COPENHAGUE É REFERÊNCIA MUNDIAL NO USO DE BICICLETAS COMO TRANSPORTE



23/11/2017

A capital da Dinamarca tem o trânsito todo voltado para os ciclistas. 
Estima-se que 62% das pessoas usem as bicicletas para fazer tudo na cidade.

Na busca da simplicidade e da saúde, os dinamarqueses já conseguiram uma vitória, que é o uso de bicicletas para tudo. Este é o país das bicicletas. O governo estimulou o uso delas durante a crise do petróleo de 1973. Hoje, Copenhague tem o trânsito todo voltado para os ciclistas. Estima-se que 62% das pessoas usem as bicicletas para ir ao trabalho ou a escola. O urbanista Jan Gehl, de 80 anos, foi um dos idealizadores desta cidade agradável, boa para viver, que combate os carros há mais de meio século. E os ciclistas têm de seguir regras de trânsito específicas para eles.

Risenga Manghezi é um dos sócios de uma fábrica de bicicletas de carga, que funciona em galpões antigos. A oficina fica dentro de um bairro bem famoso de Copenhagen, uma antiga invasão: Christiania, lugar onde foi feito a primeira bicicleta. “Os que fizeram a primeira bicicleta tinham um sonho de encher as ruas de Copenhagen com elas”, conta o empresário.

Depois de ver a fábrica onde já foram produzidas dez mil bicicletas de carga, Risenga leva a equipe do Globo Repórter para conhecer Christiania. Nos anos 70, os galpões do exército estavam abandonados e foram invadidos por hippies que queriam construir uma sociedade libertária e alternativa. O governo desistiu de desocupar a área por receio que o conflito causasse mortes. Quarenta anos depois, os moradores de Christiania compraram do governo a área ocupada. “O privilégio de morar aqui não é para todos, mas o privilégio de usar a área é. Christiania é de todo mundo”, diz Risenga.

O sonho dos hippies se espalhou. Copenhague hoje é tomada de bicicletas. Pontes para ciclistas interligam os bairros centrais. Para muitos lugares é mais rápido ir de bicicleta do que de carro. E a família real não fica de fora.

Depois de recolher o lixo, Flemming e Kim levam o caminhão para uma usina, que produz eletricidade para abastecer Copenhagen. Apenas 6% do lixo da Dinamarca vai para aterros sanitários. Todo o resto é reciclado ou usado para produzir energia. Flemming sente um grande orgulho da profissão: “É gostoso trabalhar ao ar livre. Acabamos cedo todos os dias. É uma vida maravilhosa”. E como não seria? Por 22 horas de trabalho por semana, Flemming ganha o equivalente a R$ 10 mil por mês, já descontados os impostos – no caso dele, de 38%.

“Esta felicidade que temos na Dinamarca, é por causa do bem-estar social e do sistema de educação, que é muito bom. Existe um grande equilíbrio entre a vida do trabalho e a vida com a família. As pessoas são felizes porque tem tempo umas para as outros”, afirma a princesa Marie.

Tempo para o hygge, como eles chamam estes momentos de felicidade com a família e amigos. Na Dinamarca, seja nos palácios ou nas casas mais simples, a felicidade é fácil.

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