Entenda o INDC brasileiro que será apresentado na COP 21 em dezembro



03/10/2015

Com a proximidade da Conferência da ONU para a Mudança do Clima (COP-21), que acontecerá em dezembro, em Paris. As Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, também conhecido como INDC, é um documento que contém o que cada país pretende fazer para reduzir e remover as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), no qual todos os governos deverão apresentar, para conseguir um acordo climático global. O INDC brasileiro foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff neste domingo (27), na ONU, em Nova Iorque, durante a Climate Week, que reuniu lideranças políticas, empresariais e civis do mundo todo.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, um movimento que reúne integrantes do setor privado, organizações ambientalistas, organizações da sociedade civil, empresas, centros de pesquisa e entidades setoriais, entende que o Brasil pode estabelecer uma INDC mais ousada, com metas palpáveis e mobilizadoras para a COP-21.

De acordo com a Secretária Executiva do Diálogo Florestal, Miriam Prochnow, a Coalizão entende que as metas anunciadas trazem algum avanço, mas faz ressalvas: "o plano foi anunciado sem ter havido uma consulta ampla à sociedade e isso é uma preocupação, pois ninguém vai conseguir cumprir as metas sem o envolvimento amplo de toda a comunidade participando". E complementa: "a Coalizão tem uma proposta de concretizar ações que foram colocadas para chegar em uma ação concreta, como ajudar a implantar o Cadastro Ambiental Rural no Brasil, uma prerrogativa do Código Florestal e ajudar a implantar os Plano de Restauração Ambiental".

Outro ponto importante citado por Miriam Prochnow é o desmatamento. Ela ressalta que esse é o ponto que o Brasil mais contribui na emissão de CO2, na conta global: “no documento do governo, está colocado a intenção de conter o desmatamento ilegal apenas em 2030 e a Coalizão entende que temos a obrigação, inclusive constitucionalmente, de atacar isso imediatamente, com mais força".

Miriam Prochnow ainda faz um alerta sobre a produção de alimentos com as mudanças climáticas: “algumas regiões serão tão afetadas com essas mudanças climáticas que determinados alimentos não poderão ser produzidos nessas regiões, haverá uma mudança no cenário agrícola, inclusive no Brasil”, e complementa: "a extinção de espécies que ajudam a fazer esse equilíbrio e possibilitam a produção de alimentos, como a extinção das abelhas, também prejudicará a todos, pois 70% das espécies de alimentos são polinizados por abelhas e isso é uma crise ambiental grande que estamos vivendo".

A Secretária Executiva afirma que o Brasil precisa chegar na COP 21 com ações detalhadas de como fará para atingir as metas.

Fonte: EBC


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