Barcos com barreiras de contenção ajudam no controle da mancha de óleo no campo de Frade |
Óleo que vazou por pelo menos seis dias chegou a cobrir uma
superfície equivalente a 16.300 campos de futebol
Rio - No meio do caminho, havia óleo. Obstáculo difícil de
superar por baleias como jubarte, minke-antártica, baleia-de-bryde e entre 20 e
25 espécies de golfinhos e pequenos cetáceos que usam a Bacia de Campos como
rota migratória. O óleo que vazou por pelo menos seis dias pelo poço no Campo
de Frade, operado pela Chevron Brasil, chegou a cobrir uma superfície de 163
quilômetros quadrados - ou 16,3 mil campos de futebol.
E o dano ambiental é difícil de mensurar. No acidente
provocado por uma explosão na plataforma de perfuração da British Petroleum, no
Golfo do México, em abril do ano passado, 800 milhões de litros de óleo vazaram
por 87 dias.
Somente 2% das carcaças dos animais atingidos chegaram ao
litoral, aponta o biólogo Salvatore Siciliano, coordenador do Grupo de Estudos
de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz).
As baleias jubarte, por exemplo, estão retornando para o
Polo Sul. Depois de se alimentar durante o verão, no inverno elas nadaram em
direção à linha do Equador, em busca de águas mais quentes para se reproduzir.
Agora, voltam para a Antártica acompanhadas de seus filhotes.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, viu três
delas nadando perto da mancha - uma a menos de 300 metros de distância.
Além dos mamíferos, o dano para as aves é agudo. Acredita-se
que elas confundam a mancha de óleo com cardumes e, por isso, mergulhem no
petróleo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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