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OPINIÃO: PROTEGER AS ABELHAS É DAR ESPAÇO À NATUREZA

Substâncias neonicotinoides usadas em herbicidas são apontadas como responsáveis por 
declínio da população de abelhas - Foto: DW / Deutsche Welle

01/05/2018

Proibição de neonicotinoides é boa notícia tanto para insetos polinizadores como para pragas da agricultura. Solução exige esforços de pesquisadores, indústria e agricultura, opina o jornalista Fabian Schmidt.O fato de a Comissão Europeia ter banido três inseticidas da classe dos neonicotinoides, provavelmente nocivos a abelhas, é à primeira vista uma boa notícia para o meio ambiente. Abelhas e muitos outros insetos - úteis e prejudiciais aos seres humanos - ficam mais bem protegidos.

Mas o fato de que os inseticidas não poderão ser mais usados não significa necessariamente que as abelhas realmente passarão a ter uma vida melhor. É forte a suspeita de que os agricultores vão passar a recorrer a outros pesticidas, que provavelmente vão usá-los em concentrações mais altas. E é questionável que essas substâncias sejam realmente mais seguras e melhores para os insetos do que as agora proibidas.

Uma coisa é clara: a agricultura moderna não se sustenta sem herbicidas. As pragas se adaptam muito rapidamente e podem matar colheitas enormes em tempo recorde. E há mais uma verdade incômoda - sobretudo para muitos amigos da agricultura orgânica. Apenas a agricultura industrial pode sustentar a crescente população mundial. Sem uma produção eficiente de alimentos, haverá crises de fome.

Existem soluções para este dilema, mas elas exigem maiores esforços conjuntos de pesquisadores, indústria e agricultura: pesticidas bem seletivos, apenas para pragas muito específicas. O melhor seriam aqueles agentes que já atuam no estágio larval e, assim, evitam que as pragas possam se desenvolver. Ao mesmo tempo, as substâncias não devem atuar sobre organismos benéficos.

Isso é muito mais complicado do que um inseticida de amplo espectro, com o qual é possível se proteger de muitas pragas ao mesmo tempo. Porque cada praga tem de ser reconhecida individualmente, com uma estratégia de combate. Isso requer um alto nível de conhecimento técnico entre os agricultores. Isso custa tempo, dinheiro e, no final, sempre haverá, apesar disso, prejuízos nas colheitas.

Muito mais importante para a preservação da biodiversidade seria algo bem diferente: temos que dar mais espaço à natureza, sobretudo nas áreas onde podemos investir sem arriscar grandes perdas.

Os legisladores devem delimitar faixas verdes ao longo de estradas e caminhos nos campos que não podem ser desmatados. Assim, arbustos, árvores e flores silvestres podem se expandir novamente. Em volume, isso não mudaria muito em relação ao rendimento de um campo industrialmente cultivado, mas seria um grande ganho para a natureza.

E também nas cidades e nos vilarejos de interior podemos fazer muito mais não só pelos insetos, mas também pelos pássaros: por que não damos mais chances ao prado com flores, onde agora existe um gramado bem cortado? Por que cada dente-de-leão precisa ser arrancado? Por que paisagistas criam enormes superfícies mortas de cascalho, nas quais cada suposta erva daninha é imediatamente arrancada ou queimada com o lança-chamas? Por que tudo é tão pavimentado e sem plantas?

Um pouco mais de "desordem" na nossa paisagem não faria mal. E então, abelhas, moscas polinizadoras, borboletas e companhia também teriam novamente boas oportunidades de desenvolvimento - assim como muitos outros bichos.

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. 


PESQUISADOR DO AMAPÁ É HOMENAGEADO COM NOME EM NOVA ESPÉCIE DE INSETO

Foto: Divulgação / EMBRAPA

17/02/2018

Adaime estuda moscas-das-frutas e parasitoides há mais de dez anos

As identidades de duas novas espécies de parasitoides de moscas-das-frutas no Brasil foram reveladas em um artigo publicado pelo professor e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias do Amapá (Embrapa-AP) Ricardo Adaime, na revista científica Zootaxa da Nova Zelândia. As duas novas espécies foram denominadas Doryctobracon adaimei e Doryctobracon whartoni.

Doryctobracon adaimei foi designada em homenagem ao agrônomo que a descobriu, pelos estudos conduzidos há mais de dez anos com moscas-das-frutas e parasitoides na região Norte. Ele publicou juntamente com os pesquisadores Walkymário Lemos, da Embrapa Amazônia Oriental – Pará e Roberto Antônio Zucchi, da Universidade de São Paulo, o livro “Moscas-das-frutas na Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais”, resultante de pesquisas realizadas no âmbito da “Rede Amazônica de Pesquisa sobre Moscas-das-frutas”, projeto financiado pela Embrapa.

De acordo com Adaime, as duas espécies de parasitoides foram obtidas de frutos de Geissospermum argenteum (espécie vegetal silvestre conhecida popularmente como “quina”), coletados em municípios do Amapá. As espécies apresentavam características morfológicas diferentes das que já apareceram na América do Sul. Por isso, foram enviadas ao professor e  taxonomista da USP Roberto Antônio Zucchi, para correta identificação e descrição das novas espécies.

“O parasitoide Doryctobracon adaimei tem sido a espécie mais abundante nas amostras de ‘quina’ coletadas no Amapá e apresenta percentual de parasitismo significativo, já constatado em campo. Agora, queremos ver se ele se adapta em condições de laboratório, para estudarmos sua biologia”, explica Ricardo Adaime.

A outra espécie descrita, Doryctobracon whartoni, foi designada em homenagem a Robert Wharton, atualmente em atividade nos Estados Unidos, pela sua contribuição à taxonomia dos braconídeos parasitoides de moscas-das-frutas. O trabalho científico publicado recentemente, que contém a detalhada descrição morfológica e o estudo de biologia molecular das duas novas espécies de parasitoides.

Cientistas divulgam lista de '10 mais' das espécies descobertas em 2012

Espécies que foram descobertas por cientistas em 2012 (Foto: Composição/Jacob Sahertian)

24/05/2013

Macaco loiro, barata fluorescente e menor vertebrado são destaques.
Relação chama a atenção para a biodiversidade do planeta.

Cientistas anunciaram nesta semana uma lista contendo as dez principais descobertas de espécies ocorridas em 2012. A relação, definida por especialistas do Instituto Internacional da Exploração de Espécies, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, traz seres que chamam a atenção porque são diferentes do que estamos acostumados a ver.

Desta vez, os cientistas consideraram importantes descobertas como a do “macaco-loiro”, encontrado no Congo, a barata que brilha no escuro (e que lembra um personagem da série “Star Wars”), achada na região do Equador, e a esponja em formato de harpa, encontrada no litoral dos Estados Unidos.
O objetivo da iniciativa é destacar a importância da biodiversidade das espécies do planeta. As dez principais espécies foram escolhidas de uma lista de 140. Saiba quais são:

Macaco loiro
Esta nova espécie de 'macaco loiro' é tímida, tem corpo esguio e é herbívoro, segundo cientistas. Ele foi identificado na floresta da República Democrática do Congo e ganhou o nome de Cercopithecus lomamiensis.

Nova espécie de macaco 'loiro' é descoberta na África. O 'Cercopithecus lomamiensis' é tímido, herbívoro
e tem corpo magro, anda em grupo e é encontrado em floresta do Congo. (Foto: Reprodução/PLoS One)
Barata luminosa
A espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta na América do Sul por cientistas europeus. Eles estudavam a bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando identificaram o animal.  A barata Lucihormetica luckae foi encontrada na encosta de um vulcão no Equador.

O animal bioluminescente gera luz em três áreas de sua cabeça: em dois pontos maiores, que dão a aparência de serem olhos, e um ponto bem pequeno no lado direito da cabeça. O inseto lembra os jawa, pequenas criaturas roedoras do universo fictício da série de filmes "Star Wars".

Uma espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta no Equador por cientistas europeus.
Eles estudavam a bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando identificaram a
Lucihormetica luckae na encosta de um vulcão. (Foto: Peter Vršanský/Naturwissenschaften/Divulgação)

Esponja-harpa
Uma nova espécie de esponja (Chondrocladia lyra) foi encontrada no fundo do oceano, a cerca de 3,5 mil metros de profundidade. Com hábitos carnívoros e formato incomum, ela recebeu o nome de "esponja-harpa" porque lembra o instrumento musical.

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey, nos Estados Unidos, usaram dois robôs operados remotamente para encontrar a espécie, avistada na costa da Califórnia.

Estas esponjas são predadoras do fundo do mar, disseram cientistas ao site do instituto de pesquisa. Elas capturam pequenos animais, como camarões, peixes e outros crustáceos, que passam pelos "ramos" da esponja levados pelas correntezas oceânicas.

'Esponja-harpa' é avistada no fundo do mar próximo aos EUA
(Foto: Reprodução/Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey)

Menor dos vertebrados
Com apenas 7,7 milímetros, uma pequena rã da família Paedophryne procedente de Papua-Nova Guiné foi proclamada o menor vertebrado do mundo.

Pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana (EUA) fizeram esta descoberta durante uma expedição de três meses à ilha de Nova Guiné, um dos maiores centros de biodiversidade tropical do mundo.

Menor rã do mundo é mostrada em cima de uma moeda (Foto: Christopher Austin / AFP Photo)
Borboleta da Malásia
A nova espécie de borboleta (Semachrysa jade) foi fotografada na Malásia. No entanto, sua descrição só ocorreu porque um entomologista encontrou a imagem em uma rede social e a enviou para o Museu História Natural de Londres. Os cientistas concluíram que se tratava de uma nova espécie

A borboleta Semachrysa jade, fotografada na Malásia, mas descrita após a imagem ter sido
visualizada na internet (Foto: Divulgação/ZooKeys)
Fungo da Arte Paleolítica
Cientistas detectaram em 2001 o surgimento de manchas pretas na parede de cavernas da França. As manchas eram tão fortes, que cientistas começaram a se preocupar com uma possível deterioração de pinturas rupestres. A partir disso, conseguiram verificar a presença de um novo tipo de fungo: Ochroconis anomala

Arbusto em extinção
A nova espécie de arbusto (Eugenia petrikensis) foi descrita na região de Madagascar e já foi considerada ameaçada de extinção. Ela era predominante em uma região de faixa contínua, de 1.600 km de comprimento, localizada no litoral de Madagascar. No entanto, o desmatamento causado pelo homem reduziu seu habitat.

Inseto do período Jurássico
O fóssil de uma nova espécie de inseto que viveu na Terra há 165 milhões de anos foi encontrado na China por cientistas. Descrito como Juracimbrophlebia ginkgofolia, o fóssil estava preservado junto a folhas de árvores.

Violeta do Peru
Cientistas descreveram uma nova espécie de violeta, considerada uma das menores do mundo, encontrada na região da Cordilheira dos Andes, no Peru. Batizada de Viola lilliputana, homenagem à Ilha de Liliput, local fictício do romance "As Viagens de Gulliver", de Jonathan Swift.

Comedora de caracóis
Uma nova espécie de cobra foi encontrada no Panamá e tem como hábito alimentar a ingestão de caracóis, lesmas, ovos de anfíbios e minhocas. O animal foi encontrado em uma região onde as atividades mineradoras são intensas e degradam seu habitat. Tanto que os cientistas, ao darem o nome científico à espécie, fizeram um protesto "embutido". A cobra se chama Sibon noalamina -- no a la mina, em espanhol, quer dizer em português "não à mina".

Fonte: G1 NATUREZA

Exposição em São Paulo convida visitante a passeio pelo mundo dos insetos

04/03/2012

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Uma corrida de baratas em um circuito conhecido como Baratódromo. Um besouro gigante que chega a ter 22 centímetros de comprimento. Lagartas do bicho-da-seda produzindo o fio que vai resultar em vestimenta para humanos. Abelhas produzindo mel. Essas são algumas das atrações da exposição Planeta Inseto, instalada no Museu do Instituto Biológico, em São Paulo.

Para que os visitantes vivenciem ainda mais experiências reais, na maior parte da exposição, os insetos estão vivos e as pessoas podem até mesmo tocá-los.

O Instituto Biológico é um órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo que tem a missão de fazer pesquisas na área de sanidade vegetal e animal, fazendo o controle de pragas e doenças dos animais e dos vegetais. E o museu, uma espécie de zoológico de insetos, foi instalado na sede do insituto.

“A exposição tem o objetivo de mostrar a vida dos insetos. Lá, pode-se encontrar, entre outras coisas, um bicho-da-seda vivo. Aliás, boa parte dos insetos é viva. Somos o único Jardim Zoológico de insetos do Brasil com cadastro e autorização do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo”, explicou o diretor-geral do Instituto Biológico, Antonio Batista Filho.

No museu, há exemplares vivos de 25 espécies e exemplares mortos de outras 75 espécies. Estão expostos insetos cuja atividade resulta em produtos úteis ao homem, como as abelhas e o bicho-da-seda; os que vivem em sociedade, como as formigas; aqueles que se camuflam, como o bicho-pau; e exemplares gigantes, como a barata de Madagascar. “Tem também um besouro grande, que é considerado o maior besouro em termos de volume do planeta. Ele chega a pesar quase 70 gramas”, conta Batista Filho.

“A ideia do museu é desmitificar aquele medo [dos insetos] e mostrar que a grande maioria dos insetos traz benefícios ao homem, inclusive com a polinização, por exemplo. Mais de 50% das espécies de plantas são polinizados por insetos e isso é muito importante na produção de alimentos”, lembra o diretor do instituto.

Os insetos compõem o maior grupo de organismos existentes na Terra. Mais de 1 milhão de espécies de insetos são conhecidas, mas estima-se que há outras 7 milhões a serem descobertas.

A exposição é gratuita. O museu funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 16h. Mais informações podem ser encontradas no site http://www.biologico.sp.gov.br/museu.php.

Edição: Lana Cristina

Fonte: Agência Brasil
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