Japão colaborará com EUA para evitar conflito com a China


O ministro das Relações Exteriores do Japão, Koichiro Gemba, durante pronunciamento em Tóquio
 (Yoshikazu Tsuno / AFP)
17/09/2012

O chanceler japonês disse que é importante evitar 'mal-entendidos e conclusões equivocadas' entre os países no marco de uma disputa territorial

Os governos dos Estados Unidos e do Japão divulgaram que irão colaborar para prevenir que as crescentes tensões entre Tóquio e Pequim, que disputam a soberania de um arquipélago na região, comprometam ainda mais a relação entre os países asiáticos.

O secretário de Defesa americano, Leon Panetta, disse, durante visita oficial realizada ao Japão, que Washington cumpriria suas obrigações do tratado de segurança que tem com Tóquio, mas não tomaria nenhum lado na disputa e pediu calma e sobriedade de ambos os lados. "É do interesse de todos que o Japão e a China mantenham boas relações e encontrem uma forma de evitar maiores agravamentos", concluiu. 

Após sua visita ao Japão, Panetta seguiu para a China, onde se reunirá com o ministro da Defesa, Liang Guanglie, para tentar suavizar as tensões entre Pequim e Tóquio através de acordos. Ele também vai se encontrar com o vice-presidente Xi Jinping, provável sucessor de Hu Jintao, que não fazia aparições públicas desde o início do mês - ele reapareceu sábado, em visita a uma universidade de Pequim.

O chanceler japonês, Koichiro Gemba, por sua vez, disse que agora o mais importante é evitar 'mal-entendidos e conclusões equivocadas' entre os países asiáticos e que este é o momento de tentar promover a comunicação com a China e não de aumentar a tensão regional.


Reuters
Barco japonês navega na região das ilhas Senkaku, disputadas por Japão, China e Taiwan 
China - O governo chinês pediu nesta segunda-feira a Panetta, quando ele deixava o Japão e seguia para a China, que Washington se mantenha afastado do conflito diplomático entre Pequim e Tóquio em torno das ilhas, conhecidas como Senkaku em japonês e Diaoyu em Chinês. A declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, rejeitou as ofertas de Panetta para que os Estados Unidos sirvam de moderadores no conflito. 

Os veículos oficiais chineses acusam os Estados Unidos de jogar dos dois lados, já que, se por um lado as autoridades americanas se apresentavam diante de Pequim como 'neutras', para Tóquio afirmavam - antes da visita oficial - que seu pacto bilateral de segurança com o Japão inclui o território do arquipélago.

AFP
Chineses atacam restaurante japonês em protesto
Protestos - A reunião entre as autoridades americanas e japonesas aconteceu após milhares de chineses se reunirem em várias cidades no último fim de semana para um protesto contra o Japão no marco da disputa que o país trava em relação à soberania do pequeno arquipélago das ilhas.

Os protestos se tornaram violentos em algumas cidades, como Pequim, onde a polícia teve que isolar a embaixada japonesa. Os manifestantes também atacaram alguns modelos de carros japoneses, assaltaram negócios e atearam fogo em bandeiras, informou a imprensa local. Por essa razão, as empresas japonesas Canon e Panasonic decidiram nesta segunda-feira fechar temporariamente algumas fábricas na China, como medida de segurança.


Histórico - Situadas a 250 quilômetros do litoral da China continental e a 200 quilômetros a oeste do arquipélago japonês de Okinawa, as ilhas Diaoyu/Senkaku, cujas águas podem ter grandes recursos marítimos e energéticos, foram motivo de disputa entre chineses, japoneses e taiuaneses durante décadas.

(Com Agência EFE e Reuters)

Fonte: Veja.com

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