Foto: Tiago Giordani |
28/09/2015
A primeira edição do Pimp my Carroça aconteceu em junho de 2012, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, com a ajuda de 792 apoiadores que fizeram doações por meio do Catarse, plataforma de financiamento coletivo. O evento atendeu 40 carroças e catadores com o trabalho voluntário de 300 pessoas e 60 artistas.
As carroças passaram por serviços de limpeza, funilaria, marcenaria e borracharia, ganharam pintura personalizada e itens de segurança. Os catadores receberam um kit com camiseta, fitas refletivas, capa de chuva, meias, tênis e luvas, massagem, corte de cabelo e atendimento clínico, odontológico e oftalmológico.
O Pimp my Carroça foi concebido pelo grafiteiro Mundano como um movimento para “tirar os catadores de materiais recicláveis da invisibilidade e promover a sua autoestima”. A ideia é sensibilizar, engajar e transformar a sociedade para que a população reconheça o papel dos catadores como agentes ambientais essenciais e responsáveis pela coleta de mais de 90% dos materiais reciclados no Brasil.
Foto: Caroline Riley |
Com a visibilidade da ação, surgiram muitas pessoas interessadas em levar o evento para suas cidades. No entanto, até então, a ação do Pimp My Carroça só era possível com uma estrutura grande e considerável, o que dificultava sua itinerância. Para atender às demandas, foi criado o Pimpex, uma miniedição do projeto feita de modo independente que permite aos entusiastas do movimento “pimpar” carroças em qualquer lugar. É preciso inscrever o catador a ser apoiado, no canal Pimp do Catarse, e abrir uma campanha de financiamento coletivo. Alcançada a meta, o entusiasta recebe uma cartilha e o “Kit Pimpador”.
Outras ações
O projeto atingiu tamanha dimensão que o artivista Mundano já falou sobre o Pimp my Carroça no TEDglobal e em dezenas de eventos internacionais na África do Sul, Turquia, Japão, Estados Unidos, Porto Rico, Peru, Bolívia e Argentina, entre outros países. "O catador presta três grandes serviços para a sociedade, todos não remunerados: a coleta seletiva, que seria responsabilidade da prefeitura; a limpeza pública, pois sem os catadores seriam necessários mais garis, o que geraria mais custos para o estado; e também a logística reversa, de acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos”, destaca Mundano.
Além do Pimp my Carroça e do Pimpex, outras ações já derivaram dos objetivos do movimento (veja quadro). No fechamento desta matéria, Mundano estava em Nova York, a convite da Brazil Foundation, para conhecer e prospectar novos parceiros que tenham sinergia com os projetos e queiram incentivar e fortalecer a cadeia da reciclagem, com foco na inclusão dos catadores. Os bons resultados desses três primeiros anos parecem, portanto, ser apenas o começo dessa história.
Para saber mais:
Fonte: CEMPRE
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