Estrangeiros fazem arte haitiana renascer (Foto: BBC)
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Da BBC
Enxurrada de visitantes estimulou pintores a retomar uma tradição artística que sofreu um duro golpe no terremoto de 2010.
Os efeitos da presença estrangeira na capital do Haiti, Porto Príncipe, vão além da filantropia.
Nos últimos anos, vários hotéis, restaurantes e supermercados foram inaugurados na cidade para atender à clientela internacional, formada sobretudo por missionários e membros das cerca de 10 mil ONGs que atuam no Haiti. Assista ao vídeo.
Esses estrangeiros também ajudaram a florescer uma tradição artística que sofreu um duro golpe no terremoto de 2010.
Desde 1947, quando o pintor haitiano Hector Hyppolite expôs em Paris, museus da Europa e dos Estados Unidos passaram a valorizar a arte do país caribenho, marcada por cores vivas e por cenas que retratam o cotidiano e a religiosidade de seus habitantes.
O interesse mundial provocou a abertura de várias galerias de arte em Porto Príncipe nas décadas seguintes. Porém, com o terremoto em 2010, muitas galerias ruíram, e vários artistas perderam seus acervos.
O artista plástico Ilmorin Verly conta que todos os quadros que armazenava em casa foram destruídos ou furtados após o sismo.
Mas a enxurrada de estrangeiros que veio acudir o país nos meses seguintes o estimulou a retomar a produção e a expor seus quadros na rua. Os preços das obras variam entre US$ 50 e US$ 120.
Aos poucos, galerias tradicionais também retomam as atividades. Mas elas reclamam da dificuldade em competir com os preços das ruas e da grande quantidade de obras falsificadas em circulação.
Seja como for, num aspecto artistas de rua e donos de galerias concordam: a presença estrangeira está ajudando a preservar uma das vertentes mais ricas da cultura haitiana e tornando Porto Príncipe mais colorida.
Fonte: G1.com
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