NOVE PAÍSES COM PODER NUCLEAR TÊM UM ARSENAL DE 14.934 ARMAS

Kim Jong Um observa o lançamento de um míssil Hwasong-12 nesta foto sem data. 
Reuters Carlos Torralba

19/11/2017

Países que possuem armas reduziram reservas nucleares nos últimos anos, mas multiplicaram investimento

As armas nucleares estão em poder de nove países. Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, China, Israel e Coreia do Norte armazenavam no começo de 2017 quase 15.000 dispositivos desse tipo, de acordo com dados do Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (SIPRI).

Esses Estados reduziram suas reservas atômicas nos últimos anos, mas multiplicaram o orçamento e estão em um ambicioso processo de renovação. O Escritório de Orçamentos do Congresso norte-americano anunciou um investimento de 400 bilhões de dólares (1,26 trilhão de reais) durante o próximo decênio e o Parlamento britânico aprovou há um ano, com respaldo de 80% dos deputados, a renovação de seu envelhecido arsenal com um custo inicial de 40 bilhões de libras (165 bilhões de reais).

Os norte-americanos e os russos são, de longe, os que acumulam mais armas desse tipo (6.800 e 7.000 respectivamente). Depois vêm os arsenais da França, com 300; China, com 270, e o Reino Unido, com 215. Mas nem todas essas armas estão ativadas (ou seja, colocadas em mísseis e localizadas em bases com forças operativas). De fato, somente quatro países (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e França) contam, segundo dados do SIPRI, com alguma mobilização nuclear. Esse é o cenário no qual o Comitê Nobel Norueguês premiou com o Nobel da Paz de 2017 a ICAN, a campanha para se proibir esses dispositivos.

O arsenal nuclear ativo se reduziu a 9.425 ogivas nucleares no começo do ano, o número mais baixo desde 1959, mas as armas modernas são muito mais precisas e letais. A tendência iniciada em meados dos anos oitenta – o máximo histórico foi de 64.500 em 1986 – e diminuída nos últimos anos contrasta com o maior investimento dos Estados com armamento nuclear para renovar seu material atômico. A Rússia e os Estados Unidos têm 93% de todas as ogivas nucleares.




Apesar de nenhum dos nove Estados com capacidade nuclear ter dado indícios de querer desmantelar seu arsenal, a Comissão de Desarmamento da ONU apresentou em maio um projeto inicial de um tratado global para se proibir todas as armas nucleares.

A redução constante do total de armas nucleares se deve principalmente a três acordos pactuados entre Moscou e Washington desde 1991. Apesar do número ter caído a níveis dos anos cinquenta, a capacidade de destruição das armas atômicas cresceu exponencialmente e têm uma balística muito mais refinada. Há sete anos os EUA e a Rússia não mantêm conversas de desarmamento, apesar dos esforços de especialistas dos dois países.




A ameaça nuclear mais importante vem atualmente do último país a entrar na corrida bélica nuclear, a Coreia do Norte, que começou a acumular armas em 2006 e que em 2017 aumentou a quantidade de testes e ameaças aos EUA e seus aliados.

Fonte: EL PAÍS

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