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ONU MEIO AMBIENTE E GOOGLE ANUNCIAM PARCERIA PARA MAPEAR ECOSSISTEMAS

Google produzirá mapas geoespaciais para monitorar impacto das atividades humanas 
sobre os ecossistemas. Foto: PEXELS

18/07/2018

A ONU Meio Ambiente e o Google anunciaram na segunda-feira (16) uma parceria que promete mudar a forma como vemos o nosso planeta. Combinando de maneira inédita ciência ambiental, big data e acessibilidade, as duas instituições criarão uma plataforma para mapear e visualizar os impactos da atividade humana nos ecossistemas. Iniciativa utilizará a computação em nuvem da empresa de tecnologia e os catálogos públicos de observação terrestre.

A ONU Meio Ambiente e o Google anunciaram na segunda-feira (16) uma parceria que promete mudar a forma como vemos o nosso planeta. Combinando de maneira inédita ciência ambiental, big data e acessibilidade, as duas instituições criarão uma plataforma para mapear e visualizar os impactos da atividade humana nos ecossistemas. Iniciativa utilizará a computação em nuvem da empresa de tecnologia e os catálogos públicos de observação terrestre.

Com a colaboração, pela primeira vez, governos, ONGs e a população em geral conseguirão acompanhar metas específicas de desenvolvimento relacionadas ao meio ambiente, através de uma interface fácil de usar. Frequentemente, quando um país procura implementar uma política ambiental, percebe que faltam dados para direcionar essas ações de forma segura e eficaz. Com as ferramentas de análise e visualização do Google Earth Engine, o mundo pode finalmente começar a preencher essas lacunas.

Inicialmente, o projeto terá como foco os ecossistemas de água doce, incluindo montanhas, florestas, pântanos, rios, aquíferos e lagos. Essas áreas representam 0,01% da água do mundo, mas são o habitat de quase 10% das espécies conhecidas – e as evidências sugerem uma rápida diminuição da sua biodiversidade.

O Google produzirá periodicamente mapas geoespaciais e dados sobre ecossistemas relacionados à água, empregando a tecnologia de computação em nuvem. Serão geradas imagens de satélite e estatísticas para avaliar a extensão da mudança que ocorre nos corpos d’água. As informações serão de livre acesso para garantir que as nações possam rastrear mudanças, prevenir e reverter a perda dos ecossistemas.

“Só seremos capazes de resolver os maiores desafios ambientais do nosso tempo se conseguirmos os dados certos”, disse o direto-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim. Segundo o especialista, a agência das Nações Unidas “está entusiasmada com a parceria com o Google para disponibilizar ferramentas online mais sofisticadas para acompanhar o progresso, identificar áreas prioritárias e nos aproximar um pouco mais de um mundo sustentável”.

O objetivo da cooperação é garantir que gestores tenham o conhecimento para fazer os melhores investimentos em serviços ambientais. “Estamos empolgados em permitir que todos os países tenham acesso igualitário às mais recentes tecnologias e informações em apoio à ação climática global e ao desenvolvimento sustentável”, afirmou Rebecca Moore, diretora do Google Earth, Earth Engine e Earth Outreach.

A longo prazo, a parceria espera estabelecer uma plataforma para dados de código aberto e análise dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Outras áreas de colaboração incluem atividades de conscientização e capacitação, bem como o estabelecimento de parcerias com organizações como o Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia (JRC), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA).

O projeto conjunto foi lançado durante o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, onde líderes mundiais estão reunidos até a próxima quarta-feira (18) para analisar os avanços e desafios rumo à Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.

Sobre a ONU Meio Ambiente

A ONU Meio Ambiente é a principal voz global em temas ambientais. A agência promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorar a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações. A ONU Meio Ambiente trabalha com governos, com o setor privado, com a sociedade civil e com outras instituições das Nações Unidas e organizações internacionais pelo mundo.


Perda de biodiversidade ameaça ecossistemas do planeta, diz estudo

Pradarias, savanas e tundras são ecossistemas mais afetados (Foto: Markus Schreiber/AP)

17/07/2016

Em 58% da superfície terrestre há perda substancial dos ecossistemas.
Estudo foi publicado na revista "Science" nesta quinta.

A dimensão da perda de biodiversidade no mundo todo ameaça o funcionamento dos ecossistemas da Terra e inclusive a sobrevivência dos seres humanos, segundo um estudo publicado na quinta-feira (14) na revista científica americana "Science".

Em 58% da superfície terrestre, onde vive 71% da população mundial, "o nível de perda de biodiversidade é substancial o suficiente para questionar a capacidade dos ecossistemas de suportar as sociedades humanas", alerta o estudo.

"É a primeira vez que quantificamos os efeitos da perda de biodiversidade a nível planetário de forma tão detalhada que agora podemos dizer que esta perda ultrapassou os limites considerados seguros pelos ecologistas", explica o líder da pesquisa, Tim Newbold, da University College London.

Nestas zonas, é cada vez mais incerta a possibilidade de assegurar funções essenciais dos ecossistemas como a reprodução e crescimento de seres vivos e a manutenção de ciclos de produção de nutrientes.

"Sabemos que as perdas de biodiversidade afetam o funcionamento dos ecossistemas, mas o processo ainda não está totalmente claro", acrescentam os pesquisadores.

"O que sim sabemos é que em várias partes do mundo nos aproximamos de uma situação na qual uma intervenção humana poderia ser necessária para manter as funções do ecossistema", afirmam.

"A utilização dos solos já levou a biodiversidade até os limites do que poderia ser considerado não arriscado", ressaltou o professor Andy Purvis, do Museu de História Natural de Londres, um dos coautores do estudo.

Para o estudo, foram analisados 2,38 milhões de relatórios sobre 39.123 espécies e 18.659 lugares, dados fornecidos por centenas de pesquisadores de várias partes do mundo.

Fonte: G1 Natureza


Líderes globais convocam para luta contra o aquecimento no Ártico

Imagem mostra região do Ártico, que sofre degelo devido às altas 
temperaturas globais (Foto: Divulgação/ESA)

19/03/2015

Região é a que mais sente o aumento das temperaturas no planeta.
Conferência em Paris discute como combater a ameaça e proteger a área.

França, Noruega e Mônaco pediram uma ação imediata contra as mudanças climáticas, durante uma conferência realizada em Paris sobre o Ártico - "posto avançado" do aquecimento global.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, lembrou que na região o aquecimento é duas vezes mais rápido do que em outros locais.

"Os ecossistemas do Ártico podem mudar completamente [...] Se nós continuarmos a perturbá-los, eles poderiam contribuir para o aumento das temperaturas, isto é, um cenário catastrófico", disse o ministro, que foi ao arquipélago norueguês de Svalbard e deve ir à Groenlândia nos próximos dias.
"Esta ameaça deve nos fazer agir", alertou o chanceler. "Facilitar a conclusão de um acordo universal e ambicioso, esta é a missão da França" para a conferência sobre o clima prevista para dezembro em Paris. "A tarefa é enorme, mas a esperança é real", ponderou.

"As mudanças no Ártico são um convite à ação", ressaltou o chanceler norueguês, Borge Brende, lembrando que no mar de Barents, 50% das banquisas [ndr: campos de gelo flutuantes] desapareceram desde os anos 1980. "O grande Norte está no topo das nossas prioridades de política externa", afirmou.

'A culpa é do homem'
O príncipe Albert II de Mônaco também chamou à ação diante destas "mudanças, cujos homens são os primeiros responsáveis e as primeiras vítimas".

"O aquecimento global é inseparável da abertura de estradas, do aparecimento de novas explorações e das profundas mudanças econômicas, sociais e ambientais que seguem. Algumas destas mudanças podem ser benéficas, mas muitas delas têm consequências negativas que não podem ser ignoradas", disse.

"Todos os países devem desempenhar um papel frente a suas empresas', afirmou o príncipe. 'Nós devemos persuadi-los a renunciarem, se necessário, a certas explorações na região do Ártico [...], especialmente às explorações de hidrocarbonetos [ndr: combustíveis] líquidos, que apresentam riscos demais", continuou.

"Nosso dever é, de fato e antes de tudo, incitar uma transição energética que possa nos libertar da dependência dos produtos derivados de petróleo", concluiu Albert II.

Fonte: G1 Natureza


Meio ambiente e ecossistemas, artigo de Roberto Naime

09/01/2015

A biologia é uma ciência fundamental nos estudos ambientais e favorece a aplicação de modelos para diagnósticos e prognósticos de situações através de modelos que desenvolve a partir da definição de relações hierárquicas. Um modelo é uma formulação que imita um fenômeno real, e pela qual se podem fazer projeções consistentes. Citando a Biologia clássica, a partir do livro Ecologia de Eugene Odum (Ed. Guanabara, 1988), emerge o conceito de ecossistema, como a inter-relação entre organismos vivos e não vivos que interagem entre si de forma hierarquizada.

Ecossistema é qualquer unidade que abranja todos os organismos que funcionam em conjunto em uma determinada área de espaço físico e que interajam com o ambiente com fluxos de matéria e energia que produzam estruturas bióticas definidas e ciclagem de materiais entre as partes vivas e não vivas.

O ecossistema é a unidade funcional básica da ecologia, estando parametrizada pelos níveis de organização e relações sistêmicas para definir a emergência das propriedades. Os ecossistemas tem estrutura e podem ser abordados de forma “holológica” ( por inteiro) ou “merológica” (em partes).

Dentro da biologia, é expressiva a corrente que defende o controle biológico do ambiente geoquímico, também conhecida como “Hipótese Gaia”. Este enunciado sustenta que os organismos evoluíram junto com o ambiente físico, formando um sistema complexo de controle que mantém as condições da Terra favoráveis a vida.

A dimensão biológica da abordagem ambiental em alguns aspectos, ressalta os fatores limitantes da vida (como temperatura, pressão, salinidade, umidade e outros), e as necessidades de preservação ambiental para manutenção das inter-relações.

O conceito de fator limitante pode ser bem compreendido a partir da Lei dos mínimos de Liebig. A ideia de que os organismos não são mais fortes do que o elo mais fraco de suas cadeias ecológicas foi expressa por Justus Liebig em 1840. Ele foi o pioneiro na pesquisa de fertilizantes inorgânicos na agricultura.

A presença de um organismo ou grupo de indivíduos e o sucesso de suas ações dependem da adaptação de condições próprias aos limites determinados por fatores como temperatura, salinidade, insolação, exposição, presença de nutrientes e outros atributos do meio físico que determinam as possibilidades dos seres vivos.

Este conceito se aprofunda com a ideia dos limites de tolerância, tão utilizados em medicina, onde os excessos ou ausências de determinados fatores, como os já citados, impede a evolução da vida. Então, qualquer condição que se aproxime ou exceda o limite de tolerância de um determinado fator para um organismo ou grupo de organismos, pode ser considerado um fator limitante.

Para avaliação dos impactos ambientais são utilizados bioindicadores, que são organismos ou comunidades cujas funções vitais se correlacionam tão estreitamente com determinados fatores ambientais que podem ser empregados como indicadores em determinadas situações.

Esta definição inclui conscientemente a indicação de comportamentos naturais. Na agricultura, podemos inferir sobre as características de uma região, apenas pela presença ou ausência de determinadas espécies vegetais ou animais.

O termo biomonitoramento ou monitoramento biológico, pode ser definido como o uso sistemático de respostas biológicas para avaliar mudanças ambientais com o objetivo de utilizar esta informação em um programa de controle de qualidade.

No Brasil, algumas iniciativas no uso de bioindicadores tem sido propostas para bacias hidrográficas que sofrem a influência do lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais. Muito ainda pode ser dito nesta área, mas só é possível avaliar a importância do meio biológico no contexto das análises ambientais sistematizadas.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.



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