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Português António Guterres será o novo secretário-geral da ONU

Eleição de António Guterres para o cargo de secretário-geral da ONU será 
confirmada nesta quinta-feira Divulgação/ONU

05/10/2016 

O ex-primeiro-ministro português António Guterres é o favorito para se tornar o próximo secretário-geral das Nações Unidas. Hoje (5), o Conselho de Segurança da ONU elegeu Guterres na sexta votação secreta do processo de escolha, que será homologada e divulgada oficialmente amanhã (6). O ritual também prevê que o nome de Guterres seja submetido à aprovação final dos 193 países da Assembleia Geral das ONU, possivelmente até o fim deste mês.

O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes: Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França e China, os chamados P-5. Os membros não-permanentes são dez e com mandatos rotativos. Atualmente as vagas são de Angola, Egito, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.

O atual presidente do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitaly Churkin, informou ao comando da Assembleia Geral que o sexto voto necessário para a aprovação de Antonio Guterres foi revelado hoje de manhã, confirmando o nome do ex-primeiro-ministro português para o cargo de secretário-geral.

Além de António Guterres, que foi chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) de 2005 a 2015, mais 12 candidatos estavam na corrida para suceder o atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que deixa o cargo no final do ano.

Transparência

A decisão adotada hoje pelo Conselho de Segurança dá sequência a um processo histórico que tem dado mais transparência à eleição par o cargo de secretário-geral da ONU. Antes de esse processo, a escolha era feita a portas fechadas e comandada por poucos países. A escolha concluída hoje envolveu, pela primeira vez na história, discussões públicas e permitiu que os países fizessem campanha pelo candidato de sua preferência.

A eleição começou em 12 de abril deste ano, quando os candidatos ao posto de secretário-geral começaram a ser chamados para dar briefings informais, em que respondiam perguntas sobre o desenvolvimento sustentável, esforços pela paz, proteção dos direitos humanos e catástrofes humanitárias.

Em julho, a ONU fez uma transmissão ao vivo, para todo o mundo, pela TV e internet, em que os candidatos responderam a perguntas de diplomatas e do público.

O presidente da 70ª Assembleia Geral, Mogens Lykketoft, disse que o processo mais transparente é “uma virada de jogo” para a ONU. “A apresentação de duas horas de cada um dos candidatos nos diálogos da Assembleia Geral foi destaque e ajudou a incluir o público global no debate sobre o futuro da ONU.”

Edição: Luana Lourenço



Holanda e Itália propõem dividir mandato no Conselho de Segurança

Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Loey Felipe

29/06/2016

Após cinco rodadas, países receberam 95 votos cada; eleição requer dois terços da Assembleia Geral; Bolívia, Cazaquistão, Etiópia e Suécia foram eleitos na terça-feira; novos membros não permanentes passam a integrar o órgão em 1º de janeiro de 2017; mandato dura dois anos.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Holanda e Itália propuseram, nesta terça-feira, dividir um mandato de membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Os dois países disputam a vaga restante para o mandato de dois anos que começa em 1º de janeiro de 2017 e vai até 31 de dezembro de 2018. Na quinta rodada de votação, os dois países europeus recebem 95 votos cada.

Dois terços

Para ser eleito, um  país precisa receber dois terços dos votos das nações que estejam participando do processo de escolha pela Assembleia Geral. Isso significa que o país candidato precisa de 129 votos caso todos os 193 Estados-membros tenham participado.

A proposta foi feita pelos ministros das relações exteriores de ambos os países, que estavam presentes na sessão, e será discutida pelo grupo de nações da "Europa Ocidental e outros Grupos".

Em entrevista ao Centro de Notícias da ONU antes da votação, o presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft, mencionou que em 1956, após 52 rodadas entre Polônia e Turquia, os dois países dividiram o mandato de dois anos.

Europa

A segunda vaga "Europa Ocidental e outros Grupos" foi para a Suécia. A nação da Escandinávia serviu três outras vezes no Conselho: 1957-1958, 1975-1976 e 1997-1998.

O grupo da Europa Oriental não concorreu a nenhuma vaga este ano. Seu assento está ocupado pela Ucrânia até o fim de 2017.

África e América Latina

Do grupos de países da América Latina e Caribe, a Bolívia concorreu sem oponentes. O país já esteve no Conselho antes: entre 1964 e 1965 e 1978 e 1979.

Pelo grupo africano, a Etiópia foi eleita. A nação já serviu no órgão em duas ocasiões anteriores: 1967-1968 e 1989-1990. O país também não teve concorrentes nas eleições.

Ásia

Para o grupo da Ásia e Pacífico, o eleito foi o Cazaquistão. Essa é a primeira vez que o país fará parte do órgão.

Veto

O Conselho de Segurança é composto por 15 membros, cinco permanentes, com direito a veto: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Os outros 10 são não permanentes, cumprindo mandato de dois anos cada e de forma intercalada.

No total, 68 países-membros da ONU ainda não fizeram parte do Conselho de Segurança, o que representa aproximadamente 35% deles.

Fonte: Rádio ONU

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