Angelina Jolie Pitt conversou com várias famílias desalojadas. Foto: Acnur/T.Stoddart |
01/08/2015
Enviada especial da Agência da ONU para Refugiados está no estado de Kachin, onde 100 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas; atriz apela por acesso humanitário à região.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A atriz americana Angelina Jolie Pitt está em Mianmar, em mais uma missão como enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. Ela chegou esta quinta-feira à cidade de Myitkyina, no estado de Kachin, no norte do país.
Lá, mais de 100 mil pessoas abandonaram suas casas e vivem como deslocadas internas desde 2011, quando foi quebrado um acordo de cessar-fogo entre o exército de Mianmar e grupos étnicos.
Saúde
Angelina Jolie Pitt conversou com várias famílias desalojadas e ouviu relatos sobre as dificuldades que enfrentam para acessar serviços básicos, principalmente cuidados de saúde.
Segundo o Acnur, uma senhora de 90 anos de idade contou à Jolie Pitt que se viu obrigada a abandonar sua casa pelo menos 10 vezes desde 1960, época de um golpe militar no país.
Dificuldades
A atriz e enviada especial também conversou com uma família que acaba de se tornar deslocada: o grupo passou 10 dias na floresta até chegar à cidade, mas lamentou que amigos e familiares permanecem presos na florestas e precisam de ajuda urgentemente.
Angelina Jolie Pitt reforçou a importância de se permitir o acesso de ajuda humanitária ao local, para que as famílias de deslocados internos recebam assistência.
Eleições
O Acnur explica que nenhuma organização de ajuda humanitária local ou internacional consegue acessar essa área de conflito há um mês. Em Mianmar, a enviada especial destacou que "mulheres e meninas precisam ter um papel no processo de paz do país".
Jolie Pitt lembrou que as negociações sobre um possível cessar-fogo continuam e as eleições gerais estão marcadas para novembro. Por isso, ela acredita ser "essencial que o povo de Mianmar, até mesmo os deslocados, possam participar de decisões que irão afetar seu futuro".
Fonte: Rádio ONU
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