Terremoto no Haiti, 4 anos depois: ONU capacita jovens de áreas vulneráveis para diversas profissões

Aula de encanamento patrocinada pela ONU para jovens de áreas 
vulneráveis do Haiti. Foto: MINUSTAH/Nektarios Markogiannis

10/01/2014

Quatro anos após o terremoto que atingiu o Haiti e mergulhou o país em uma crise humanitária ainda mais profunda, as Nações Unidas continuam trabalhando no país em diversas frentes. Para ajudar na redução da violência, por exemplo, a Organização financia projetos de formação profissional para jovens de áreas vulneráveis.

Selecionados por líderes comunitários e ONGs parceiras, como a brasileira Viva Rio, mais de 2 mil haitianos já se formaram nas áreas de alvenaria, encanamento sanitário e eletricidade. Todos recebem uma refeição quente por dia e têm as despesas de transporte pagas.

Cada turma financiada pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) no Centro de Formação Profissional da Reforma, na capital, Porto Príncipe, tem cem alunos. Na atual, 14 são mulheres.

Para Yveta Charles, de 22 anos, “encanamento não é difícil, é uma questão de instalação adequada, assegurando a drenagem e a instalação de tubos”, explica. Moradora de Cité Soleil, ela conta que os vizinhos ficaram surpresos ao ver seu trabalho. “Algumas pessoas zombaram, outras me incentivaram dizendo que elas confiam muito em mim e prometeram entrar em contato comigo se encontrarem alguma oportunidade [de trabalho].”

“No começo eu tinha dúvidas sobre a minha escolha”, lembra Julienne Fontilus, de 24, que tem um filho. “Mas, com o tempo, me adaptei e agora eu sou uma eletricista.”

Os jovens aprendizes são submetidos a dois exames, um no Centro de Formação e outro no Instituto Nacional de Treinamento Vocacional. Em média, 80% são aprovados na avaliação estatal. Os 50 melhores alunos fazem estágio de seis meses em empresas selecionadas para, então, partirem para o mercado de trabalho. Os demais são encaminhados a outros projetos.

O Haiti foi atingido por um terremoto de 7,3 graus na escala Richter em 12 de janeiro de 2010. Estima-se que 220 mil pessoas morreram, incluindo 102 funcionários das Nações Unidas – a maior perda já registrada em missão. Dentre as 21 vítimas brasileiras, o vice-representante especial do secretário-geral da ONU, Luiz Carlos da Costa. O tremor também provocou o deslocamento de cerca de 1,5 milhão de pessoas. Para saber mais sobre as atividades dos trabalhadores das forças de paz, clique aqui.

Fonte: ONU

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