No Dia Mundial das Aves Migratórias, este 10 de maio, a agência ambiental das Nações Unidas busca um planeta saudável para os pássaros e para as pessoas.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
A ONU Meio Ambiente alertou que as aves migratórias estão enfrentando um número crescente de ameaças durante longas viagens. A agência da ONU fez a declaração para marcar o Dia Mundial das Aves Migratórias, este 10 de maio.
Para escapar do frio nos Hemisférios Sul ou Norte, dependendo da época do ano, esses pássaros realizam voos intercontinentais com paradas específicas para que possam descansar e prosseguir a jornada.
Caça ilegal
Entre as ameaças, as aves enfrentam a perda de seu habitat natural, mudanças nas práticas de agricultura e principalmente a caça ilegal.
Nessa data, a ONU Meio Ambiente cita a necessidade da cooperação internacional para proteger os pássaros migratórios e seus habitats naturais para o benefício da humanidade.
O tema deste ano é: "O Futuro Delas é o Nosso Futuro – Um Planeta Saudável para Aves Migratórias e para as Pessoas" e ele está diretamente ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.
A agência cita o exemplo da chamada pomba-tartaruga europeia, cuja população caiu 90% desde 1970 e está em risco de extinção.
No caso da perda do habitat natural no litoral Atlântico do continente Americano, houve uma redução de 80% nos pássaros chamados maçarico-de-papo-vermelho nos Estados Unidos, desde 2000.
Ararinha-azul está desaparecida desde 2000, diz organização.
Vídeo da ave foi feito por moradora da comunidade.
Desaparecida e considerada em extinção há mais de 15 anos, um exemplar da ararinha-azul foi visto voando livre na Caatinga de Curaçá, na Bahia. A região é o único local de ocorrência comprovada da espécie, a mesma retratada no filme “Rio”, da Pixar.
Moradores do local viram a arara e levantaram durante a madrugada para tentar gravar o voo. As imagens acima foram feitas com o celular às 6h20 da manhã do último domingo (19), de acordo com a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (Save Brasil) - organização que teve acesso ao registro.
No vídeo, é possível ver a ararinha-azul voando entre as árvores bem rápido e, inclusive, o grito que ela solta. Biólogos confirmaram que a gravação mostra um exemplar da espécie e organizaram uma expedição ao local.
“Uma boa surpresa”, disse o biólogo e diretor da Save, Pedro Develey. Segundo ele, o projeto Ararinha na Natureza é feito desde que a espécie entrou em extinção na região. Indivíduos da ararinha-azul estão sendo criados em cativeiro para depois serem soltos na Caatinga de Curaçá. “A gente ia soltar as outras sozinhas. Agora, essa ararinha chegou e pode virar modelo para as outras aprenderem a viver na natureza”, disse.
O projeto também passou a conscientizar a comunidade de que era necessário proteger o animal.
A origem desse exemplar é incerta, segundo a Save. Desde domingo, a comunidade e os especialistas não têm mais notícias da ave. Na próxima semana, uma expedição liderada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se juntará para procurar a ararinha.
No Brasil, existem três espécies da ave: a arara-azul-grande, do Pantanal; a arara-azul-de-lear, que vive na Caatinga; e a ararinha-azul, em extinção desde 2000, com cerca de 57 centímetros.
Além da Save Brasil e do ICMBio, são parceiros do projeto o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio – Carteira Fauna Brasil), a Vale, a Al-Wabra Wildlife Preservation, a ACTP - Association for the Conservation of Threatened Parrots e a Fazenda Cachoeira.
Assista ao trailer do filme Rio.
Animação 'Rio' foi lançada em 2011, pela Pixar (Foto: Reprodução/Pixar)
Data é comemorada este domingo, 10 de maio; Este ano o tema tem como foco a importância do uso de tecnologias de energia que reduzam os impactos sobre os pássaros e seus habitats.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU celebra este domingo, 10 de maio, o Dia Mundial das Aves Migratórias.
Este ano, o foco está na energia. O objetivo é reforçar a importância do uso de tecnologias de energia que evitem e minimizem os impactos sobre os pássaros e seus habitats.
Energia Sustentável
Todos os anos, milhões de aves migratórias "lutam" contra vários meios de geração e distribuição de energia. Os pássaros acabam colidindo ou morrem eletrocutados nos fios de alta tensão.
Os especialistas explicam que essas aves sofrem também com a perda de seu habitat natural, degradação e outros problemas causados pelas construções de hidrelétricas, por exemplo.
Outros fatores são as tecnologias para gerar eletricidade através de bio-energia, energia eólica, solar e geotérmica.
Os analistas calculam que a produção de energia sustentável renovável tenha efeitos positivos sobre as aves migratórias ao mitigar os impactos da mudança climática.
Eles dizem que a conservação desses pássaros deve ser considerada em todas as fazes do desenvolvimento do setor de energia e em todos os níveis, local, nacional e internacional.
Para os especialistas, ao expandir a produção energética, a transição para métodos que tenham como foco o meio ambiente é um passo fundamental para proteger a vida na Terra.
As autoridades da província chinesa de Cantão, no Sul da China, proibiram, por um período de um mês, a venda de aves vivas devido ao aumento de casos de contágio pelo novo tipo H7N9 da gripe aviária. A proibição também vai afetar supermercados e restaurantes. Além disso, os funcionários vão supervisionar o abate e a entrega de aves, informou ontem (18) o Diário de Cantão.
A medida preventiva foi tomada depois de terem sido identificados 50 casos de gripe aviária em 15 das 21 principais cidades da província chinesa. Até o momento, mais de um terço (36%) das amostras recolhidas nos mercados que vendem aves vivas na província deram positivo ao tipo H7N9, que pode ser mortal para o ser humano.
Excepcionalmente, a venda de aves vivas será permitida na quinta-feira (19), devido à celebração do Ano-Novo Lunar, a festividade mais importante para o povo chinês. A compra de aves vivas para consumo é habitual, incluindo as grandes cidades do país, sobretudo no Sul, onde a galinha é o prato tradicional nos jantares do Ano-Novo Chinês.
“Não há banquete sem uma galinha. É um dever para os chineses comer galinhas recém-sacrificadas durante o Ano-Novo Chinês, não só porque dá sorte, mas também pelo sabor”, explicou Zhang Lihong, uma dona de casa chinesa. “Graças a Deus que amanhã não tenho que ir ao mercado porque os nossos parentes já compraram uma galinha que vamos matar antes do jantar”, acrescentou.
No ano passado, foram registrados 111 casos de contágio humano desse tipo da gripe aviária na China, dos quais pelo menos 20 resultaram em mortes. Contudo, não foi possível confirmar se as vítimas estiveram expostas a aves vivas portadoras do vírus ou se ocorreu um raro contágio entre pessoas.