NA CAATINGA BAIANA, ESPÉCIES NATIVAS AJUDAM AGRICULTORES A GARANTIR COLHEITA

Agricultores no estado da Bahia, no Brasil
Foto Banco Mundial: Scott Wallace

09/02/2018
  
Com apoio do Fida e do governo estadual, umbu e licuri são opções por causa da seca; projeto ensina agricultores a valorizar as duas espécies, que podem servir para a produção de geleia e de doces.

Longas temporadas de seca estão tendo um impacto sério para os agricultores da Bahia que vivem na região da Caatinga. O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Fida, trabalha para ajudar na produção de alimentos e criar oportunidades para as comunidades locais.

Parte do trabalho do Fida é promover o plantio de espécies indígenas, em especial umbu e licuri. O umbu, ou imbu, é um fruto, e o coco licuri tem origem na palmeira de mesmo nome. Ambos têm em vitaminas e mineiras.

Nova visão

Segundo o Fida, as duas espécies são resistentes à seca, mas não eram muito valorizadas pelos agricultores da Caatinga baiana. Junto com o governo estadual e o movimento Slow Food Brasil, o Fundo da ONU está ajudando a mudar essa visão, como explica o representante do Fida no Brasil, Hardi Michael Wulf Vieira.

"Se buscou, devido a esta estiagem, a valorizar mais a produção local, exatamente para manter a mata nativa e dessa forma poder preparar melhor os agricultores para este período de estiagem. Além das frutas que essas vegetações podem prover para os agricultores e o recurso que elas podem gerar, elas também são elemento importante de manutenção dos recursos hídricos."

Antes, os dois frutos eram consumidos por períodos curtos, de apenas um ou dois meses. Mas agora, os agricultores aprenderam a manter os cultivos e já começaram a ganhar dinheiro com isso.

Geleias e suco

A agricultora Maria Helena Barbosa dos Santos garante que seu padrão de vida já mudou.

"Quando chovia, a gente plantava milho, mandioca e a gente colhia tudo, a gente tinha uma renda. Não chove, a gente não planta e a gente não colhe. Antes, eu não tinha a oportunidade de dizer: 'vou comprar um computador'. Hoje eu tenho. Eu posso dar uma roupa ao meu filho, a minha filha, dar um calçado, o que antes eu não podia."

As mulheres também estão participando mais no processo. Na cidade de Uaua, o Fida ajudou a construir uma fábrica, que é administrada por uma cooperativa local. Lá, o fruto de umbu é utilizado na produção de suco, doces, geleias e a polpa também é separada para a venda.

Fonte: ONU News

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