas pela cheia em Alvorada. Destas, cerca de 200 estão em abrigos públicos. Em todo o estado, as chuvas dos últimos dias afetam 50.728 pessoas, conforme o levantamento divulgado na manhã desta terça. Cerca de 680 pessoas voltaram para casa, mas ainda há 2.029 desabrigados no estado.

Ônibus com cães foi rebocado para área seca no município
(Foto: Nelson Fernandes/Arquivo Pessoal)



ENCHENTE NO RS - Morador só aceitou resgate quando pode carregar junto os sete cães da família

Pedro Ramos foi resgatado com os sete cães da família 
Foto: Diego Vara / Agencia RBS

21/07/2015

Morador só aceitou resgate quando pode carregar junto os sete cães da família

Rio Gravataí atinge uma das pistas da Avenida Assis Brasil e deixa famílias isoladas no limite entre Cachoeirinha e Porto Alegre

Ilhado pelo transbordamento do Rio Gravataí, o operador de máquinas Pedro Ramos, 45 anos, que mora no número 11.011 da Avenida Assis Brasil, no limite entre Porto Alegre e Cachoeirinha, precisou deixar a casa pela primeira vez em dez anos. Mas ele só saiu quando teve a certeza de que levaria junto os sete cães da família. 

Na tarde desta segunda-feira, depois de ver os dois filhos retirados da casa invadida pela água, Pedro saiu com os animais de estimação num barco da Defesa Civil. Ele precisou ser puxado por um voluntário de jet-ski até a margem da avenida, no sentido Porto Alegre-Cachoeirinha. Foram quase 2h para resgatar os quatro moradores da família devido à força da correnteza.

— Em outras enchentes, não tão grandes como esta, ele não saiu. O pai não sairia de casa se os cachorros não fossem socorridos — contou a secretária Yasmin Ramos, 22 anos, filha de Pedro e a primeira a ser resgatada. 

Com a ajuda da voluntária Flávia Motta, da Associação Patas da Fé, os cães foram colocados em caixas especiais para transporte e levados à empresa onde Pedro trabalha. 

A família se dividiu: Pedro, a mulher, Vera, 46 anos, e o filho Manoel, 19 anos, foram para a casa de um familiar na mesma cidade. Yasmin ficará na casa de um irmão, em Canoas. 

No mesmo local onde vivem os Ramos, um antigo sítio transformado em lotes, outras dez famílias estão ilhadas. Na casa de dois pisos do construtor civil Raules Fonseca, 64 anos, 20 pessoas estão alojadas. De barco, Raules ajudou familiares a deixarem o local. Mas ele não pretende sair, pois teme arrombamentos e furtos à noite.

— Em 64 anos, minha casa nunca tinha entrado água. Hoje, ela subiu muito rápido e já tem quase um metro dentro de casa — comentou.

Fonte: Zero Hora


ENCHENTE NO RS: Ajude os atingidos pelas chuvas na Região Metropolitana

Cachoeirinha sofre com os transtornos da chuva
Foto: Diego Vara / Agencia RBS

21/07/2015

Saiba onde levar doações nas cidades que sofrem com o avanço das águas

Mais de 75 mil pessoas foram atingidas pelas fortes chuvas na Região Metropolitana de Porto Alegre. As prefeituras das cidades e a Defesa Civil concentram as doações.

O que os atingidos mais precisam é de alimentos, colchões, cobertores, meias, água, kits de higiene e de limpeza, roupas de cama, sapatos e fraldas adultas e infantis.


Veja como está a situação de cada cidade abaixo e como ajudar.

São Leopoldo
- Atingidos: 60 mil pessoas
- Desabrigados: 145 pessoas 
- Desalojados: não tem estimativa
Onde levar doações: Ginásio Municipal Celso Morbach, Avenida Dom João Becker, 313, Centro, próximo à rodoviária, ou no Cras Nordeste, Avenida Mauá, 2.141, Bairro Santos Dumont

Gravataí
- Atingidos: 8,5 mil 
- Desabrigados: 420 
- Desalojados: 190 
Onde levar doações: Ginásio Aldeião, na esquina das avenidas Aldolfo Inácio Barcelos e Centenário

Alvorada
- Atingidos: 6 mil 
- Desabrigados: 96 
- Desalojados: 2,3 mil 
Onde levar doações: Ginásio Municipal Tancredo Neves, Avenida Presidente Vargas, 3.290, Bairro Sumaré, e Centro de Educação Profissionalizante Anísio Teixeira, Rua Wenceslau Fontoura, 558, Nova Americana

Novo Hamburgo
- Atingidos: 2.174 pessoas
- Desabrigados: 130 pessoas
- Desalojados: 2.044 pessoas
Onde levar doações: Onde levar doações: sede da Guarda Municipal, Rua Bento Gonçalves, esquina com a Rua Jahu

Sapucaia do Sul
- Atingidos: 989 pessoas
- Desabrigados: 104 pessoas
- Desalojados: 885 pessoas 
Onde levar doações: Banco de Agasalhos, Rua Santa Catarina, 648, Bairro Silva

Esteio
- Atingidos: pelo menos, 420 
- Desabrigados: 420  
- Desalojados: prefeitura ainda não divulgou estimativa
Onde levar doações: não está recebendo doações. Os voluntários estão arrumando as doações arrecadadas até agora

Cachoeirinha
- Atingidos: 510 
- Desabrigados: 130 
- Desalojados: 380 
Onde levar doações: Secretaria Municipal de Cidadania e Assisteência Social, Avenida General Flores da Cunha, 2.209, Bairro São Vicente de Paulo

Viamão
- Atingidos: cem 
- Desabrigados: cem 
- Desalojados: não divulgou
Onde levar doações: Secretaria de Assistência Social, Rua 2 de Novembro, 49, Centro

Canoas
- Atingidos: 36 pessoas atingidas
- Desabrigados: 36
- Desalojados: não tem 
Onde levar doações: Abrigo Municipal Renascer, Rua Victor Barreto com Angustura, próximo à Estação Mathias Velho

Porto Alegre
- Atingidos: nove pessoas
- Desabrigados: não há
- Desalojados: nove pessoas
Onde levar doações: Sede da Defesa Civil, Doutor Campos Velho, 426, Bairro Cristal, e Central de Doações, Centro Administrativo Fernando Ferrari, Avenida Borges de Medeiros, 1.501.

Guaíba 
- Atingidos: 6 pessoas 
- Desabrigados: não tem
- Desalojados: 6 pessoas
Onde levar doações: a cidade não precisa de doações

Saiba como ajudar as famílias prejudicadas pela chuva no RS

Cidades foram inundadas com o grande volume de chuva (Foto: Manoel Souza/RBS TV)

15/07/2015

Doações podem ser feitas nos pontos de coleta da Campanha do Agasalho.
Defesa Civil monitora 16 cidades com danos em decorrência da chuva.

A forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul deixou dezenas de famílias desalojadas no estado. Muitos moradores perderam seus pertences com o alagamento das casas. A Defesa Civil informou que monitora ao menos 16 cidades gaúchas, que tiveram danos ou transtornos em decorrência do temporal.

Os municípios mais prejudicados são Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Esteio, Rolante e São Leopoldo. Cerca de 100 famílias estão desalojadas (cerca 500 pessoas) em todo o estado. No total, são mais de 26 municípios afetados..

A Defesa Civil ressaltou que as doações para os atingidos pela enxurrada estão concentradas nos pontos de coleta da Campanha do Agasalho. Além disso, quartéis da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros dos municípios também estão recebendo donativos.

A central de doações da Campanha do Agasalho fica no Centro Administrativo do Estado (Avenida Borges de Medeiros, 1501), em Porto Alegre. O atendimento vai de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Outras informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil nos telefones 199 ou ainda (51) 3288 6781.

As doações poderão ser entregues nos seguintes pontos de coleta

- Rede Zaffari e Bourbon
- Rede Panvel
- Banrisul
- Banco do Brasil



Seda resgata 95 animais no bairro Sarandi

A Seda resgatou, no final de semana, 95 animais vítimas da inundação no bairro Sarandi 
Foto: Guerreiro/Divulgação PMPA
03/09/2013

A equipe da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda) retornou ao bairro Sarandi para resgatar mais 43 animais vítimas do alagamento das vilas Asa Branca e Elizabeth. No total, a Área de Medicina Veterinária (AMV) da Seda está prestando atendimento a 82 cães e 13 gatos, pertencentes às famílias abrigadas em um galpão, localizado na Asa Branca, e na Escola Municipal Liberato Vieira da Cunha. O bairro foi alagado, no último sábado, 31, devido ao rompimento de um dique do Arroio Feijó. Mais de 700 famílias tiveram suas casas inundadas. 

De acordo com Márcia Gemerasca, coordenadora da Área de Medicina Veterinária, ao chegar na AMV, os animais receberam vermífugo e vacina polivalente, principalmente, em função da leptospirose. “Nossa equipe trabalhou até a madrugada para vermufigar e vacinar os animais, para evitar a contaminação de doenças. O estado de saúde deles é estável e estão recebendo atendimento e carinho, principalmente, dos veterinários e manejadores que fizeram o resgate”, diz Márcia.

O resgate só foi possível com a ajuda de jipeiros e botes, pois a água atingia a altura da cintura. Conforme a primeira-dama e secretária Regina Becker, que participou da ação no final de semana, os cães e gatos ficarão sob os cuidados da Área de Medicina Veterinária da Seda até os proprietários voltarem para suas casas. Eles serão entregues com a data de esterilização agendada, uma vez que os tutores precisam assinar a autorização.

Doações - As necessidades mais prementes de doações são de fraldas infantis e geriátricas, remédios para asma, materiais de higiene pessoal, álcool gel, toalhas, colchões e alimentos. Há necessidade ainda de voluntariado na área de saúde. As doações podem ser feitas diretamente na escola, na rua Xavier de Carvalho, nº 274, Sarandi, ou nos postos do Mercado Público e da Fasc, na avenida Ipiranga, 310.



Mais de 3 mil pessoas tiveram que deixar casas no RJ devido a chuvas

Em Xerém, chuva derrubou pontes e arrastou carros
Fernando Quevedo/Agência O Globo

03/01/2013

Novo balanço foi divulgado pela Defesa Civil do Estado.
Uma pessoa morreu e oito estão desaparecidas em Caxias.

Do G1 Rio

A chuva que teve início na madrugada desta quinta-feira (3) obrigou mais de 3 mil pessoas a deixarem suas casas no estado do Rio de Janeiro, de acordo com a Defesa Civil do Estado. Os municípios mais afetados foram Duque de Caxias, onde mil chegaram a ficar desalojados, um homem morreu e oito estão desaparecidos — cinco da mesma família —, e Angra dos Reis, que evacuou mais de 2 mil pessoas e contabiliza três pessoas feridas.

O prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso (PSB), decretou por volta de 12h estado de emergência no distrito de Xerém, onde, em um dia, houve registro de 58% da chuva prevista para todo o mês de janeiro. Dos mais de mil que chegaram a ficar desalojados em Caxias, mais de 200 ainda estavam fora de suas casas pouco antes das 17h.

Em Angra, 320 pessoas estão desalojadas. Em Mangaratiba, também na Costa Verde, o número chega a 130, sendo 113 em abrigos e 17 em casa de parentes. Em Teresópolis, 50 pessoas ficaram sem suas casas, em cada cidade. Já em Petrópolis, são 30 pessoas desalojadas.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, por volta de 14h30, que o Rio Pavuna, em São João de Meriti, também tem alerta máximo de transbordamento. Este era o único município da Baixa Fluminense que não estava em alerta máximo. Os rios Sarapuí, Botas, Capivari, Iguaçu e Saracuruna já estavam nessa condição.

Em entrevista ao RJTV, o prefeito de Caxias, que assumiu nesta terça (1º), disse que foi um acidente que o lixo ajudou a piorar. Ele percorreu vários pontos da cidade e encontrou situações graves como uma lâmina de água de quatro metros na localidade de Cristóvão.

“Tem uma ponte que temos que recuperar em quatro ou cinco dias”, disse ele, anunciando que na sexta-feira (4) se reunirá no município com o governador Sérgio Cabral e o ministro da Integração, Fernado Bezerra.

Segundo Cardoso, há possibilidade de cair mais chuva na cidade. "Não é certo que vai chover, mas há possibilidade. A orientação é para todos os moradores abandonarem áreas de risco. Quem mora em beira de rio deve preservar sua vida e a de seus parentes. Não devem ficar em área de risco nas próxmias 48 horas”, alertou.

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O governador Sérgio Cabral determinou na manhã desta quinta a formação de um gabinete de crise no Centro Estadual de Gestão de Desastres (Cestad), em virtude das fortes chuvas que caíram na madrugada em cidades da Baixada Fluminense. Através do Twitter do Governo do Estado, foi informado, às 13h16, que serão enviados 100 kits com cama e colchonetes e 100 kits de higiene pessoal para uma igreja que já conta com 400 desabrigados em Duque de Caxias.

Três equipes da Secretaria de estado de Assistência Social e Direitos Humanos serão deslocadas para reforçar a organização dos locais de abrigamento. As equipes ficarão baseadas em Angra dos Reis, Duque de Caxias e Nova Friburgo.

O gabinete de crise funciona na sede do Departamento Geral de Defesa Civil, na Praça da Bandeira. No local, o secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões, vai acompanhar as consequências das chuvas no estado e traçar um plano de trabalho em conjunto com as secretarias de Estado de Saúde, Obras, Assistência Social, Educação, Meio Ambiente e com o Departamento de Recursos Minerais (DRM), informou o governo do estado.

A Defesa Civil de Duque de Caxias já atendeu mil pessoas até o início da tarde desta quinta, informou o secretário Marcelo da Silva Costa. Os desabrigados ficarão em igrejas da cidade. Segundo ele, o Governo do Estado tem apoiado com a presença do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, do Samu.
“A integração com o estadual é excelente”, disse ele, pedindo calma à população, e orientado para deixarem locais de risco e darem abrigo a pessoas que tiveram de deixar suas casa.

Segundo o secretário, as localidades mais atingidas de Caxias são Pocilga, Pedreira, Cristóvão, Café Torrado, e Ponto  51.

Morte em Xerém
Uma pessoa morreu em Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região na madrugada. A morte foi confirmada pelo secretário de Defesa Civil de Duque de Caxias, Marcelo Silva Costa. Segundo ele, o corpo de um homem foi encontrado sob escombros provocados por um desabamento. A vítima ainda não foi identificada.

Bombeiros de três quartéis trabalham na região de Xerém. Segundo os bombeiros, oito casas desabaram. Três pontes também foram destruídas pela enchente. Devido à chuva, o Rio Saracuruna transbordou. Choveu 212 milímetros em 24 horas na localidade.

De acordo com a Defesa Civil do município, vários pontos de alagamentos se formaram. Pessoas ficaram ilhadas. Alguns moradores deixaram as casas com água na cintura, levando os pertences nas costas. Diversos veículos foram arrastados. O bairro da Mantiqueira é um dos locais mais atingidos.

O secretário de Defesa Civil disse que ainda não é possível confirmar o transbordamento de uma barragem na região. "Não há indício deste fato. O rompimento da barragem não está confirmado", afirmou Marcelo Silva Costa. Segundo ele, a chuva foi bastante significativa para provocar a enchente na área.

"Chegamos à conclusão de que foi uma cabeça d’água, desencadeando uma enxurrada brusca que trouxe uma grande avalanche de terra, árvores, pedras até as casas que estavam no beira-rio”, disse Costa.

Mangaratiba
A Rua da Palha, no bairro da Praia do Saco, em Mangaratiba, ficou totalmente alagada. De caiaque, equipes da Defesa Civil convidavam moradores a deixarem suas casas. Quem aceitava sair era levado para um dos três abrigos Mangaratiba em um ônibus.

Ruas ficaram alagadas em Xerém depois da chuva
que atingiu a região (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Angra dos Reis
Em Angra dos Reis, cerca de 2,5 mil pessoas vão ter que sair de suas casas em função da chuva. Por volta das 8h voltou a chover forte na região e equipes da Defesa Civil retiravam as pessoas das casas. Nove imóveis foram atingidos por um deslizamento de terra no distrito do Frade, deixando 15 pessoas com ferimentos leves.

Água invadiu casas 
Ronaldo Barbosa, morador de Xérem, disse que a água começou a invadir as casas por volta das 3h desta quinta-feira e chegou a uma altura de 2 metros.
"A situação está uma calamidade, muitas pessoas perderam tudo, o negócio está feio. Fazia 50 anos que não chovia tanto", disse Barbosa. "Na madrugada, vizinhos começaram a me ligar e avisar. Eu não tinha visto a água subir. Como minha casa tem dois andares, começamos a levar os móveis para o andar de cima. O térreo ficou submerso", afirmou o morador à Globo News.

Falta de luz
A chuva causou falta de luz em vários bairros do Rio e da Baixada Fluminense desde a manhã desta quinta. Pavuna, Inhaúma, Del Castilho e Ilha do Governador, no Subúrbio da capital, e Bonsucesso, na Zona Norte, continuavam sem luz até as 15h. Segundo a Light, bairros de Nova Iguaçu e Duque de Caxiasx, incluindo o distrito de Xerém, também estava sem energia no mesmo horário. A concessionária informa que já enviou equipes aos locais.

(Foto: Editoria de Arte/TV Globo)
Fonte: G1.com



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