Nova população de ursos polares é descoberta no Mar de Chukchi (Foto: Pixabay)
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20/11/2018
O Mar de Chucki é rico em nutrientes e, consequentemente, gera boa produtividade biológica
Não é de hoje que as mudanças climáticas preocupam os cientistas. Mas, em meio à tanta tragédia, ainda há uma esperança: biólogos do Centro de Ciências Polares da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram uma nova população de ursos polares (Ursos Maritimus) ainda não estudada, no Mar de Chukchi, entre o Alasca e a Rússia. Os resultados foram publicados na revista científica Scientific Reports.
O mar de Chukchi é, de acordo com estudos anteriores, abundante em vida selvagem, incluindo focas, que são boas refeições para os ursos. "A maior parte do mar de Chukchi é rasa, com águas ricas em nutrientes vindas do Pacífico", disse disse o biólogo e um dos responsáveis pelo estudo, Eric Rogehr. "Isso se traduz em alta produtividade biológica.”
A descoberta é resultado de uma década de pesquisas. “Ele nos dá uma primeira estimativa da abundância e da situação da subpopulação do Mar Chukchi”, afirma Rogehr. Mas, apesar de ser uma excelente notícia, os pesquisadores ressaltam que os animais não estão isentos das ameaças. “A perda de gelo marinho, resultante das mudanças climáticas, continuam sendo a principal ameaça à espécie.”
Entre 2008 e 2016, os ursos de Chukchi mantiveram uma população bastante saudável. No entanto, se compararmos o período com 25 anos atrás, eles estão passando cerca de um mês a menos em gelo do mar. O habitat é onde os ursos polares costumam caçar, se reproduzir e até mesmo migrar.
Existem 19 subpopulações de ursos polares no mundo inteiro. Eles estão oficialmente listados como vulneráveis na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. Estima-se que 26 mil ursos polares estejam nessas condições, sendo que algumas subpopulações estão diminuindo mais rápido do que outras. Uma dessas subpopulações afetadas pelas mudanças climáticas são os Beaufort, que perambulam entre os Estados Unidos e o Canadá, e estão ficando sem gelo em seu habitat natural.
O fato de os ursos passarem menos tempo no gelo é motivo de preocupação. Pesquisas recentes da NASA descobriram que mais da metade do gelo permanente do Ártico foi perdido desde 1958.
Os pesquisadores conseguem identificar 60 ursos polares anualmente, alguns inclusive com dispositivos de GPS. De acordo com o estudo, a subpopulação contava com pouco menos de 3 mil animais que tinham boas taxas de sobrevivência reprodutiva.
Fonte: Revista Galileu
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