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ACORDO FORTALECERÁ RECURSOS HÍDRICOS NO PAÍS

19/07/2017

Cooperação firmada entre Ministério do Meio Ambiente e Itaipu Binacional apoiará ações de revitalização de bacias e de educação ambiental.

Sarney Filho e Vianna: cooperação
Alexandre Marchetti/ Itaipu
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, assinou nesta sexta-feira (18/08), em Toledo (PR), acordo que implementará ações voltadas para a gestão de recursos hídricos no país. A cooperação firmada entre o governo federal e a Itaipu Binacional tem como foco a revitalização de bacias hidrográficas e inclui, ainda, atividades de formação de gestores ambientais locais e de educação ambiental em escolas da região.

O acordo de cooperação técnica promoverá a interação entre o Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e o programa Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional. O objetivo é que a experiência do programa executado pela hidrelétrica seja implantado em ações socioambientais desenvolvidas pelo governo federal em outras regiões do país, como o Vale do Rio São Francisco.

A importância dos recursos hídricos foi apontada como prioridade pelo ministro. No evento de assinatura do acordo, Sarney Filho destacou a necessidade de medidas como a revitalização de bacias diante da crise hídrica atual e dos efeitos da mudança do clima. O ministro fez sobrevoos no oeste paranaense para conhecer as ações do Cultivando Água Boa na Bacia Hidrográfica do Paraná 3 e visitou os trabalhos de recuperação de nascentes em São José das Palmeiras (PR).

PUBLICAÇÃO

A cooperação também engloba ações de educação ambiental. Nesse contexto, o ministro Sarney Filho e o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, lançaram o caderno Fontes de Financiamento para Educação Ambiental. Além da publicação, as ações de educação previstas incluem a formação de educadores e gestores ambientais, realização de cursos e atividades educativas e de mobilização em escolas da região.

As atividades no oeste paranaense contaram também com a participação do diretor-presidente da Agência Nacional das Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, da diretora de Educação Ambiental do MMA, Renata Maranhão, de diretores e técnicos da usina e de prefeitos da região.
      
Acordo prevê ações em educação ambiental (Foto: Alexandre Marchetti)

*Com informações da Itaipu Binacional

Fonte: Ascom/MMA

PRÊMIO ANA RECEBE INSCRIÇÕES ATÉ 30 DE JUNHO



22/6/2017

Os interessados em inscrever trabalhos no Prêmio ANA 2017 terão mais uma oportunidade. Até 30 de junho a Agência Nacional de Águas (ANA) receberá inscrições de projetos nas nove categorias em disputa: Empresas de Micro e Pequeno Porte; Empresas de Médio e Grande Porte; Ensino; Governo; Imprensa – Impressos e Sites; Imprensa – Rádio; Imprensa – TV; Organizações Civis; e Pesquisa e Inovação Tecnológica. As inscrições podem ser realizadas por meio do hotsite do Prêmio ANA (premio.ana.gov.br), sendo que mais de 300 trabalhos já tiveram suas inscrições confirmadas.

O Prêmio ANA é uma ação da Agência Nacional de Águas que reconhece trabalhos os quais contribuem para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País. O concurso, que está em sua 6ª edição, também busca identificar ações que estimulem o combate à poluição e ao desperdício, além de apontar caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento das atuais e futuras gerações.

Como novidades, o Prêmio ANA 2017 tem duas categorias voltadas para empresas, sendo uma delas para micro e pequenas empresas e a outra para médias e grandes corporações. Para a imprensa, que reunia todos os tipos de mídia numa só categoria, a disputa será dividida em três grupos: impressos e sites; rádios; e TV.

O Prêmio ANA 2017 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à Agência e com notório saber na área de recursos hídricos, meio ambiente ou Jornalismo. Um representante da ANA presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade, impactos social e ambiental, potencial de difusão, adesão social, originalidade e sustentabilidade financeira (se aplicável). Para as categorias de imprensa, os critérios serão adaptados ao contexto jornalístico e a sustentabilidade financeira não será considerada.

A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das nove categorias. Os vencedores serão conhecidos em solenidade de premiação marcada para 6 de dezembro de 2017 em local a ser definido. Os nove vencedores receberão um Troféu Prêmio ANA. Além disso, ganharão uma viagem para poderem apresentar seus trabalhos durante o 8º Fórum Mundial da Água – maior evento do mundo sobre recursos hídricos –, que acontecerá em Brasília de 18 a 23 de março de 2018.

Inscrições

Nesta edição do Prêmio ANA, as inscrições devem ser realizadas totalmente pelo hotsite e não serão aceitos materiais em meio físico, já que a Agência Nacional de Águas adota uma política de papel zero. Cada participante pode inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.

Cronograma

• Inscrições: até 30 de junho de 2017;
• Avaliação: 7 de agosto a 8 de setembro (1ª fase) e 16 a 20 de outubro de 2017 (2ª fase);
• Comunicação aos finalistas:  30 de outubro a 3 de novembro de 2017;
• Premiação: 6 de dezembro de 2017.

Texto: Raylton Alves - ASCOM/ANA

ANA disponibiliza página com informações sobre o PROGESTÃO

Clique na imagem e conheça o site.


21/07/2016

O site da ANA passa a ter um link no menu Projetos para a página do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (PROGESTÃO) – http://progestao.ana.gov.br/. Nela é possível conhecer esta iniciativa da Agência, que busca incentivar o fortalecimento dos sistemas estaduais de gerenciamento de recursos hídricos através de ações que melhorem a implantação dos instrumentos de gestão previstos pela Política Nacional de Recursos Hídricos e pelas políticas estaduais do setor.

Na página os internautas também podem saber os antecedentes que motivaram a criação do Pacto, os normativos relacionados à ação, as metas de cooperação federativa e de gerenciamento em âmbito estadual, o Manual Operativo do PROGESTÃO e outros documentos relacionados ao Programa.

Também estão disponíveis documentos relativos à certificação do cumprimento das metas pelos órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, além de informes periódicos sobre o andamento do PROGESTÃO. Na página o internauta pode, ainda, acompanhar o status da adesão de cada unidade da Federação, as metas a serem cumpridas e a situação do repasse e da aplicação de recursos. Os contatos dos profissionais da ANA e dos órgãos estaduais que atuam no âmbito do Programa também estão disponíveis.

O PROGESTÃO

No PROGESTÃO – após o cumprimento de metas fixadas pelos estados e aprovadas por seus respectivos conselhos estaduais de recursos hídricos – cada unidade da Federação pode receber até cinco parcelas de R$ 750 mil da ANA, totalizando R$ 101,25 milhões para os 26 estados e o DF. Todas as unidades da Federação já aderiram ao Programa e já houve aproximadamente R$ 41 milhões em repasses pela Agência.

Além de buscar fortalecer institucional e operacionalmente a gestão de recursos hídricos em âmbito estadual e melhorar a articulação entre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e os sistemas estaduais, o Programa tem o objetivo de construir um sistema nacional para a governança eficaz que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade para os brasileiros no presente e no futuro.

Texto:Raylton Alves / Banco de Imagens ANA

Fonte: ANA

IPT lança manual para aproveitamento de águas cinzas

22/03/2016

A procura por soluções voltadas ao melhor aproveitamento dos recursos hídricos, a fim de diminuir o impacto ambiental, cresceu no Brasil nos últimos dois anos em função da crise hídrica. A elevação no nível dos reservatórios por conta das chuvas do início do ano, no entanto, não deve ser encarada como uma oportunidade para abandonar ações sustentáveis de redução de consumo, como o aproveitamento de água de chuva, por exemplo, mas sempre tendo em conta os cuidados necessários ao seu uso.

Para oferecer à população orientações para ações sustentáveis, o IPT lança hoje, no Dia Mundial da Água, o manual para reutilização de águas cinza (denominação dada às águas usadas no banho e na lavagem de roupas). 

Características das águas cinzas: cor pode ser cinza escuro, cinza claro ou outra, dependendo
da sujeira removida e da liberação de pigmentos e corantes dos tecidos


Essas águas podem ter diversos usos não potáveis, em função dos produtos adicionados durante a sua utilização, e a publicação lista uma série de boas práticas para o manejo em ambiente doméstico. “Para não colocar a saúde das pessoas em risco, o manual apresenta os cuidados recomendados ao seu uso a partir de soluções simples que não requerem construções, instalação de equipamentos especiais ou mesmo reformas residenciais”, explica Wolney Castilho Alves, pesquisador do Centro Tecnológico do Ambiente Construído e coordenador do manual.

Para a utilização correta das águas cinza, informa ele, o usuário deve observar a presença de sabão, amaciantes, corantes, resíduos de sujeiras e gordura que prejudiquem o uso pretendido, causando manchas em pisos, paredes e pintura de veículos. O pesquisador recomenda ainda atenção na possibilidade de partículas presentes na água aderirem a superfícies como pisos porosos, e de restos de alvejantes (principalmente à base de cloro) causarem danos no caso de rega de plantas.

O volume de águas cinza a ser coletado dependerá dos tipos de uso e do espaço disponível na residência para armazenamento. A quantidade necessária para suprir os usos está diretamente ligada ao número de bacias sanitárias, às áreas de piso e paredes a serem limpas ou às áreas de irrigação. Para uma lavagem de oito quilos de roupas, por exemplo, o volume de água consumido fica em torno de 100 litros, o que é suficiente para 16 descargas de bacia sanitária; um banho de chuveiro elétrico com a duração de oito minutos pode consumir de 24 a 40 litros de água, o bastante para quatro a seis descargas.

IMPORTÂNCIA DO ARMAZENAMENTO – O volume de água a ser armazenado deve ser decidido pelo morador em função do espaço disponível na residência, dos recursos para a compra dos recipientes e da facilidade de transporte entre os cômodos. Os recipientes de armazenamento (bombonas e baldes) recomendados pelo manual são produtos comuns vendidos no mercado.

Antes de escolha dos recipientes, o usuário deve avaliar sua qualidade. Grande parte deles é fabricada em plástico, material que não é agredido pelas águas cinza; no caso de modelos metálicos, eles podem sofrer corrosão. 

Banhos de chuveiro elétrico com cerca de 8 minutos fornecem volume suficiente para quatro a seis descargas


Um reservatório para armazenar águas cinza deve, caso seja grande, ter uma saída de fundo (torneira) para facilitar seu esvaziamento e limpeza, ser resistente ao peso da água (quando cheio) e a pequenas quedas e impactos e, talvez o mais importante atualmente, ser estanque, ou seja, não ter vazamentos e ser mantido sempre bem fechado.

Há também a necessidade de manter a água armazenada protegida do acesso de insetos. “Boa parte dos focos de dengue são encontrados em recipientes para armazenar água nas residências; é preciso tomar uma série de cuidados a fim de evitar a proliferação dos mosquitos”, ressalta Luciano Zanella, pesquisador do IPT e um dos autores do manual.

As águas coletadas da etapa de lavagem de tecidos muito sujos podem ter coloração cinza escuro ou chumbo, e tendem a ficar cada vez mais escuras com o passar do tempo. Essas águas podem liberar odores após 12 horas de armazenamento, aproximadamente; por outro lado, as águas do enxágue e de centrifugação das lavadoras podem ser armazenadas por mais tempo, situação que se repete com as águas da etapa de lavagem de roupas menos sujas e com as águas de banhos sem muitos resíduos.

As pesquisadoras do IPT Jordana Rodrigues de Castro, do Núcleo de Bionanomanufatura, e Rayana Santiago de Queiroz, do Centro de Química e Manufaturados, também colaboraram no projeto com a execução de testes de laboratório para avaliar técnicas simples que evitassem a exalação de odores nas águas armazenadas. Para eliminar ou diminuir cheiros desagradáveis, recomenda-se a mistura de cinco mililitros de água sanitária para cada litro de água cinza armazenada no caso de águas de cor cinza escura, que estão muito carregadas de sujeiras.

USOS PROIBIDOS – Mesmo que as águas cinza tenham a aparência de água limpa, os pesquisadores alertam para uma série de usos não permitidos: não beber, não utilizar para tomar banho ou dar banho em animais domésticos, não molhar plantas comestíveis (exceto árvores frutíferas) e tampouco usar para a rega no caso de os produtos adicionados à lavagem de roupas terem cloro em sua fórmula.

Clique aqui para baixar o manual em PDF ou visualize-o diretamente na janela abaixo.


Dia Mundial da Água: 78% dos empregos no mundo dependem de recursos hídricos

No Dia Mundial da Água, ONU alerta para a relação entre a falta de fornecimento
adequado e o desemprego (Arquivo/Agência Brasil)

22/03/2016

A falta de fornecimento de água seguro, adequado e confiável para os setores altamente dependentes de recursos hídricos resulta na perda ou no desaparecimento de empregos e pode limitar o crescimento econômico mundial nos próximos anos, “a menos que exista infraestrutura suficiente para gerenciar e armazenar a água”. O alerta é feito hoje (22), Dia Mundial da Água, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A edição de 2016 do Relatório Mundial das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Recursos Hídricos é produzido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em nome da ONU Água. Com o tema a água e o emprego, ele mostra que 78% dos empregos que constituem a força de trabalho mundial são dependentes dos recursos hídricos. “Nós temos algo em torno de 1,5 bilhão de pessoas no mundo que ainda têm problemas de acesso à água, seja em quantidade ou em qualidade. Isso afeta o emprego delas também”, disse o coordenador do setor de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão.

A Unesco estima que mais de 1,4 bilhão de empregos, ou 42% do total da força de trabalho mundial, são altamente dependentes dos recursos hídricos. Entre os setores mais atingidos estão a agricultura, indústria, silvicultura, pesca e aquicultura, mineração, o suprimento de água e saneamento, assim como quase todos os tipos de produção de energia. Esta categoria também inclui empregos em áreas como cuidados de saúde, turismo e setores de gestão de ecossistemas.

Também foi estimado que 1,2 bilhão de empregos, ou 36% do total da força de trabalho mundial, são moderadamente dependentes dos recursos hídricos. São setores para os quais a água é um componente necessário em suas cadeias de valores, como construção, recreação e transporte.

Desde os anos 80, a captação de água doce tem aumentado mundialmente em cerca de 1% ao ano, principalmente devido à crescente demanda em países em desenvolvimento, segundo a Unesco. “A redução da disponibilidade hídrica vai intensificar ainda mais a disputa pela água por seus usuários. Isso afetará os recursos hídricos regionais, a segurança energética e alimentar e, potencialmente, a segurança geopolítica, provocando migrações em várias escalas”.

Economia verde

Além do aumento da demanda, as mudanças climáticas são uma ameaça à disponibilidade de recursos hídricos. “A mudança climática levará, inevitavelmente, à perda de empregos em determinados setores. Uma abordagem proativa de adaptação por meio de políticas pode amenizar algumas dessas perdas”.

A criação de oportunidades de emprego em atividades de mitigação e adaptação e o mercado emergente de pagamentos por serviços ambientais pode oferecer às populações de baixa renda a oportunidade de criar um tipo de empreendedorismo, com aumento de renda e implementação de práticas de restauração e conservação.

“A urbanização acelerada e o aumento dos padrões de vida, o aumento da demanda por água, alimentos e energia de uma população mundial em constante crescimento, inevitavelmente, levarão à criação de postos de trabalho em determinados setores (por exemplo, tratamento municipal de águas residuais) e à perda de postos de trabalho em outros”, diz o relatório.

Segundo a oficial do Programa Mundial das Nações Unidas em Avaliação dos Recurso Hídricos da Unesco na Itália, Angela Ortigara, as maiores potencialidade de emprego estão relacionadas com a economia verde. “Há todo um trabalho para capacitar os empresários para essa transição econômica”, afirma.

A produção de energia, por exemplo, como um requisito para o desenvolvimento, possibilita a criação de empregos diretos e indiretos por todos os setores econômicos. Segundo a Unesco, o crescimento no setor de energia renovável leva ao crescimento do número de empregos verdes e independentes de recursos hídricos. “Podemos dizer que a geração de energia eólica e solar já cria mais empregos do que a de fonte convencional”.

Questões de saúde e gênero

Segundo o relatório, investimentos em saneamento e em água potável de qualidade fomentam o crescimento econômico, com altos índices de retorno. “O acesso ao suprimento de serviços seguros e confiáveis de saneamento e de água potável de qualidade, nas casas e nos locais de trabalho, em conjunto com a higiene adequada, são essenciais para se manter uma força de trabalho saudável, educada e produtiva”.

A Unesco destaca as questões de direitos humanos, economia verde, desenvolvimento sustentável e gênero, a serem consideradas pelos gestores de políticas públicas ao tratar das relações entre recursos hídricos e  trabalho. “Anualmente, 2,3 milhões de mortes são relacionadas ao trabalho. Doenças contagiosas ligadas ao trabalho contribuem para 17% dessas mortes e, nessa categoria, os principais fatores para a proliferação dessas doenças, mas que podem ser evitados, são água potável de baixa qualidade, saneamento inadequado, falta de higiene e falta de conhecimento”.

Segundo o relatório, cerca de 2 bilhões de pessoas necessitam de acesso a melhor saneamento, com as meninas e as mulheres em situação ainda mais precária. Ortigara diz que isso se deve ao fato de que, em lugares sem infraestrutura, as mulheres são responsáveis pela coleta de água e destinação das fezes, ou quando precisam sair de casa e se afastar da comunidade para cuidar da higiene, muitas vezes sofrem violências nesses percursos.

“E não estamos falando só de zona de guerra”, disse a oficial, sobre os problemas relativos à água, saneamento, higiene e emprego. Ela conta que um estudo feito em Bangladesh, com a distribuição de absorventes íntimos em uma empresa onde 80% dos empregados eram mulheres, diminuiu as faltas ao trabalho de 73% para 3%.

Políticas públicas

O relatório da Unesco recomenda que cada país, conforme a sua base de recursos, potencialidades e prioridades, identifique e promova estratégias específicas e coerentes, bem como planos e políticas para alcançar o equilíbrio ideal entre os setores da economia e gerar o melhor resultado possível de empregos decentes e produtivos, sem comprometer a sustentabilidade dos recursos hídricos e do meio ambiente.

“Com vistas a promover o crescimento econômico, a redução da pobreza e a sustentabilidade ambiental, deve-se considerar os métodos que reduzem a perda de empregos ou o deslocamento de pessoas, além daqueles que maximizam a criação de empregos resultantes da implementação de uma abordagem integrada na gestão dos recursos hídricos”, acrescenta o relatório.


Água e Desenvolvimento Sustentável é o tema do Dia Mundial da Água 2015



06/06/2015

A UN-Water anunciou o tema do Dia Mundial da Água de 2015. Neste ano, o assunto que pautará as discussões do setor de recursos hídricos em todo o mundo será Água e Desenvolvimento Sustentável. A UN-Water é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que coordena ações em assuntos sobre água doce e saneamento.

Celebrado mundialmente desde 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro. Desde então, as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos.

Entre os temas já escolhidos para a data estão: água e energia, cooperação pela água, água e segurança alimentar, águas transfronteiriças, saneamento, água limpa para um mundo saudável, lidando com a escassez de água e água para as cidades: respondendo ao desafio urbano.

Texto: Raylton Alves - ASCOM/ANA

Fonte: ANA



Ministério do Meio Ambiente apoia estados na elaboração dos planos de recursos hídricos

25/01/2014 

Goiás já iniciou o trabalho que terá participação popular e financiamento do Banco Mundial

O Ministério do Meio Ambiente inicia 2014 apoiando tecnicamente quatro estados na elaboração de seus Planos Estaduais de Recursos Hídricos. Goiás recebe apoio por meio do Programa Interáguas, com recursos do Banco Mundial equivalentes a R$ 2,7 milhões. Maranhão, Rondônia e Amazonas com recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), terão R$ 4,5 milhões. Negociações já foram iniciadas para o apoio idêntico ao Amapá e Pará.

Os planos, como instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), devem ser elaborados com base nos fundamentos, objetivos e diretrizes previstos na Lei Federal nº 9.433/1997. É importante destacar a ratificação da dominialidade pública das águas; a prioridade para o consumo humano e para a dessedentação de animais em situações de escassez; os usos múltiplos das águas; o seu valor econômico; a bacia hidrográfica como unidade territorial para implantação da política; a descentralização e a participação social no processo de gestão; a utilização integrada e sustentável da água; os conceitos de integração e articulação, tanto do ponto de vista dos processos socioambientais quanto políticos e institucionais.

Simbolismo

Goiás já deu início ao processo. Um contrato com o consórcio de empresas Inypsa-Cobrape foi assinado neste mês, no valor de R$ 2.711.427,85, e será pago pelo Banco Mundial através do Programa Interáguas. Uma reunião realizada esta semana em Brasília, entre o Ministério do Meio Ambiente, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás (SEMARH-GO) e o consórcio contatado, marcou a partida do Plano Estadual de Goiás.

“A reunião de partida tem um simbolismo muito grande, pois integra ações do Programa Interáguas, como o primeiro grande programa financiado, com o compromisso do governo federal de apoiar técnica, administrativa e financeiramente os estados no sentido de todos terem seus planos”, disse o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão. “O Plano Estadual de Recursos Hídricos, além de abordar os recursos hídricos em si mesmos, discute o estado de gestão, os arranjos institucionais possíveis para aperfeiçoá-los e as estratégias de implantação da política de recursos hídricos do Estado”.

As empresas que venceram a licitação têm experiência no assunto. A Inypsa foi responsável pela elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Espanha, enquanto a Cobrape realizou trabalho semelhante na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba. 

O plano de Goiás deve ser concluído em 18 meses e contribuirá para impulsionar a gestão hídrica no estado, balizando a implantação de outros instrumentos e orientando os rumos da política de recursos hídricos em longo prazo. Será elaborado de forma participativa com três rodadas de consultas públicas, em cinco cidades polos do estado, nas fases de elaboração do diagnóstico, dos cenários de longo prazo e da construção de diretrizes, programas e metas.



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