Ministérios, lideranças do agronegócio, FAO e I-UMA se reúnem para debater agricultura sustentável, segurança alimentar e a produtividade do campo


Presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, afirmou que, em cinco ou dez
anos, a agricultura será totalmente diferente no Brasil. (Crédito: Divulgação)

07/03/2015

Agroseminário promovido esta semana pelo Instituto de Educação do Agronegócio em Brasília (terça-feira, 3) lotou o espaço de eventos do Royal Tulip Hotel com  lideranças do alto escalão do agronegócio.  Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, Embrapa líderes setoriais, políticos, pesquisadores e embaixadas  convergiram para a necessidade urgente de capacitar empreendedores do campo para uma gestão mais competitiva.  No evento, o Instituto de Educação do Agronegócio (I-UMA) realizou o  pré-lançamento do AGROEDUC, um programa de educação para o campo, que irá iniciar neste semestre, totalmente a distância
para jovens da Cadeia do Leite

Os desafios da agricultura sustentável, segurança alimentar e a produtividade do campo foram os temas do seminário promovido esta semana, em Brasília,  pelo Instituto de Educação do Agronegócio (I-UMA). O evento contou com representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Trabalho, da Embrapa, profissionais da imprensa especializada, personalidades e pesquisadores do agronegócio.

O Agroseminário foi realizado com painéis mediados pelo representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Alan Bojanic. Logo na abertura, o presidente do I-UMA, José Américo da Silva, destacou que o evento foi pensado para refletir sobre o desafio de levar a tecnologia e o conhecimento ao campo. “Precisamos destacar pontos onde possamos evoluir ou criticar, porque no desenvolvimento do nosso trabalho nesta tarde teremos muitas oportunidades de análises e reflexões para enfrentar este desafio”, declarou José Américo.

Nas palavras do presidente do I-UMA é com investimentos em capacitação que será possível manter o produtor no campo, aumentar a produtividade, qualificar os procedimentos e, portanto, aprimorar a gestão dos empreendimentos rurais brasileiros.  Além das autoridades brasileiras, quatro embaixadas estrangeiras enviaram representantes ao Agroseminário. Diplomatas das chancelarias Espanha, Alemanha, Canadá, Suíça e Chile fizeram parte do público altamente qualificado que ouviu as exposições dos especialistas em agronegócio.

Foi bastante aplaudida a representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a secretaria Tania Mara Garib, que defendeu a política de apoiar e aumentar a classe média no campo. Segundo a gestora, a pasta era vista distorcidamente como apenas um espaço para fazendeiros, nesta nova gestão a pasta irá focar na área social e na distribuição de renda.

Já Paulo Guilherme Cabral, Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, comenta que as posturas de tachar o processo produtivo como inimigo do meio ambiente foram ligados ao passado. “Para que as famílias do campo tenham avanço é necessário acesso à educação e capacitação, para tanto, são importantes ferramentas como essa”, elogiou.

“Este agroseminário tem tudo a ver com o que buscamos na pasta em relação políticas públicas, ou seja, compreender que produtividade pode andar junto com sustentabilidade, essa é a mensagem que a ministra Izabella Teixeira pediu para que manifestasse”, compartilhou.

O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, disse que foi muito oportuna a iniciativa do I-UMA em promover o Agroseminário, pois relacionou às reflexões atuais sobre a agricultura e a alimentação mundiais na “era da complexidade”, requerem renovação e preparo constantes. “Em cinco ou dez anos, a agricultura será totalmente diferente do que temos hoje, não podemos ficar passivos perante essas mudanças, porque o mundo de hoje não é mais previsível”, defendeu o presidente da Embrapa.

O diretor geral para o Brasil da empresa Syngenta, Laercio Valentim Giampani, disse que para a empresa é um privilégio apoiar e ter parceria com a I-UMA. “É uma honra e uma oportunidade ter nosso nome associado a essa iniciativa”, reforçou.

Agroeduc
Durante o seminário foi anunciado pelo I-UMA que dentro de um mês será disponibilizado o PROGRAMA AGROEDUC ferramenta inovadora de ensino à distância voltada para promover e revolucionar a formação no agronegócio brasileiro. O Programa disponibiliza educação complementar para quem necessita de conhecimento em gestão de empreendimentos rurais, com foco nas principais cadeias produtivas do agronegócio. O curso de lançamento do Programa está voltado para a cadeia produtiva do leite.

Nas palavras do presidente da I-UMA, José Américo da Silva, o Agroeduc foi desenvolvido para levar “tecnologia, conhecimento de forma interativa, e as práticas de tomada de tomada de decisão na gestão da propriedade rural. Com recurso tecnológico inovador o AGROEDUC disponibiliza uma nova forma de aprendizagem no campo com o AGRIBUSINESS GAME, um jogo virtual que possibilita ao aluno colocar em prática o que aprendeu durante a capacitação científica. O jogo totalmente parametrizado com dados reais da cadeia produtiva do leite,  exercita avaliação tanto do ambiente interno ( propriedade rural) quanto do ambiente externo ( mercado ).

Somente no Rio Grande do Sul, detalha José Américo, existem 134 mil famílias dedicadas à Cadeia do Leite. Em todo o Brasil são 1,2 milhão de estabelecimentos. Estes números são indicadores da importância desta cadeia na produtividade setorial nacional.  Trata-se de um importante elo econômico e social que necessita de qualificação e capacitação de gestão de suas propriedades para ampliar a capacidade produtiva com qualidade e segurança alimentar.

Neste contexto o I-UMA elegeu este setor e desenvolveu o primeiro curso do Programa AGROEDUC,  Gestão para Jovens no Campo – Cadeia do Leite, com objetivo de capacitar  jovens para a gestão do negócio familiar preparando-os como futuros empreendedores rurais.

Jose Américo explica que a meta é a evolução e a mobilização de toda a família a partir dos conhecimentos que vão adquirir. “A ferramenta instrumentaliza conteúdos sobre previsão de preço, produção, máquinas e rebanho, manejo do rebanho, compra de insumos, finanças, investimentos e questões de sanidade.  “Queremos com o Programa AGROEDUC ser um caminho para estimular a permanência no campo, o desenvolvimento da propriedade rural e o aumento da renda familiar”.

Os alunos do Agroeduc serão orientados para superar e dar soluções a desafios administrativos por meio de simulações reais que podem ocorrer numa propriedade rural. O Programa estará disponível neste primeiro semestre. O I-UMA terá como clientes diretos cooperativas, sindicados rurais, corporações ligadas ao agronegócio, prefeituras e escolas. Também parceiros potenciais junto ao governo federal o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Educação (MEC),  Ministério do Trabalho e Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação.

A metodologia do curso está dividida em duas etapas, uma teórica e outra prática. Ambas as fases são totalmente à distância, com tecnologia Blackboard, considerada a melhor plataforma em ensino a distância do mundo, utilizada pelas principais instituições de ensino.  Desde a sua concepção, pesquisa e desenvolvimento o AGROEDUC constituiu uma equipe multidisciplinar de trabalho envolvendo profissionais altamente qualificados, doutores em tecnologia, pesquisadores e especialistas na cadeia do leite.

Com sede em Porto Alegre (RS), o I-UMA há mais de uma década capacita empresários, gestores de empresas, profissionais e negociadores no segmento rural. Para atingir essa meta, o I-UMA dedica-se num contexto brasileiro a ofertar especializações nas relações de negócios e marketing no agronegócio. O instituto visa a ampliação de conhecimentos e conteúdos por meio de uma proposta multidisciplinar. “O agronegócio requer permanente reciclagem e fortalecimento ante ao desafio de um mercado socioeconômico internacional cada vez mais competitivo”, diz José Américo.  

A secretaria Tania Mara Garib considera que o Agroeduc “é a ferramenta de que precisamos no campo, pois permite que as pessoas estudem a qualquer hora e está disponível a todo momento e ainda integra poder público e privado”.

Paulo Guilherme Cabral reforça que está consolidado o pensamento de que as dimensões de meio ambiente, desenvolvimento social e econômico têm que andar juntas, “é importante esse arranjo no que toca à difusão do conhecimento”, defende.

O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, relacionou o tema do seminário e a proposta da Agroeduc às reflexões atuais sobre a agricultura e a alimentação mundiais na “era da complexidade”, que requer renovação de preparo constantes.


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