Governo anuncia veto a 12 trechos do Código Florestal

Durante a semana diversos protestos em Brasília pediram que Dilma Rousseff vetasse a legislação

25/05/2012

O governo federal anunciou nesta sexta-feira uma série de vetos ao Código Florestal aprovado em abril no Congresso e apresentou propostas para substituir os trechos suprimidos.

De acordo com o anúncio, a presidente Dilma Rousseff determinou 12 vetos e 32 modificações no texto da lei. Entre as modificações estão 14 recuperações do texto aprovado anteriormente pelo Senado Federal, 13 ajustes ou adequações e cinco novos dispositivos.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, apresentou as principais diretrizes da resposta do governo à legislação.

Entre elas estão recompor o texto previamente aprovado pelo Senado, preservar acordos e respeitar o Congresso, não anistiar o desmatador, preservar o pequeno proprietário e responsabilizar a todos pela recuperação ambiental.

"Todos terão que recuperar tudo o que foi desmatado ou suprimido de vegetação no passado", disse a ministra, em entrevista coletiva.

"Este não é o código dos ambientalistas, e não é o código dos ruralistas. É o código daqueles que acreditam que o Brasil pode produzir mantendo o respeito ao meio ambiente", acrescentou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.

Indefinição

O prazo para análise da legislação ambiental se encerrava nesta sexta. Como o governo já havia sinalizado, o veto ao Código foi parcial e se aplicou a trechos considerados lenientes com desmatadores.

As mudanças, a serem promovidas por Medida Provisória, tornaram o texto mais parecido com o que havia sido aprovado pelo Senado, no fim do ano passado.

Uma das principais alterações ocorreu no artigo que trata da reflorestação em margens de rios. O governo retomou a versão aprovada no Senado, que obriga donos de terra a recompor a mata ciliar em níveis que variam conforme a largura do rio.

Desde que o projeto chegou ao Planalto, há três semanas, ONGs ambientalistas e artistas pressionavam Dilma a vetá-lo integralmente, argumentando que ele estimularia futuros desmatamentos.

Na última quinta-feira, segundo a assessoria da Presidência, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse a jornalistas que "a reação da opinião pública confirmou a tese que defendíamos de que seria melhor termos apostado no acordo do Senado".

Agora, os vetos da presidente voltarão ao Congresso, que pode derrubá-los, prorrogando ainda mais a indefinição quanto ao tema.

A versão atual do Código Florestal data de 1965. Tanto ambientalistas como ruralistas argumentam que a legislação precisa ser reformada para se adequar às mudanças ocorridas no país desde então.

Fonte: BBC Brasil

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