A educação e a proteção do meio ambiente


21/10/2012

Escrito por Werney Serafini

Para o economista Claudio de Moura Castro o aquecimento global é um assunto  controverso. Para alguns a temperatura da Terra está gradativamente aumentando e por influencia humana. Para outros não, a Terra está em um período cíclico de resfriamento, uma situação absolutamente natural.

O que ninguém parece questionar são as evidencias de que o meio ambiente está ficando comprometido e em ritmo alarmante. Os recursos naturais são consumidos rapidamente.

A ‘conta ecológica’ não fecha, afirma. Tampouco os argumentos dos ‘ecoirresponsáveis’ e dos ‘ecobobos’. Dos que acham que tudo pode em favor do crescimento econômico e dos que acham que nada pode em favor da preservação.

A solução estaria no ‘caminho do meio’, ou seja, aprender a utilizar a natureza com parcimônia e inteligência. Acrescento, por conta e risco, com responsabilidade e visão de futuro.

No centro da questão está a escola e a consequente escolarização das pessoas. Não significa dizer que pessoas escolarizadas não cometam danos contra o meio ambiente. Mas apenas que sem escola os avanços se tornam difíceis, pois ela proporciona conhecimento e valores para o indivíduo.

Para utilizar racionalmente os recursos naturais é preciso entender os processos e os ciclos biológicos. Ao que se sabe, foi à baixa densidade demográfica e a falta de maior tecnologia que impediu aos povos primitivos destruir a natureza. 

O equilíbrio é sempre algo delicado. Uma mexida aqui estraga acolá. Abelhas estão sumindo, sapos e rãs desaparecendo. Nos lagos da Nova Inglaterra, os pássaros migratórios escasseiam, porque os lobos foram eliminados, a população de cervos cresceu sem controle e está faltando sementes para alimentar os pássaros. E por aí segue.

Sem pesquisa cientifica não são compreendidos os ciclos da natureza e os seus desequilíbrios. Sem ensino de qualidade e para todos, não se entendem as explicações dos cientistas. Sem escola, a percepção chega somente onde a vista alcança e assuntos complexos como aquecimento global não são visíveis a olhou nu. “Que se individualmente destruímos infinitesimalmente, nada acontece, mas se coletivamente todos destroem o seu infinitésimo, o resultado é uma catástrofe ecológica”, conclui Moura Castro.

A pessoa com escolaridade valoriza o futuro e para garanti-lo dispensa alguns benefícios imediatos. Pensa no filho, no neto e no planeta que deixará para eles. Não é demais lembrar que as pessoas escolarizadas avaliam melhor seus governantes e escolhem aqueles comprometidos com o interesse coletivo.

As pesquisas revelam que a educação reduz as explosões demográficas. Demonstram que a escolaridade aumenta a intolerância para com o ilícito. Em geral, o descumprimento da lei ocorre com mais frequência entre os menos escolarizados.

A expressão “capital social se associa à propensão para a ação coletiva, confiando e colaborando com os outros, sem a certeza de que os outros farão o mesmo. É a disposição voluntarista de investir no que promove o interesse coletivo”, diz.

Com relação ao meio ambiente esse procedimento sem garantia de reciprocidade é fundamental, dada à dificuldade de se fiscalizar o que cada um faz de bom ou de ruim para a natureza.

O fato é que muito tem que ser feito para evitar o uso desmedido da natureza. Isso é nitidamente percebido em municípios como Itapoá onde o patrimônio natural sofre os impactos do acelerado crescimento econômico e demográfico. 

Seguramente, a solução será infinitamente difícil, senão impossível, se for pouca ou ruim a educação. 


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