Mostrando postagens com marcador Rio Doce. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rio Doce. Mostrar todas as postagens

“Restauração no Rio Doce será modelo”, diz biólogo responsável

Rio Doce: rompimento de barragem deixou 18 mortos, um desaparecido 
e um rastro de destruição de Mariana (Ricardo Moraes/Reuters/)

01/11/2016

Fundação vai gerir R$ 11 bilhões com a missão de recuperar e compensar comunidades e recursos ambientais nos próximos dez anos

Com uma vasta experiência em resolver conflitos, como o de ruralistas e ambientalistas, o biólogo Roberto Waack assumiu talvez o maior desafio de sua carreira: lidar com o “um ano depois” do maior acidente ambiental do Brasil, o rompimento da barragem de lama da Samarco.

Waack, de 56 anos, é o presidente da Fundação Renova, organização independente criada para implementar os programas de reparação, restauração e reconstrução das regiões impactadas pelo rompimento da barragem.

O acidente, que completa um ano em 5 de novembro, deixou 18 mortos, um desaparecido e um rastro de destruição de Mariana (MG), onde ficava a barragem do Fundão, até a foz do Rio Doce, no Espírito Santo.

A fundação vai gerir R$ 11 bilhões com a missão de recuperar e compensar comunidades e recursos ambientais nos próximos dez anos. Veja a seguir trechos da entrevista.

A Fundação Renova assume o trabalho de compensação e restauração quase um ano depois do acidente com quais desafios?

Temos três agendas prioritárias. Uma é emergencial: tem de tirar a lama do rio, terminar a contenção, construir novos diques, continuar a dragagem. Cerca de 1/4 da lama desceu o rio, mas 3/4 ainda estão na região, a até 100 km do local de origem. Tem de dar um destino para ela. Essa é uma frente de engenharia, de curto prazo, que termina no meio do ano que vem. A segunda é uma frente de inteligência, que é como lidar com a restauração do rio inteiro, recompor pesca, etc. É um campo de fronteira de conhecimento sobre como se restaura, e de conexão com a sociedade que mora ali, com o agronegócio, com o pequeno e o médio produtor, que sempre teve problema em atender o Código Florestal e agora se questiona: “só porque teve a ruptura da barragem agora eu vou ter de fazer isso?”. O terceiro grande desafio é o de governança. São 39 municípios, dois Estados, a União, o Ministério Público, os tribunais de contas, a Agência Nacional de Águas. Todo mundo interessado em soluções, com a expectativa de usar esse recurso, que não pode ser mal gasto.

Qual deles é o mais difícil?

Não me assusta o primeiro, acho que a engenharia vai dar conta. O desafio da governança é monstruoso e acho que é o mais difícil. Mas se der certo vai ser um exemplo emblemático de restauração não só de um desastre causado pelo homem, mas para desastres ambientais que vêm pela frente, que a gente sabe que vai ter. Por exemplo, se depois do acidente de Petrópolis e Teresópolis (deslizamentos de terra após fortes chuvas em 2011) tivesse tido um modelo de gestão, não teria acontecido o que aconteceu, que o dinheiro sumiu e hoje continua do mesmo jeito que era antes do acidente. O desafio da restauração é parecido com o que estamos trabalhando na Coalizão (Brasil, Clima, Florestas e Sociedade, da qual Waack é um dos líderes e reúne mais de 130 organizações da sociedade civil e do setor produtivo). Tem a ver com conciliar, ouvir, envolver o agronegócio, exatamente o desafio da Coalizão, com a diferença que tem o recurso, que é uma diferença substancial. O produtor só vai fazer isso se perceber que vale a pena do ponto de vista econômico. Ter uma organização com um recurso que não existe hoje no Brasil para cumprir a meta de recompor 12 milhões de hectares e a gente ainda não conseguiu convencer o mainstream econômico de que vale a pena investir nisso. Aí tem a possibilidade de alavancar uma agenda que vai além do Rio Doce, que é uma agenda nacional.

R$ 11 bilhões serão suficientes para tantas ações?

É o orçamento que temos. A fundação foi criada para garantir que esse recurso vai ser alocado da maneira mais eficiente possível do ponto de vista de custo, de prazo e de tecnologias usadas. Usar tecnologias mais avançadas, sustentáveis, é uma das regras do jogo. Então, se é para fazer uma cidadezinha nova, vamos fazê-la com o que tem de mais moderno em termos de baixo carbono? Que seja autossuficiente em geração de energia, com todo o sistema de mobilidade, tratamento de efluente, coleta de água. Essa é a oportunidade.

A Samarco teve de adotar várias ações. Qual é a situação que vocês encontraram?

O esforço da Samarco foi emergencial, e emergencial pressupõe coisas que vão dar certo e coisas que não. A partir desse momento, a fundação vai começar a ajustar essas coisas, absorver parte importante dessas ações começar a dar o tom de longo de prazo. Por exemplo, as indenizações. Foi feito um cadastro emergencial, com 8 mil pessoas, foi criado um cartão e essas pessoas começaram a receber o dinheiro, imediatamente. Esse cadastro não é perfeito. Já estamos vendo isso. Muita gente está lá e não devia e há muita gente que devia estar lá e não está. Devemos chegar a 20 mil cadastrados. A questão dos reassentamentos está avançando, a relocalização da cidade já foi decidida, com participação das pessoas. Agora tem uma discussão de como vai ser a cidade, onde vai ser a igreja, a praça, a escola, isso tudo está sendo discutido.

Nas semanas após o acidente, centenas, talvez milhares de pessoas comuns, pequenas ONGs foram para a região do Rio Doce dispostas a fazer alguma coisa. A fundação pretende integrar essa mobilização de algum modo?

Acho que toda a história da ruptura da barragem tem um quê de gatilho, de mobilização, de as pessoas falarem: preciso fazer alguma coisa. E isso vai desde jogar pedra na Samarco, na Vale, ou ir lá ajudar a tirar lama, alguma coisa as pessoas sentiram que precisavam fazer. Acho que as pessoas não conseguem mais ignorar. Acho que integrar isso é fundamental. O centro é o indivíduo, a pessoa que sofreu, depois vem o entorno dele, as pequenas organizações que o cercam, como a associação de bairro, a associação de pescador, onde ele participa. O terceiro são as organizações da sociedade civil que estejam envolvidas pela geração de conhecimento.

Quem é

Roberto Waack é biólogo e mestre em economia. Fundador da Amata (empresa de madeira certificada), foi membro dos conselhos do Forest Stewardship Council (FSC), do WWF e do Global Reporting Initiative (GRI) e de empresas dos setores florestal e de agronegócios. É uma das lideranças da Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura e presidente da Fundação Renova, que cuidará da restauração do Vale do Rio Doce.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame.com

MPF quer obrigar Samarco, Vale e União a repararem danos no rio Doce

06/05/2016

O Ministério Público Federal apresentou ação civil pública, nesta terça-feira (3/5), pedindo para a Justiça obrigar as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton Brasil a repararem danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), e a pagarem indenização por dano moral coletivo. O valor estimado é de R$ 155 bilhões.

O objetivo é responsabilizar também a União e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, para que desenvolvam medidas para reparar estragos ambientais e criem estratégias para estimular novas atividades econômicas na região afetada, diminuindo a dependência ao setor de mineração, com linhas de crédito produtivo e fomento a novas indústrias e serviços.

Em caráter liminar, o MPF pede que seja proibida a distribuição de lucros da Samarco, Vale e BHP, inclusive na forma de dividendos, e juros sobre capital próprio. Também quer que as empresas depositem em um fundo privado próprio, sob gestão de auditoria independente, o valor inicial de R$ 7,7 bilhões, correspondente a 5% do estimado para a reparação.

A ação tenta obrigar a destinação adequada de resíduos sólidos e suspender financiamentos e incentivos governamentais às companhias, decretando-se, imediatamente, o vencimento antecipado de todas as operações de crédito que contemplem tais benefícios. Outro objetivo é definir uma auditoria independente responsável por avaliar a governança corporativa das empresas e determinar ajustes para prevenir novos desastres, com publicidade aos seus relatórios e recomendações.  

Os procuradores da República cobram que as empresas banquem todos os gastos públicos feitos com recursos humanos, materiais e logísticos que foram ou ainda serão necessários. E querem que sejam indenizados indígenas que vivem na região, pelos danos socioculturais e humanos causados. Para o MPF, a União deve concluir o processo de demarcação do território de Sete Salões, contíguo à terra indígena, antiga demanda do povo Krenak, e as empresas, como medida compensatória, devem ressarcir os gastos da União na conclusão do processo.

Conjunto de autoridades

Segundo o MPF, a tragédia em Mariana demonstrou que as autoridades públicas foram omissas ou negligentes, desde a emissão da licença ambiental, que autorizou o exercício da operação da barragem, até a sua execução. “É patente a omissão da União e do estado de Minas Gerais, por meio de seus órgãos e entidades ambientais e minerário, em fiscalizar a segurança da barragem de rejeitos de Fundão.”

Também são alvo da ação civil pública a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM), a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais(Iepha-MG), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

O ICMBio, por exemplo, deve ser obrigado a criar em até um ano a Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Foz do Rio Doce, no Espírito Santo, na avaliação do Ministério Público. Tramitam na Justiça Federal ao menos outras três ações civis públicas (uma delas movida pela Advocacia-Geral da União) e uma ação popular. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-MG.

Clique aqui para ler a peça inicial.
ACP 23863-07.2016.4.01.3800

Quatro meses após acidente, lama ainda causa transtornos no Rio Doce



06/03/2016

A maior concentração da lama está na foz do Rio Doce.
Pescadores enfrentam dificuldades com a falta de trabalho.

Depois de quatro meses do rompimento da barragem da Samarco, propriedade da Vale e da BHP, e da contaminação do Rio Doce e de parte do litoral Norte do Espírito Santo pela lama de rejeitos, a situação do meio ambiente e dos moradores da região permanece complicada.

De acordo com o Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), a maior concentração de rejeitos de minério está na foz do Rio Doce, em Regência, comunidade do município de Linhares.

Na vila, pescadores que dependiam da foz do rio para sustentarem suas famílias, estão passando por dificuldades. A pesca na região foi proibida pela Justiça em fevereiro.

"Cresci pescando desde pequeno, desde os sete anos de idade com meu pai, e agora viver uma situação precária como essa tragédia da Samarco está difícil sobreviver, porque nós dependemos do Rio Doce", disse o pescador Arnoilton Alves.

Apesar do pagamento de um auxílio para os trabalhadores afetados pela lama estar previsto no Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela Samarco, 16 dos 78 pescadores cadastrados ainda não receberam nenhum valor.

"A nossa situação é muito crítica. Sem poder trabalhar e sem benefício, como nós vamos poder sustentar nossas famílias?", questionou o pescador José Nilton Gomes.

Acordo

Um acordo entre os poderes públicos federal e estadual (de Minas Gerais e do Espírito Santo) e a mineradora Samarco com o objetivo de recuperar a Bacia do Rio Doce foi assinado nesta quarta-feira (2).

O acordo prevê um investimento de R$ 4,4 bilhões na recuperação da bacia e é a esperança de pescadores, empresários e moradores da Vila de Regência, que dependem do Rio Doce e do litoral para sobreviverem.

"Tem que urgentemente restabelecer as perdas socioeconômicas, como a pesca, o turismo, outras atividades socioeconômicas ao longo do Rio Doce, e restabeler a questão sócio ambiental", disse Carlos Sangália, vice presidente do cômite da bacia hidrográfica Barra Seca e Foz do Rio Doce.

Samarco

A Samarco informou que está terminando o levantamento das impasctos sociais na Bacia do Rio Doce, que vai direcionar o plano para reduzir os danos ambientais, principalmente nas comunidades ribeirinhas.

No Espírito Santo, segundo a Samarco, já foram entregues mais de 1500 cartões, sendo 660 destinados só para Linhares. Para entregar os cartões, a Samarco disse que faz cruzamento de informações e conta com apoio da prefeitura e associações para identificar pessoas que foram realmente afetadas pela lama.

Fonte: G1

JUSTIÇA PROÍBE PESCA NA FOZ DO RIO DOCE POR RISCO DE CONTAMINAÇÃO

Barcos são vistos na foz do Rio Doce em Regência, em dezembro de 2015
Foto: Flávia Mantovani/G1

20/02/2016

Pesca voltou a acontecer após o fim do período de defeso do camarão.
Decisão obriga a Samarco a divulgar a proibição da pesca.

A Justiça Federal proibiu, por tempo indeterminado, a pesca na região da Foz do Rio Doce, no Norte do Espírito Santo.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF-ES), as atividades pesqueiras no local voltaram a acontecer após o fim do período de defeso do camarão.

A medida visa a preservar a saúde da população que consume os pescados da região e a sobrevivência das espécies.

A decisão começa a valer nesta segunda-feira (22) e compreende a região da Foz do Rio Doce entre a Barra do Riacho, em Aracruz, até Degredo/Ipiranguinha, em Linhares. Ficará permitida somente a pesca destinada à pesquisa científica.

Para o MPF, a interdição vai garantir a conclusão dos trabalhos técnicos que buscam diagnosticar os impactos da lama no mar e a contaminação dos recursos pesqueiros.

O órgão ressalta, ainda, que a ação é necessária porque nenhum estudo realizado até o momento garante que os peixes, moluscos e crustáceos que habitam a área da foz do Rio Doce não estão contaminados por substâncias nocivas à saúde humana depois do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG).

Além disso, o ecossistema marinho, que já se encontra fragilizado pelos rejeitos de mineração, teria um novo impacto causado pela pesca sem haver um diagnóstico preciso dos danos até então verificados.

De acordo com a liminar, a Samarco fica obrigada a divulgar em seu site e na imprensa a proibição da pesca na região, conforme calendário preestabelecido pela Justiça. Foi arbitrada, ainda, multa de R$ 30 mil reais por dia caso a empresa não cumpra a decisão.

O MPF entende que, caso os réus não adotem medidas no sentido de impedir imediatamente a pesca, que voltou a acontecer após o término do período de defeso do camarão, os trabalhos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos serão prejudicados, adiando ainda mais o diagnóstico dos impactos do desastre ambiental.

“E, pior, será assumido o risco de contaminação de inúmeras pessoas que venham a consumir o pescado, molusco ou crustáceo, com graves consequências para o sistema público de saúde”, destaca a ação.


SAMARCO TERÁ QUE FAZER PLANO PARA CASO DE ROMPIMENTOS, DIZ JUSTIÇA

Rompimento de barragens afetou Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, 

em Santa Cruz do Escalvado (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)

29/11/2015

Empresa admitiu que barragens de Germano e Santarém estão sob risco.
Justiça ainda determinou esvaziamento da Hidrelétrica Risoleta Neves.

A 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual em Minas Gerais determinou na noite desta sexta-feira (27), a pedido do Ministério Público, que a mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Mineração, apresente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e ao Departamento Nacional de Produção Minerária (DNPM), em três dias, um plano de segurança para caso de rompimento das barragens de Germano e Santarém, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.

Além disso,  a Justiça ainda ordenou que a mineradora banque os custos do esvaziamento preventivo da Usina Hidrelétrica (UHE) Risoleta Neves, em Santa Cruz do Escalvado, na Região da Zona da Mata, em dois dias. De acordo com a Vara da Fazenda, o esvaziamento é “para comportar o fluxo de rejeitos decorrente de eventual rompimento das barragens”.

A usina está desativada desde o dia 7 de novembro, dois dias após o rompimento da barragem de Fundão. Ela está há 150 quilômetros de distância de Mariana.

De acordo com o Consórcio Candonga, que administra a estrutura, a região afetada faz parte da bacia de contribuição ao reservatório da usina, alimentada pelo Rio Doce. Uma equipe da hidrelétrica faz monitoramento da situação no local.

A Vale é dona, sozinha, de 50% do empreendimento. A outra metade é do Consórcio Aliança Geração Energia, formado pela própria Vale (que detém 55% desta parceria) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que possui os outros 45% deste consórcio. De acordo com o site do Consórcio Candonga, a Hidrelétrica Risoleta Neves atende a produção da Vale na região.

A Justiça também determinou que o Consórcio Candonga realize o esvaziamento. O reservatório já opera na capacidade mínima por causa da qualidade da água. Caso haja o esvaziamento total, o consórcio informou que não afetaria a operação da hidrelétrica, já que não há prazo para que ela volte a operar. Não há informação sobre as perdas da usina desde o rompimento. O consórcio ainda informou que não foi notificado oficialmente da determinação.

A decisão judicial foi tomada com base em laudos feitos por técnicos da Central de Apoio Técnico (Ceat) do Ministério Público e de empresas contratadas pela própria Samarco. Caso haja descumprimento, a mineradora terá que pagar multa diária de R$ 1 milhão.

A Samarco informou que foi oficialmente notificada nesta sexta-feira e está avaliando o documento.

Barragem Germano é monitorada após rompimento das barragens do 

Fundão e Santarém em Mariana, na Região Central de Minas 
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Risco
No dia 17 de novembro, representantes da Samarco admitiram que as duas estruturas estão sob risco. O rompimento da barragem de Fundão despejou mais de 30 milhões de m³ de rejeitos, destruindo o distrito de Bento Rodrigues e afetando vários outros, além de contaminar o Rio Doce.

O fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37, o que significaria uma estabilidade de 37% acima do equilíbrio limite que é 1.

Na de Germano, a Samarco afirmou que o dique Selinha – que é uma das estruturas – tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo.



































SAMARCO PEDE SUSPENSÃO DE AÇÃO JUDICIAL E MPF-ES CRITICA MINERADORA

8/11- Bombeiros param para descansar durante trabalho de resgate em meio 
a lama que cobriu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana 
(Foto: Felipe Dana/AP Photo)

21/11/2015

Empresa deveria adotar medidas para evitar chegada da lama ao mar. 
Agora, juiz deve analisar o pedido da Samarco.

A Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, apresentou à Justiça Federal do Espírito Santo um pedido de suspensão da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF-ES).

O MPF-ES quer que a Justiça rejeite o pedido e disse que a mineradora, desde a tragédia em Mariana, apenas monitora a lama "passivamente". O órgão ainda alerta que a Samarco "já deveria ter técnicas mais eficientes para conter os danos causados pela ruptura da represa" e pediu a aplicação da multa diária de R$ 10 milhões prevista na ação. O juiz deve avaliar os pedidos e se posicionar. Procurada pelo G1, a empresa ainda não se manifestou.

Depois de intimada, a Samarco enviou à Justiça o pedido de suspensão da ação. O documento foi encaminhado pela Justiça ao MPF-ES, que não ‘aceitou’ a argumentação da empresa. O pedido foi novamente enviado à Justiça e aguarda a decisão do juiz.

Na quarta-feira (18), a Justiça Federal no Espírito Santo determinou que a Samarco adotasse em 24 horas medidas para barrar a chegada ao litoral capixaba da lama oriunda das barragens rompidas em Mariana, Minas Gerais. A ação prevê multa diária de R$ 10 milhões em caso de descumprimento.

A determinação foi dada a partir de ação do Ministério Público Federal (MPF), com base em cálculos do Ibama, que estimou que a lama chegaria ao litoral do Espírito Santo nesta sexta-feira (20). O prazo passa a contar a partir da intimação da Samarco.

De acordo com a Justiça Federal, o prazo da Samarco terminaria nesta quinta-feira (19) às 19h55, mas um minuto antes, foi protocolada pela Samarco uma petição com informações e requerimentos.

Na petição, a Samarco alegou que já assinou um Termo de Compromisso Socioambiental Preliminar (TAC) com os Ministérios Público do Trabalho, Federal e Estadual do Espírito Santo, em que se compromete a realizar diversas ações para mitigar o efeito da onda de rejeitos oriunda da barragem.

Antes e depois do Rio Doce em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo 
(Foto: Viviane Machado e Vando Fagundes/ Arte G1)

A mineradora também coloca que o Termo prevê que as partes devem priorizar a resolução de conflitos por mecanismos extrajudiciais, evitando ações judiciais sem prévio diálogo, e que foi surpreendida pela ação movida pelo MPF-ES.

“No entanto, embora seja um dos subscritores do Termo de Compromisso, o MPF, surpreendentemente, ajuizou a presente ação sem que houvesse o prévio diálogo e em menoscabo de a Samarco estar envidando todos os seus esforços para cumprir todas as obrigações convencionadas. Tal atitude, além de não trazer o benefício almejado, causa prejuízos à consecução do objetivo comum de prevenir e mitigar os danos decorrentes do acidente” , diz o documento enviado pela Samarco.

O documento foi encaminhado para o MPF-ES, que analisou o conteúdo e decidiu manter os termos da ação por considerar que a empresa não atendeu às exigências.

A resposta dada pelo MPF-ES, assinada pelo procurador da República Fabrício Caser, afirma que a Procuradoria da República no Espírito Santo não assinou o Termo de Compromisso citado pela mineradora e que, portanto, o TAC não pode restringir sua atuação.

A manifestação do MPF-ES coloca, ainda, que a Samarco já deveria ter investido em medidas de contenção caso esse tipo de acidente acontecesse. “(...) é inconcebível que a ré, fundada em 1977, tendo investido milhões de reais na eficiência de produção, extração e logística para aumento do lucro e redução de custos, não tenha tido a mesma preocupação no investimento de tecnologia e técnicas de engenharia para conter a eventual ruptura das suas represas”, diz o documento.

Além disso, o órgão criticou a postura da empresa desde o rompimento da barragem. “Com efeito, passaram-se 15 (quinze) dias desde a tragédia e o que se tem visto é o mero monitoramento passivo da vinda da lama com seus rejeitos tóxicos de minério se alastrando pelo Estado do Espírito Santo”.

Os documentos foram remetidos à Justiça Federal e, agora, cabe ao juiz decidir se aceita ou não a argumentação da empresa. Por volta das 16h30, a assessoria de imprensa da Justiça Federal do estado informou que o juiz ainda não havia divulgado a decisão.

20/11 - Versão infográfico barragens Mariana (Foto: Arte/G1)



VEJA O IMPACTO CAUSADO PELA LAMA NO ECOSSISTEMA DO RIO DOCE E AS ALTERNATIVAS PARA RECUPERÁ-LO

Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS

21/11/2015

Ainda que medidas sejam tomadas, segundo especialistas, o rio nunca mais será como antes

Por: Itamar Melo

O vazamento de 55 milhões de metros cúbicos de resíduos contaminados, em Mariana (MG), colocou o Brasil diante de um desafio ambiental de proporções inéditas: o de ressuscitar um rio. Ao longo da maior parte de seus 853 quilômetros, o Rio Doce transformou-se nos últimos dias em um caudal de lama venenosa, responsável por arrasar espécies animais e vegetais — por supressão de oxigênio, soterramento ou intoxicação.

Com o passar das semanas e dos meses, à medida que o sedimento pastoso se depositar no fundo ou escoar para o oceano, água límpida voltará a correr no leito, e o Doce parecerá de novo um rio como outro qualquer. Será uma aparência enganosa. Diferentes especialistas projetam que demandará anos, décadas ou mesmo séculos para a vida recuperar-se na bacia — e mesmo assim ela jamais será como antes.

— Temos 400 quilômetros de calha em que provavelmente não sobreviveu nada. O antigo Rio Doce, ícone do Brasil, um dos grandes rios nacionais, não existe mais. Está morto. O que vamos recuperar, até onde for possível, é um novo Rio Doce, diferente. Ele nunca mais vai ser o mesmo — alerta o ambientalista Procópio de Castro, do Projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O rompimento da barragem da Samarco destruiu todo um ecossistema. Morreram peixes, insetos, anfíbios, moluscos, larvas, fitoplâncton. Plantas aquáticas que eram utilizadas como criadouro pelos peixes e árvores que serviam para as aves fazerem seus ninhos sumiram. Até o limo das pedras, onde vários seres se alimentavam, perdeu-se. A cadeia alimentar rompeu-se em todos os seus elos. A probabilidade de que tenha ocorrido a extinção de espécies animais e vegetais existentes apenas no Rio Doce é tida como alta.

O que está consumado é catastrófico, mas o que vem pela frente não é muito melhor. Milhões de toneladas de lama com metais pesados e contaminantes diversos estão se depositando no fundo do rio, ao longo de toda sua extensão. Esse sedimento vai se solidificar, criando uma camada que continuará a soltar arsênio, mercúrio, cromo e outros químicos durantes décadas - envenenando a água e os seres vivos. Em tempos de cheia, a enxurrada revolverá o leito, liberará a lama, suprimirá o oxigênio e causará novas mortandades.

Conversamos com Procópio de Castro, do Projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); André Ruschi, biólogo e diretor da Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi; Ricardo Motta Pinto Coelho, professor do Laboratório de Gestão Ambiental de Reservatórios da UFMG para saber o impacto da tragédia e o que pode ser feito para mitigá-la.

O FATOR GEOGRÁFICO
• Os rejeitos contaminados devem chegar no Oceano Atlântico até o dia 22/11. O principal risco é para os corais, que podem ser sufocados pela lama. Até eles se recuperarem, seriam necessárias décadas ou mesmo séculos. A lama também pode se depositar em algumas praias. O impacto dos produtos químicos deve ser sentido principalmente em criaturas menores e em pequenos peixes. A área de abrangência pode ser imensa: correntes marítimas podem levar os químicos até 7 mil quilômetros para o sul e 3 mil quilômetros para o norte.

• Quando mais perto da zona onde as barragens romperam, mais graves serão os efeitos. Quando mais longe, a tendência é que sejam mais leves, porque há uma diluição da lama.

• Áreas mais baixas também sofrem mais, por terem sofrido maior assoreamento.

• A foz do rio, apesar de ser o ponto mais distante, também apresenta risco, porque muito sedimento passará por ali. A expectativa é que possam ocorrer danos consideráveis ao ecossistema.

Fonte: ZH Planeta Ciência

REJEITOS DIMINUEM VELOCIDADE MAS CONTINUAM AVANÇANDO PELO RIO DOCE

Onda de lama, em consequência do rompimento de barragens em Mariana (MG),  
invade o Rio Doce  Fred Loureiro/Secom-ES

17/11/2015

Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está monitorando em tempo real, por meio de estações instaladas na calha do Rio Doce, a movimentação dos rejeitos após o rompimento das barragens Santarém e Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana, na região central de Minas Gerais.

A previsão é que após a passagem dos rejeitos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas, o deslocamento até o município de Colatina, no Espírito Santo, seja de aproximadamente um dia. Depois de passar por Colatina há uma mudança de declividade no trecho até Linhares (ES), o que deverá reduzir a velocidade do escoamento. Com isso, a previsão é de maior deposição dos rejeitos, aumentando o tempo de chegada a Linhares.

Nos próximos dias, podem ocorrer mudanças na previsão, em decorrência da deposição de sedimentos no reservatório e das chuvas previstas para a região.

Segundo o CPRM, o avanço dos rejeitos não causará enchentes nos municípios localizados às margens do Rio Doce.

Até agora, o número de vítimas em consequência do rompimento das barragens continua o mesmo: há sete corpos identificados e quatro aguardando identificação. Doze pessoas continuam desaparecidas, sendo nove funcionários da Samarco e três moradores. Na tarde de ontem (16), a Polícia Militar de Belo Horizonte retirou três pessoas da lista por não serem moradores da região.

Edição: Graça Adjuto


LAMA DE BARRAGEM DA SAMARCO CHEGA A BAIXO GUANDU, ES

Lama de barragem chega a Baixo Guandu (Foto: Heriklis Douglas/ TV Gazeta)

16/11/2015

Segundo o prefeito, lama chegou por volta das 17h e já atingiu a região central.
Prefeitura suspendeu o abastecimento pelo Rio Doce nesta manhã.

A onda de lama e rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, em Mariana (MG), chegou ao município de Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo, por volta das 17h desta segunda-feira (16), segundo o o Serviço Geológico do Brasil.
O rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Samarco aconteceu no dia 5 de novembro e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas Gerais. A lama também deve afetar os municípios de Colatina e Linhares.

Segundo o prefeito Neto Barros, a lama já chegou a região central de Baixo Guandu e é acompanhada de perto por moradores e servidores responsáveis por monitorar a situação. "Deve ter umas 2 mil pessoas na ponte, os moradores de Baixo Guandu têm uma história com o Rio Doce e está todo mundo muito triste com esse crime ambiental, com a morte do rio", disse.

Nesta manhã, a prefeitura já havia suspendido o abastecimento pelo Rio Doce e começou a usar a água do Rio Guandu para atender a população da sede do município. No bairro Mascarenhas, que é mais afastado, a prefeitura planeja usar carros-pipa.

"Há cerca de cinco dias nós estávamos limpando um canal para levar água do Rio Guandu até a estação de bombeamento. Agora todo mundo vai ter que aprender a conviver com essa situação, de não depender mais do Rio Doce. Nós não temos mais interesse em captar água dele", falou o prefeito.
No município de Baixo Guandu também houve um trabalho de recolhimento de espécies animais que vivem no Rio Doce, antes que a lama chegasse, assim como foi feito em Colatina. Eles foram transferidos para o Rio Guandu e lagoas da região. "Salvamos o que deu para salvar", completou Neto Barros.

Usina de Aimores, na manhã desta segunda-feira (16) (Foto: Adenaldo Serrano/ VC no ESTV)

Exército chega ao ES

Mais de 100 homens do Exército chegaram a Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na manhã deste domingo (15). Eles serão responsáveis pela distribuição de água à população.

“Se os poços que estão sendo perfurados derem certo, cerca de 55% da captação de água vai permanecer normalizada. Para a parte que não for atendida, que é 45%, nós vamos agir fazendo a distribuição de água”, explicou o capitão De Albuquerque, do Exército.

Ele disse que como o abastecimento ainda está normalizado, por enquanto, o Exército aproveita para fazer reconhecimento da área e estudo de mapas da região.

A presença do Exército nas cidades, além do controle na distribuição de água, funcionará como apaziguador para a população da região preocupada com a aproximação da lama, conforme destacou o secretário de Meio Ambiente do Estado, Rodrigo Júdice.

Os militares ficarão no município por tempo indeterminado e poderão auxiliar os três municípios que serão atingidos: Baixo Guandu, Colatina e Linhares, segundo o Governo do Estado.

Samarco começa a perfurar poços em Colatina

A empresa Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, iniciou neste domingo (15) as perfurações para captação de água subterrânea, que fica entre as rochas. A medida é para ajudar a manter o abastecimento em Baixo Guandu e Colatina, os municípios capixabas que serão os mais atingido pela lama das barragens que se romperam em Mariana (MG).

Em Colatina, estão sendo perfurados seis poços, há carros-pipa e foram instalados reservatórios de 20 mil litros nos pontos mais altos da cidade. Também está em avaliação a instalação de adutoras de engate rápido para coleta de água bruta nas lagoas do Limão e Batista.

Fonte: G1


LAMA DE BARRAGENS TEM PREVISÃO DE CHEGAR AO ESPÍRITO SANTO NA SEGUNDA-FEIRA

Rompimento de barragens afetou Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Santa Cruz do
Escalvado (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)

07/11/2015

Serviço Geológico do Brasil emitiu alerta de risco para 3 cidades no estado.
Baixo Guandu, Colatina e Linhares são cortados pelo Rio Doce.

O 'mar' de lama das barragens da Samarco que se romperam em Minas Gerais está previsto para chegar no Espírito Santo na segunda-feira (9), de acordo com o Serviço Geológico do Brasil. O órgão emitiu um alerta de risco de enchentes para 15 cidades, entre elas três capixabas: Baixo Guandu, Colatina e Linhares.


Lama do rompimento das barragens foi para o
rio Doce (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)

Os municípios em risco são banhados pelo Rio Doce, que foi inundado pela lama depois do acidente ambiental. A lama deve chegar na estação Colatina no período da tarde de segunda-feira (9) e na estação Linhares, na madrugada de terça-feira (10). O Serviço Geológico, entretanto, salientou que a chegada da onda de cheias não significa que essas cidades terão enchentes.

As barragens da mineradora Samarco se romperam na tarde dessa quinta-feira (5) e destruiu distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Uma pessoa morreu 13 funcionários da Samarco estão desaparecidos. Segundo a rádio CBN, o número de mortos pode passar de 40.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) informou que a natureza dos resíduos implica em prováveis alterações  nas características da água bruta, especialmente com relação a parâmetros de turbidez, cor, entre outros. De acordo com informações preliminares repassadas pela Samarco, o rejeito é composto, em sua maior parte, por sílica (areia), proveniente do beneficiamento do minério de ferro.

A onda de lama provocará alteração do nível d’água, razão pela qual recomendamos aos usuários que protejam suas instalações de captação durante a passagem da onda de cheia, que tende a ser inferior a 4 horas. Segundo a Prefeitura de Colatina, a previsão é de o nível do Rio Doce aumente em cerca de 1,5 metros, mas o órgão municipal disse que não há previsão para alardes.

Equipes técnicas de campo e de escritório do Serviço Geológico do Brasil estão mobilizadas para acompanhar os níveis do rio Doce neste final de semana. O Serviço divulga no Estado boletins atualizados.

Os municípios do grupo de risco são: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés, no Estado de Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Estado do Espírito Santo.

Rio Doce tem áreas completamente secas (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Leia o alerta completo

"A partir de hoje, 6 de novembro, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio da Superintendência Regional de Belo Horizonte, antecipa o início da operação 24 horas de monitoramento contínuo do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. O início da operação estava previsto para o dia 23 de novembro, mas entrou em caráter de urgência para acompanhar a evolução da onda de cheias provocada pelo rompimento de barragens da Mina Germano, em Mariana – MG.

Nesse final de semana, equipes técnicas de campo e de escritório estarão mobilizadas para acompanhar o evento ao longo da calha do Rio Doce, monitorando os níveis do rio 24 horas em tempo real.

Os boletins contendo todas as informações monitoradas serão publicados no site do Serviço Geológico do Brasil – www.cprm.gov.br – diariamente e encaminhados às defesas civis do Estado de Minas Gerais, dos municípios afetados e outros órgãos competentes.

O sistema tem como objetivo alertar 15 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes. Os municípios são: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés no Estado de Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Estado do Espírito Santo."

* Com informações de Caique Verli, do jornal A Gazeta.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...