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Ex-pedreiro passa longe do pódio do mountain bike no Rio de Janeiro, mas sai como herói

Rubens Valeriano, o Rubinho, chegou em 30º, mas foi ovacionado pelos torcedores 
GETTY

22/08/2016

"Rubinho! Rubinho! Rubinho!"

"Eu não fui bem hoje, gente. Me desculpem"

"Foi sim! Você é o cara!"

Rubens Valeriano, o Rubinho, passa bem longe do glamour de esportes como futebol, vôlei e natação. E não chega nem perto do pódio também. Mas na saída de sua prova de mountain bike foi ovacionado por cerca de mil torcedores e parou de metro em metro para tirar fotos depois de ter cruzado a linha de chegada da final olímpica em 30º, entre os 50 atletas que desafiaram as montanhas do Parque Radical de Deodoro, no Rio de Janeiro, neste domingo.

É o reconhecimento, certamente, pela história de vida, uma daquelas que inspiram e são o verdadeiro significado do ouro em Jogos Olímpicos. O brasileiro, hoje com 37 anos, precisou de muita argamassa antes de construir sua carreira no ciclismo. Mas tijolo a tijolo, literalmente, conseguiu chegar ao topo.

"Dos 14 aos 16 anos, trabalhei em uma olaria, primeiro como servente de pedreiro e depois de um ano como pedreiro. Fui mandado embora por ser menor de idade e com o dinheiro que recebi comprei uma mountain bike. Teve uma competição na minha cidade (Monte Santo de Minas), mas não corri de medo, porque minha bicicleta era muito simples", contou Rubinho ao ESPN.com.br.

Depois de conseguir comprar uma bicicleta melhor, participou de uma prova e terminou na quarta colocação na categoria estreante. Aí, não parou mais. "Eu conciliava o trabalho como pedreiro com o ciclismo. Trabalhava o dia todo e treinava das 17h até umas dez horas da noite, todos os dias. Em 2000, optei por me dedicar só ao esporte. Fiz a escolha certa. Sou muito feliz e espero incentivar as pessoas que estão vendo tudo isso."

Em 2001, Rubinho ganhou seu primeiro patrocínio. O sonho olímpico começou em 2007, quando foi convocado para integrar a seleção brasileira de mountain bike nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro: surpreendeu e conquistou a medalha de prata, garantindo vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.

O mineiro deixou a China como o brasileiro mais bem colocado na prova de moutain bike, em 21º. Quatro anos depois, foi 24º em Londres. Agora, se despede do Rio de Janeiro sem saber se ainda se vai ou não para Tóquio em 2020. "Meu grande objetivo era ter chegado entre os dez primeiros. Não foi como eu esperava. Talvez seja minha última Olimpíada."

Henrique Avancini, o outro brasileiro que disputou a final de mountain bike neste domingo, foi o 23º a cruzar a linha de chegada. A medalha de ouro foi conquistada pelo suíço Nino Schurter - bronze em Pequim-2008 e prata em Londes-2012 -, e a prata ficou com o tcheco Jarolslav Kulhavy, que era o atual campeão olímpico da prova.

Fonte: ESPN

Após disputarem Olimpíada, judocas refugiados continuarão treinando no Brasil

A judoca refugiada Yolande Bukasa enfrentou a israelense Linda Bolder Reuters/Toru Hanai/Direitos Reservados 

14/08/2016

Marcelo Brandão - Enviado Especial da Agência Brasil

Foi um momento histórico para os Jogos Olímpicos e mudou para sempre a vida de Yolande Bukasa e Popole Misenga. Os dois judocas congoleses representaram os refugiados, mas o sentimento foi de lutar em casa, literalmente. Eles vivem no Brasil desde 2013 e tiveram toda a torcida a seu lado. A participação de ambos nos jogos já terminou, mas eles continuarão vivendo e treinando no Brasil para mais um capítulo do sonho olímpico.

“Vou continuar no Brasil, sou pai de uma brasileira, minha mulher é daqui e ela está grávida de novo. Não posso sair mais, tenho que cuidar da minha família. Aqui já virou o meu país”, diz Popole.

Yolande sente saudades da família, que ficou na África, mas não pensa em voltar agora. “Brasil já é minha casa. Vou ficar aqui, morar aqui. Estou aqui no Brasil, vivendo minha vida aqui. Essa oportunidade foi mandada por Deus”.

Após o frisson da Olimpíada, os dois voltam aos treinos no Instituto Reação. O instituto os acolheu e os colocou em nível de competição, com o trabalho do sensei Geraldo Bernardes. Yolande lutou uma vez, contra a israelense Linda Bolder, e foi derrotada. Já Popole venceu seu primeiro combate e só parou quando enfrentou o campeão mundial Gwak Dong Han, da Coreia do Sul.

“Defendi muita chave, ele quase quebrou meu braço, mas eu falei [para mim mesmo] 'não vou deixar, não vou bater [desistir da luta]', para mostrar ao mundo inteiro que nós somos capaz de estarmos aqui. Para mim, fui vitorioso”, diz Popole. “O Popole voltou. Acho que na próxima competição vou lutar mais, ninguém vai acreditar que Popole está lutando, melhorando mais”, diz, orgulhoso.

O olhar do judoca se ilumina ao ser perguntado sobre o apoio dos brasileiros na abertura dos jogos, no Maracanã, e em sua participação no tatame. “Para mim foi incrível. Não esperava isso. Eu já tinha botado na minha cabeça que eu era refugiado, que meu esporte já tinha acabado. Minha esperança de vida já não existia mais. Agora eu já estou firme, estou voltando. O Popole voltou”.

Além de treinar, os dois estão nas salas de aula. O primeiro passo é conseguir falar português com desenvoltura e, então, colocar em dia os estudos. “Agora estou aprendendo porque na África eu não estudei, por causa da situação da família. Lá na África a família precisa pagar para estudar. Eu estou aqui, me ajudaram a estudar, essa oportunidade não pode largar”, diz Yolande.

O orgulho do treinador também é enorme. Ele garante que os dois fazem parte do Instituto Reação, independente da Olimpíada. “Eles continuam. Quando foram descobertos pelo COI, eles já estavam no Reação. Eles são fruto do Reação, a casa deles é o Reação. Vamos continuar dando treinamento para eles, mais atenção, sendo que deve ter uma ajuda do COI agora porque viram que o projeto deu certo”.

Na avaliação de Geraldo, o que os dois fizeram na Olimpíada, sobretudo Popole, pode ser chamado de “milagre”. Em pouco tempo tiveram que aprender as novas regras do judô e afiar a luta que já não praticavam em competições há muito tempo. “Acho que o que eles fizeram foi um milagre. Ela precisa de mais uma melhoria técnica. Ele precisa de mais treinamento, mais experiência, viajar, participar. Há muito tempo eles não participavam de nenhuma competição”.

Para Mark Adams, diretor de comunicações do Comitê Olímpico Internacional (COI), a participação dos refugiados foi um dos fatos mais marcantes dos Jogos Rio 2016 até agora. “É muito bom ver o time de refugiados, ver esses atletas competindo é emocionante, toca a todos. O espírito olímpico é isso, sentir-se parte de alguma coisa. Acho que vou lembrar dos jogos assim. Esses atletas competindo foi emocionante”.

Adams afirmou que o COI já estuda com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) uma forma de apoio para a continuidade da delegação de refugiados para os próximos jogos, em Tóquio 2020. “O COI vem trabalhando com agências da ONU e temos uma relação próxima da Acnur. Será discutido como eles receberão apoio para participar de Tóquio”.

Edição: Carolina Pimentel



Unicef lança campanha de proteção às crianças

Foto: Unicef/Sokol

03/08/2016

Iniciativa tem como objetivo arrecadar doações para os menores de idade; agência da ONU quer mobilizar fãs dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016 a participarem de uma corrida de 5 Km a pé ou em cadeira de rodas.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, lançou esta quarta-feira, uma campanha para ajudar crianças.

A iniciativa esportiva global quer mobilizar os fãs dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 a participarem da Team UNICEF Get Active for Children, em tradução livre, "Equipe Unicef, se Exercite pelas Crianças". Essa é uma campanha para arrecadar doações para os menores de idade.

5 Km

O sistema funciona da seguinte forma: os participantes que se inscreverem devem completar um percurso de 5 Km a pé ou em cadeiras de rodas, para pessoas com deficiência. Para cada um que terminar a corrida será feita uma doação de cinco reais por um grupo de empresas.

Os participantes podem acumular um sistema de pontos realizando várias atividades, incluindo o preenchimento de um questionário no site da Equipe do Unicef.

A pessoa que registrar o maior número de pontos vai ganhar uma viagem para acompanhar o trabalho da agência da ONU no Brasil.

O representante do Fundo para a Infância no país, Gary Stahl, disse que a agência "quer que todos entrem no espírito esportivo e se exercitem pelas crianças". A meta é ajudar na arrecadação de dinheiro para os menores mais vulneráveis do mundo.

Homicídio

Calcula-se que 30 crianças e adolescentes sejam mortos diariamente no Brasil. Mais de uma em cada três mortes de adolescentes no país é resultado de homicídio, comparado com a taxa de uma para cada 20 no caso da população em geral.

Para ajudar a prevenir e responder à violência contra criança durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Unicef lançou também uma nova versão da campanha Proteja Brasil. Esse é um aplicativo que permite às vítimas e testemunhas denunciarem casos de violência, abuso ou exploração às autoridades.

O representante do Unicef afirmou que o aplicativo Proteja Brasil "dá a oportunidade a cada pessoa de agir para ajudar as crianças".

Fonte: Rádio ONU


Símbolo de superação, jovem atleta paralímpica vai conduzir a tocha no Pará

23/06/2016

Indicada pelo UNICEF, em parceria com Rio 2016, Adriana já ganhou medalhas de ouro no salto a distância e prata no arremesso de peso

© UNICEF/BRZ/Fred Borba
Aos 15 anos, a paraense Adriana Almeida Santos, de Belém, comemora muitas vitórias. Ela foi diagnosticada com paralisia cerebral aos sete meses de vida, mas, com o apoio da mãe, se supera em tudo o que busca fazer. Cada pequeno passo é uma conquista, principalmente, para quem recebeu o prognóstico de que nunca poderia andar.

Na companhia de um amigo, Adriana caminha diariamente para a escola. E, de tanto treinar no Centro de Referência em Inclusão Educacional, acabou virando atleta paralímpica, conquistando três medalhas de ouro e uma de prata na corrida, entre 2014 e 2015. A jovem agora vive a expectativa de um novo sonho que será realizado no dia 15 de junho, quando ela vai carregar a tocha símbolo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

“Quando eu soube que carregaria a Tocha fiquei muito feliz e surpreendida. Meu coração disparou. Sei que é uma oportunidade muito importante e vai fazer toda a diferença na minha vida”.

Aluna do 6º ano do ensino fundamental, Adriana tem uma rotina comum à das meninas da sua idade. Integrante da rede de adolescentes da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), iniciativa do UNICEF para redução das desigualdades intraurbanas, a jovem é testemunha dos benefícios do esporte para todas as crianças e todos os adolescentes.

“É importante a prática de esporte porque está me ajudando a aprender. Por causa do esporte, estou melhor na escola, brinco mais e sou mais ativa. Antes eu tinha muita dificuldade de andar, de aprender e, com o esporte, eu melhorei muito”.

Para o Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF), histórias como a de Adriana são um exemplo para mostrar o poder do esporte como ferramenta de inclusão.

“Quando falamos em inclusão social de crianças e adolescentes com deficiência, não basta colocá-las em sala de aula. É preciso criar condições reais para que possam aprender e se desenvolver de maneira integral. O esporte tem se mostrado como uma estratégia valiosa para essa conquista. Afinal, quando todos jogam juntos, todos saem ganhando”, comenta Fabio Morais, coordenador do Escritório do UNICEF em Belém.

UNICEF nos Jogos Olímpicos

Adriana faz parte de um grupo de seis jovens de diversas regiões do país que foram escolhidos, dentro da parceria do UNICEF com a Rio 2016, para conduzir a tocha olímpica. Eles terão a missão de representar os 2,2 bilhões de crianças e adolescentes dos cinco continentes e simbolizam a esperança de um mundo melhor, no qual os seus direitos e garantias fundamentais são respeitados.

Sobre o UNICEF – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com seus parceiros, trabalha em 190 países e territórios para transformar esse compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente seus esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação do UNICEF
Ida Pietricovsky de Oliveira
Telefone: (91) 3073 5700
E-mail: ipoliveira@unicef.org
Immaculada Prieto
Telefone: (21) 3147 5706
E-mail: iprieto@unicef.org
Pedro Ivo Alcantara
Telefone: (61) 3035 1947
E-mail: pialcantara@unicef.org

"Por um mundo melhor para as crianças", estudante de Sobral participa do revezamento da Tocha Olímpica



12/06/2016

Indicado pelo UNICEF, em parceria com Rio 2016, Edilson também acendeu a pira Olímpica e discursou para uma praça lotada

Rio de Janeiro/Brasília/Sobral, 8 de junho de 2016 – Na noite de quarta-feira 8 de junho, Edilson Freitas da Silva Filho, de 14 anos, assumiu o último trecho do revezamento da Tocha Olímpica em Sobral. Ele recebeu a chama de Juliana de Lima, paratleta tricampeã escolar em atletismo. Na caminhada até o palco, foi acolhido pelo carinho e entusiasmo da família, dos colegas e professores da escola. E teve a honra de acender a pira Olímpica de sua cidade.

"É muita emoção estar aqui, representando as crianças de todo o mundo. Desejo um mundo melhor, mais justo, e que todas as crianças tenham o direito de ser o que sonharem", discursou o adolescente no palco, bastante emocionado. Ao reencontrar os amigos, foi disputado para fotos e abraços e reforçou o desejo expresso no palco: "Fui escolhido por causa da minha história de superação e quero que todos possam ter seus projetos de vida".

Edilson mora no assentamento Oiticica, no distrito de Aracatiaçu, localizado a 60 quilômetros de Sobral, no Semiárido cearense. Na área rural onde vive, a realidade de muitas crianças e adolescentes é marcada pela dificuldade em completar os estudos, seja pela distância da escola ou pela necessidade de apoiar o sustento da família. Edilson perdeu a mãe 12 dias após seu nascimento e foi criado pelos avós maternos, que vivem da agricultura familiar no Semiárido.

Os avós de Edilson não foram alfabetizados, mas sempre apoiaram os estudos dos netos. "Eu até queria muito estudar, mas tinha de ajudar a família. Sempre falo para eles que é importante, para ter uma vida diferente", conta a avó Aparecida Francisca dos Santos.

Edilson entrou na educação infantil aos 4 anos. Hoje, no 9º ano, estuda na escola de tempo integral Colégio Sobralense Maria de Lourdes de Vasconcelos, inaugurado em 2014 no próprio distrito. E ele planeja ser professor de matemática no local em que nasceu e cresceu.

O diretor do Colégio Sobralense, professor Sérgio Barbosa Alves, relata que o ensino integral tem permitido a esses meninos e meninas dar grandes saltos em seu desenvolvimento. E Edilson reconhece no esporte, uma de suas atividades preferidas, um dos diferenciais da escola: "Ajuda muito a me desenvolver, já que é preciso lidar com um time inteiro. Nunca é pegar bola e sair correndo sozinho". Como lembra o professor de educação física, Cícero Romão Tavares Ramos, o menino que chegou ao colégio bastante retraído, hoje fala à vontade da própria história, é louco por esportes e interage com os colegas.

As oportunidades que Edilson tem encontrado na educação são iniciativas que destacam a certificação do município de Sobral em seis edições do Selo UNICEF Município Aprovado. "Trabalhamos para que as crianças e adolescentes possam ter um horizonte independente do território em que vivem. E o UNICEF tem sido um importante parceiro nesse sentido, ajudando a construir conquistas que ninguém tira", destaca Carmen Soares de Sousa, articuladora do Selo UNICEF em Sobral.

Para o coordenador do escritório do UNICEF em Fortaleza, Rui Aguiar, "a participação de Edilson no revezamento da Tocha Olímpica ajuda a mostrar para o mundo que todos os meninos e todas as meninas estão cheios de possibilidades, desde que sejam protegidos e considerados integralmente".

UNICEF e Rio 2016 – Edilson faz parte de um grupo de seis adolescentes de diversas regiões do País que foram escolhidos, dentro da parceria do UNICEF com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, para conduzir a tocha olímpica. Com a missão de representar os 2,2 bilhões de crianças e adolescentes dos cinco continentes, eles simbolizam a construção de um mundo que garanta uma oportunidade justa para cada criança.

Selo UNICEF – O Selo UNICEF Município Aprovado é uma iniciativa para superar as desigualdades que afetam as crianças e os adolescentes que vivem no Semiárido e na Amazônia Legal Brasileira. Mais de 1.700 municípios brasileiros estão inscritos na atual edição dessa iniciativa. A Edição 2013-2016 é uma realização do UNICEF com o apoio da Petrobras, Coelce, Cemar e Fundação Telefônica.

Sobre o UNICEF – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com seus parceiros, trabalha em 190 países e territórios para transformar esse compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente seus esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas.

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Mais informações
Assessoria de Comunicação do UNICEF
Immaculada Prieto
Telefone: (21) 98237 0856
E-mail: iprieto@unicef.org


Na Olimpíada do Rio, atletas vão usar ônibus ecológico

Ônibus ecológico, movido a energia e hidrogênio, será usado por atletas nos Jogos Olímpicos de 2016 
Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil

15/03/2016

Durante os Jogos Olímpicos de 2016, os atletas serão transportados pela cidade em um ônibus urbano elétrico híbrido a hidrogênio, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O veículo pode operar com três tipos de fontes de energia, com recarga de baterias com autonomia para 150 quilômetros.

O ônibus é abastecido com cilindros de hidrogênio gasoso, instalados no teto. Na traseira, fica a pilha combustível, que converte o nitrogênio em eletricidade quando em contato com oxigênio do ar.  “Isso quer dizer que temos o domínio total dessa tecnologia. Ele é um produto que está pronto para ser comercializado”, contou o professor Paulo Emílio de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe. “Será uma boa vitrine [a Olimpíada]”, destacou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, que conheceu o ônibus ontem (7), 

Além desse projeto, o laboratório também desenvolveu um ônibus híbrido movido a etanol e, outro 100% elétrico. “O objetivo é que se torne um padrão de uso de ônibus escolar em ambiente urbano brasileiro”, acrescentou o professor.

Trem de levitação

Outro projeto desenvolvido pelo Coppe é o trem de levitação magnética. A composição tem 1,5 metro de comprimento e capacidade de transportar 30 passageiros. No teste de ontem, o trem fez trajeto de 200 metros, alcançando velocidade de 20 Km/hora. Mas pode chegar a 100 km/h em percursos mais longos. “Vemos neste veículo muito mais que um veículo para transporte. Vemos nele a possibilidade de arrastar uma série de desenvolvimento tecnológico, ímã, supercondutor veículo leve”, apontou o professor Richard Stephan, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.

O trem de levitação tem custo menor em comparação a outros veículos. Pelos cálculos dos pesquisadores, corresponde a cerca de 1/3 do valor de implantação do metrô. A levitação ocorre com a interação de ímãs permanentes com supercondutores.

A expectativa do professor Stephan é que o projeto Maglev-Cobra seja certificado no ano que vem e em 2020 entre em operação com uma linha de 5 quilômetros de distância, fazendo a ligação entre a Estação de BRT Aroldo Melodia ao Parque Tecnológico da UFRJ. “Este protótipo é sem ar- condicionado, que é grande vilão de consumo energético”, disse o professor.

LabOceano

Já no Laboratório de Pesquisas Oceânicas da Coppe (LabOceano), o ministro Pansera conheceu o tanque que faz simulações de condições de mar, com capacidade de armazenar 23 milhões de litros de água pura da Companhia de Companhia Estadual de Água e Esgotos (Cedae). “Existem necessidades de requerimentos técnicos no fundo do mar que apenas a pesquisa e os ensaios exaustivos podem resolver”, disse o professor José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ.

Na avaliação do diretor, os projetos do trem de levitação e do ônibus ecológico podem ser usados em ambientes urbanos, mas reconheceu que é preciso engajamento do Poder Público e da iniciativa privada. “O Brasil hoje discute a crise energética e a produção de energias limpas e estes são exemplos daquilo que se pode tratar como energia limpa e solução para crise energética”, avaliou.


RIO 2016: FATOS E NÚMEROS DA SUSTENTABILIDADE DOS JOGOS


18/04/2015

Entregar Jogos Olímpicos e Paralímpicos é tarefa complexa. Entregar Jogos sustentáveis é ainda mais complexo. Por trás do Rio 2016, a sustentabilidade dá o suporte para que cada ação, desde o planejamento dos Jogos até a dissolução, gere menos impacto. Confira algumas curiosidades sobre a sustentabilidade dos Jogos:

ELEFANTE BRANCO

As instalações de competição estão localizadas em quatro regiões do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca, Copacabana, Maracanã e Deodoro) de modo a aproveitar ao máximo as estruturas já existentes, evitando, assim, elefantes brancos após os Jogos Rio 2016. Dos locais de competição, 71% da área é de instalações já existentes, enquanto 17% são construções temporárias e apenas 12% novas construções.

ISO 20.121

O sistema de gestão da sustentabilidade dos Jogos é executado com o objetivo de garantir uma operação eficaz e que esteja em conformidade com a ISO 20.121, a norma de sustentabilidade para eventos. O processo formal de certificação, incluindo engajamento dos colaboradores e auditoria externa, será conduzido ao longo de 2015.

SABOR DOS JOGOS

Sabor dos Jogos é a estratégia de alimentação saudável e sustentável para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Dentre as estratégias desenhadas, estão: apoio a pequenos produtores para fornecimento dos Jogos, apresentação de mecanismos de rastreabilidade para segurança e origem dos alimentos, priorização de mercados locais e nacionais para fornecimento de alimentos saudáveis e sustentáveis e engajamento do público sobre boa alimentação e vida saudável.

VOCÊ SABIA?

A madeira não certificada emite 204 kg de CO2/m3. Já a madeira certificada emite 14kg de CO2/m3. O Rio 2016 utiliza apenas fornecedores que tenham a certificação da cadeia de custódia da madeira, assegurando não somente o manejo sustentável, mas a sustentabilidade em todo o processo produtivo, desde a extração da madeira, passando pela transformação em produto e vendida ao consumidor final.



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