ONU nomeia ex-alta comissária para ajudar nas negociações do clima

17/07/2014

Mary Robinson será 'braço direito' de Ban Ki-moon na cúpula de setembro.
Encontro com chefes de Estado vai decidir nova política climática mundial.

Mary Robinson e o secretário-geral da ONU, Ban
Ki-Moon em imagem de arquivo
(Foto: Divulgação/Nações Unidas)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou nesta semana a irlandesa Mary Robinson como enviada especial para as mudanças climáticas.

Robinson será encarregada de "mobilizar a energia e a vontade política" durante os preparativos da Cúpula do Clima da ONU, prevista para 23 de setembro em Nova York, e será assessora de Ban na questão.

As Nações Unidas se esforçam para conseguir um consenso que permita limitar o aquecimento global a 2°C com base em níveis pré-industriais, mas os cientistas afirmam que as tendências de emissões atuais poderiam fazer as temperaturas do planeta mais do que dobrar esse nível até o fim do século.

Robinson, ex-alta comissária da ONU para Direitos Humanos (1997-2002), era até agora enviada da ONU para a região africana dos Grandes Lagos.

Conferência de chefes de estado

Para acelerar as ações sobre as mudanças climáticas, Ban Ki-moon convidou os chefes de Estado, governos, empresas e sociedade civil para uma cúpula do clima.

O encontro tem como objetivo fomentar o progresso no sentido de obter um acordo até o fim de 2015 que obrigue todos os países a reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

O avanço das negociações é lento. Uma cúpula preliminar da ONU em Bonn, na Alemanha, tiveram um pequeno progresso em direção a um texto para o novo acordo de 2015.

Negociadores e observadores disseram que sinais de ações da China e dos Estados Unidos, os dois maiores emissores do mundo, tinham aumentado as esperanças, mas alertaram que as negociações poderiam não dar certo a não ser que os países ricos invistam bilhões de dólares em ajuda para os países mais pobres até o fim do ano.

Um recente estudo do Banco Mundial apontou que a produção econômica global poderá aumentar em até US$ 2,6 trilhões adicionais por ano, ou 2,2%, até 2030 se as políticas governamentais melhorarem a eficiência energética, a gestão de resíduos e o transporte público.

Além disso, políticas climáticas também evitariam ao menos 94 mil mortes prematuras por ano provocadas por doenças relacionadas à poluição até 2030, melhorariam a produtividade das lavouras e evitariam a emissão de 8,5 bilhões de toneladas métricas de gases do efeito estufa – o mesmo que tirar cerca de 2 bilhões de carros das ruas.

IPCC - arte (Foto: G1)

Fonte: G1 Natureza


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