Operário observa montagem de galpão para a cúpula do clima de Paris
(Foto: Benoit Tessier/Reuters)
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17/11/2015
Encontro de 30 de novembro a 11 de dezembro não terá shows e festas.
Chefes de estado haviam confirmado presença para discutir novo tratado.
Os atentados de 13 de novembro em Paris levaram o governo a reduzir a programação da cúpula do clima, a COP 21, conferência marcada para selar próximo acordo global de redução dos gases do efeito estufa.
O evento continua, porém, confirmado para o período de 30 de novembro a 11 de dezembro, disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
"Todos os chefes de Estado e de Governo do planeta virão e devem passar uma mensagem mundial de apoio e solidariedade à França", disse Valls à rádio RTL. "Nenhum chefe de Estado, nenhum chefe de Governo apresentou um pedido de adiamento."
"Com certeza, uma série de eventos previstos não acontecerão. Sem dúvida, (o encontro) ficará limitado à negociação", completou o chefe de Governo. "Estamos examinando, mas toda uma série de atividades externas à COP, toda uma série de shows, de eventos do tipo festivo serão cancelados, sem dúvida nenhuma."
Chefes de estado
Até a sexta-feira em que ocorreram os atentados 117 chefes de Estado e de Governo haviam confirmado presença na abertura da COP 21, incluindo os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, assim como a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Esse número, caso seja realizado, torna a cúpula do clima de Paris o maior encontro já realizado pela ONU fora de sua sede.
Também devem participar na conferência milhares de representantes de ONGs, em fóruns paralelos às negociações sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa.
Os atentados de sexta-feira, reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), deixaram pelo menos 129 mortos e mais de 350 feridos na capital francesa. Após os ataques, algumas pessoas questionaram a a manutenção da COP21, mas o presidente francês François Hollande decidiu manter o evento, e Obama reconfirmou presença.
Valls considera a COP 21 uma oportunidade de demonstrar "a vontade de combater o radicalismo e o fanatismo", mas diz que é preciso ter cautela. "Não se deve fazer nada que possa colocar em perigo as pessoas que participam em atos públicos em Paris Nós teremos que organizar este grande encontro sobre o clima e as forças de segurança terão que concentrar-se no essencial."
Fonte: G1 Natureza
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