François Hollande na China para falar de economia e de ecologia

O Presidente francês François Hollande em Chongqing na China.
AFP/AFP
06/11/2015

Cinco ministros, 23 personalidades e 50 empresários. O Presidente francês, François Hollande, apostou forte nesta deslocação à China para a economia francesa, mas igualmente para a Conferência sobre o Clima (COP 21) que vai decorrer em Paris a partir de 30 de Novembro. Esta segunda-feira a China aceitou um compromisso ambiental.

A França apostou numa mudança de espírito e de política em Pequim. O objectivo da visita do Presidente francês foi claramente enunciada por François Hollande quando chegou à China: a França espera compromissos do maior poluidor mundial antes da COP21.

Esta segunda-feira as expectativas foram alcançadas pelo Presidente francês: a China aceitou um compromisso, no qual admite prosseguir os esforços após a Conferência em Paris com uma "cláusula de revisão". Concretamente, todos os cincos anos vai haver uma avaliação para saber em que ponto está cada país e se respeitam os compromissos.

É um passo importante sobretudo que a ONU admitiu que os compromissos atuais vão levar a um aumento de 2,7°C no aquecimento global em vez dos 2°C inicialmente previstos.

Primeiro poluidor do planeta com 25% de emissões de gases com efeito de estufa, a China também é o líder dos 77 países em desenvolvimento e foi um dos responsáveis pelo fracasso da cimeira em Copenhaga, na Dinamarca, em 2009.

Este compromisso de Pequim poderá levar outros países a seguir o exemplo chinês.

Chegada a Chongqing

Pontes gigantescas com quatro vias de circulação, por cima do rio Yang Tsé, e de seguida, dezenas de prédios com 30 a 40 andares, eis o que encontrou o Presidente francês François Hollande ao chegar a Chongqing, primeira etapa de três horas no seu périplo pela China.

«Hoje estamos com um bom dia», disse um empregado do consulado francês, mostrando o seu telemóvel. É que, como muito expatriados ou até chineses, no ecrã do telemóvel, tem o índice da qualidade do ar na cidade, que é altamente poluído.

Chongqing, é uma cidade-região com 33 milhões de habitantes, quer dizer sensivelmente metade da população francesa num espaço tão grande como a Áustria. É também a sede de empresas com indústrias pesadas, um símbolo que a China quer virar uma página.

A ambição de Pequim hoje é a seguinte: ser o líder mundial do crescimento verde e ganhar o apoio das classes médias urbanas que querem uma melhor qualidade de vida. Um momento chave na história do país.

Fonte: RFI


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