Ativistas do Greenpeace presos recebem anistia do Parlamento russo

Grupo de 30 ativistas do Greenpeace que foram detidos na Rússia após 
ato contra exploração no Ártico; brasileira Ana Paula Maciel 
(embaixo, à direita) está entre eles (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)
19/12/2013

Anistia livra grupo de 30, que inclui brasileira, de acusação de vandalismo.
Anistia também beneficia membros do grupo Pussy Riot.

O parlamento russo aprovou nesta quarta-feira (18) um decreto que concede anistia a presos por atos de vandalismo e que beneficiará as 30 pessoas presas no país durante um protesto organizado pelo Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico. A informação foi divulgada pela organização ambiental, em sua conta no Twitter.

De acordo com a organização ambiental, a anistia significa que os procedimentos legais contra os 28 ativistas e os 2 jornalistas freelancers devem ser cancelados e todos, exceto os 4 de nacionalidade russa, poderão ir para casa. Para isso, necessitam ainda de um visto que deve ser emitido pelo governo russo. Porém, segundo a assessoria de imprensa do Greenpeace, a organização ainda não sabe quando isso ocorrerá.

Ana Paula Maciel é uma das ativistas detidas na Rússia após ato contra 
exploração no Ártico (Foto: Dmitri Sharomov / Greenpeace)
O decreto aprovado nesta quarta-feira beneficiará também membros do grupo Pussy Riot, que cumprem pena de dois anos de prisão devido a um protesto que realizaram contra Vladimir Putin dentro de uma catedral. A decisão marca o aniversário de 20 anos da adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993. Segundo o texto aprovado por unanimidade, o perdão traz benefícios "para os setores sociais mais vulneráveis​​" e deverá libertar 25 mil pessoas. A anistia não contempla que tem uma condenação superior a cinco anos de prisão.

O grupo do Greenpeace foi preso no dia 19 de setembro e permaneceu detido durante dois meses sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança, mas não poderiam deixar o país.

A prisão do grupo, chamado pelo Greenpeace de "30 do Ártico", provocou fortes críticas à Rússia por parte do Ocidente e foi vista como um sinal de que Vladimir Putin não pretende tolerar esforços para interromper a exploração de recursos da região do Ártico. O fim do processo representa a remoção de um dos obstáculos na relação da Rússia com o Ocidente nas vésperas de o país sediar as Olimpíadas de Inverno, em fevereiro.
  
Segundo informações divulgadas pelo Greenpeace, a brasileira Ana Paula Maciel, uma das ativistas presas no país, disse que está aliviada, mas não celebrando. "Fui acusada e permaneci dois meses presa por um crime que não cometi, o que é um absurdo. Mas finalmente parece que essa saga está chegando ao fim e em breve estaremos com nossas famílias", disse.

Fonte: G1 Natureza

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