Programa Mundial de Alimentos distribui ajuda após conflitos de terra no Haiti

Distribuição de alimentos do Programa Mundial de Alimentos
 em 6 de dezembro. Foto: MINUSTAH/Taïna Noster
25/01/2014

Entre 25 de outubro e 2 de novembro de 2013, os moradores das cidades de La Couture e Grand Bérard, no Haiti, entraram em conflito armado por quatro acres de terra na comuna de Dessalines, no departamento de Artibonite. Como consequência, 257 casas foram queimadas, cerca de 300 famílias foram deslocadas e 70 casas foram destruídas ou saqueadas.

Por quase dois meses a situação humanitária na região foi “desastrosa”, explica a chefe do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) em Artibonite, Zinatou Boukary.

“Muitas famílias que não tinham nada a ver com este conflito viram suas casas saqueadas ou queimadas, colocando-as, literalmente, na rua”, afirma Boukary. “Após as evacuações, pedimos a agentes humanitários que ajudassem as famílias necessitadas.”

Com apoio da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), a Cruz Vermelha do Haiti distribuiu em 6 de dezembro 20 toneladas de alimentos fornecidos pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) para cerca de 500 pessoas.

Uma das beneficiadas foi Esta Fragile, uma sexagenária mãe de sete filhos, que estava trabalhando em seu campo de arroz quando ouviu os primeiros tiros. Ela teve que abandonar tudo para buscar abrigo e, apesar de seus filhos estarem a salvo, sua casa foi queimada. Desde então, ela e os filhos dormem na cozinha de uma amiga à noite.

Os conflitos por terra são comuns em Lower Arbonite e, apesar dos esforços do governo, o problema persiste.

“Fomos surpreendidos”, disse a octogenária Victoire Estéphon. “Em 2003 eles queimaram minha casa por esse acordo de terras. Este ano, fizeram a mesma coisa”, lamenta ela sem especificar a identidade dos responsáveis.

Várias reuniões de mediação foram iniciadas, mobilizando a polícia, autoridades judiciais, representantes da Delegação Departamental, agentes humanitários e a MINUSTAH, onde se assumiu o compromisso de aumentar as patrulhas policiais. Além disso, o Diretório Departamental da Reforma Agrária em Artibonite ficou responsável por executar a colheita de arroz na terra disputada.

Fonte: ONU

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