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IPT lança manual para aproveitamento de águas cinzas

22/03/2016

A procura por soluções voltadas ao melhor aproveitamento dos recursos hídricos, a fim de diminuir o impacto ambiental, cresceu no Brasil nos últimos dois anos em função da crise hídrica. A elevação no nível dos reservatórios por conta das chuvas do início do ano, no entanto, não deve ser encarada como uma oportunidade para abandonar ações sustentáveis de redução de consumo, como o aproveitamento de água de chuva, por exemplo, mas sempre tendo em conta os cuidados necessários ao seu uso.

Para oferecer à população orientações para ações sustentáveis, o IPT lança hoje, no Dia Mundial da Água, o manual para reutilização de águas cinza (denominação dada às águas usadas no banho e na lavagem de roupas). 

Características das águas cinzas: cor pode ser cinza escuro, cinza claro ou outra, dependendo
da sujeira removida e da liberação de pigmentos e corantes dos tecidos


Essas águas podem ter diversos usos não potáveis, em função dos produtos adicionados durante a sua utilização, e a publicação lista uma série de boas práticas para o manejo em ambiente doméstico. “Para não colocar a saúde das pessoas em risco, o manual apresenta os cuidados recomendados ao seu uso a partir de soluções simples que não requerem construções, instalação de equipamentos especiais ou mesmo reformas residenciais”, explica Wolney Castilho Alves, pesquisador do Centro Tecnológico do Ambiente Construído e coordenador do manual.

Para a utilização correta das águas cinza, informa ele, o usuário deve observar a presença de sabão, amaciantes, corantes, resíduos de sujeiras e gordura que prejudiquem o uso pretendido, causando manchas em pisos, paredes e pintura de veículos. O pesquisador recomenda ainda atenção na possibilidade de partículas presentes na água aderirem a superfícies como pisos porosos, e de restos de alvejantes (principalmente à base de cloro) causarem danos no caso de rega de plantas.

O volume de águas cinza a ser coletado dependerá dos tipos de uso e do espaço disponível na residência para armazenamento. A quantidade necessária para suprir os usos está diretamente ligada ao número de bacias sanitárias, às áreas de piso e paredes a serem limpas ou às áreas de irrigação. Para uma lavagem de oito quilos de roupas, por exemplo, o volume de água consumido fica em torno de 100 litros, o que é suficiente para 16 descargas de bacia sanitária; um banho de chuveiro elétrico com a duração de oito minutos pode consumir de 24 a 40 litros de água, o bastante para quatro a seis descargas.

IMPORTÂNCIA DO ARMAZENAMENTO – O volume de água a ser armazenado deve ser decidido pelo morador em função do espaço disponível na residência, dos recursos para a compra dos recipientes e da facilidade de transporte entre os cômodos. Os recipientes de armazenamento (bombonas e baldes) recomendados pelo manual são produtos comuns vendidos no mercado.

Antes de escolha dos recipientes, o usuário deve avaliar sua qualidade. Grande parte deles é fabricada em plástico, material que não é agredido pelas águas cinza; no caso de modelos metálicos, eles podem sofrer corrosão. 

Banhos de chuveiro elétrico com cerca de 8 minutos fornecem volume suficiente para quatro a seis descargas


Um reservatório para armazenar águas cinza deve, caso seja grande, ter uma saída de fundo (torneira) para facilitar seu esvaziamento e limpeza, ser resistente ao peso da água (quando cheio) e a pequenas quedas e impactos e, talvez o mais importante atualmente, ser estanque, ou seja, não ter vazamentos e ser mantido sempre bem fechado.

Há também a necessidade de manter a água armazenada protegida do acesso de insetos. “Boa parte dos focos de dengue são encontrados em recipientes para armazenar água nas residências; é preciso tomar uma série de cuidados a fim de evitar a proliferação dos mosquitos”, ressalta Luciano Zanella, pesquisador do IPT e um dos autores do manual.

As águas coletadas da etapa de lavagem de tecidos muito sujos podem ter coloração cinza escuro ou chumbo, e tendem a ficar cada vez mais escuras com o passar do tempo. Essas águas podem liberar odores após 12 horas de armazenamento, aproximadamente; por outro lado, as águas do enxágue e de centrifugação das lavadoras podem ser armazenadas por mais tempo, situação que se repete com as águas da etapa de lavagem de roupas menos sujas e com as águas de banhos sem muitos resíduos.

As pesquisadoras do IPT Jordana Rodrigues de Castro, do Núcleo de Bionanomanufatura, e Rayana Santiago de Queiroz, do Centro de Química e Manufaturados, também colaboraram no projeto com a execução de testes de laboratório para avaliar técnicas simples que evitassem a exalação de odores nas águas armazenadas. Para eliminar ou diminuir cheiros desagradáveis, recomenda-se a mistura de cinco mililitros de água sanitária para cada litro de água cinza armazenada no caso de águas de cor cinza escura, que estão muito carregadas de sujeiras.

USOS PROIBIDOS – Mesmo que as águas cinza tenham a aparência de água limpa, os pesquisadores alertam para uma série de usos não permitidos: não beber, não utilizar para tomar banho ou dar banho em animais domésticos, não molhar plantas comestíveis (exceto árvores frutíferas) e tampouco usar para a rega no caso de os produtos adicionados à lavagem de roupas terem cloro em sua fórmula.

Clique aqui para baixar o manual em PDF ou visualize-o diretamente na janela abaixo.


Manaus sediará 1º treinamento em diagnóstico e risco de queda de árvores nesta segunda (16)


16/04/2012

O treinamento será realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), órgão especializado em pesquisas que envolvem tecnologias nas áreas de física, matemática, geologia, engenharia, entre outras

Funcionários da Secretaria Municipal de meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) receberão nesta segunda (16), o I Treinamento em Diagnóstico e Análise de Risco de Queda de Árvores.

O treinamento será realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), órgão especializado em pesquisas que envolvem tecnologias nas áreas de física, matemática, geologia, engenharia, entre outras.

Além de promover o intercâmbio entre instituições, o curso tem como finalidade qualificar a mão de obra de técnicos que trabalham com arborização urbana de órgãos da Prefeitura como de outras instituições, a exemplo do Corpo de Bombeiros, Amazonas Energia e terceirizadas que lidam com a questão da arborização urbana.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, explica que a realização do curso faz parte de uma das metas do Programa Manaus Mais Verde, que é a de formação técnica da equipe de trabalho da arborização da cidade. Outra capacitação foi realizada pela Semmas em 2011, no I Encontro da Regional Norte da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, onde foram abordados temas como técnicas de escalada e manutenção de árvores, produção de mudas para arborização e transplante de árvores.

O secretário ressalta que desta vez o treinamento visa capacitar os técnicos na tomada de decisão em relação às condições da árvore, o seu estado de biodeterioração e quais os riscos reais dela vir ou não a cair.

O curso vai durar cinco dias, desta segunda (16) até sexta-feira (20), no auditório do Parque Municipal do Mindu, com carga horária total de 40 horas. O número de participantes é limitado a 40 pessoas, por conta das aulas práticas. As aulas serão ministradas pelo pesquisadores do IPT Sérgio Brasolin e Vinicius Pacheco.

Foram convidadas também a participar do treinamento com representantes as instituições públicas que trabalham com a questões afetas ao manejo da arborização na cidade, a exemplo do Ministério Púbico Estadual (MPE), Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e Ministério Público Federal (MPF). O curso terá início às 8h30.

Fonte: A Crítica
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