GRUPO EBX PROMOVE DEBATE SOBRE GESTÃO INTEGRADA DO TERRITÓRIO


13/06/2012

No primeiro dia da Rio+20, evento reúne especialistas internacionais para debater modelo inovador de gestão socioambiental

O Grupo EBX, do empresário Eike Batista, realizou hoje, dia 13, o seminário “Sustentabilidade: Desafios das Empresas do Século XXI – Um Olhar sobre Gestão Integrada de Território”. O evento, promovido em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto BioAtlântica (IBIO), teve como tema a Gestão Integrada do Território (GIT), um modelo inovador de gestão socioambiental em implantação no Norte Fluminense, onde está sendo construído o Superporto Açu. O local é considerado o maior cenário de implantação de GIT neste momento em todo o mundo.

 A GIT é um conjunto de ferramentas utilizadas em cidades (territórios) que auxilia a comunidade local ─ moradores, universidade, empresas, poder público ─ a se preparar para receber investimentos e todas as transformações que são inerentes a eles. Ela promove a diversidade e a integração social, econômica e ambiental em busca de soluções para o futuro da região.

“A GIT revela-se como um esforço da humanidade em prol do nosso planeta”, pontuou Antonio Anastasia, governador do estado de Minas Gerais presidente de uma mesa redonda que contou ainda com a presença do economista e ecologista Sérgio Besserman Vianna, presidente do Grupo de Trabalho da Prefeitura para a Rio+20, e outros especialistas nacionais e estrangeiros.

Durante o evento, a pesquisadora do Ibio Inguelore Scheunemann afirmou que a GIT é uma importante ferramenta porque passa à ação, incluindo a cultura como mais um pilar da sustentabilidade. Para ela, uma iniciativa como esta, que inclui diversos atores com o mesmo objetivo e que atua de forma multidisciplinar, é viável. Uma forma de investimento que deixará melhorias permanentes para a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada.

“Faz parte do processo da GIT a certificação do território, que permite medir quantitativa e qualitativamente as mudanças em maior ou menor escala”, comentou, acrescentando que esta certificação inclui 8 quesitos, entre eles alguns normalmente descartados como governança e percepção do território.

Para o engenheiro Eliezer Batista, ex-ministro de Minas e Energia e participante da mesa, esta característica da GIT permitirá que haja uma conclusão sobre a eficácia da iniciativa: “a certificação do território garante a mensuração dos resultados”.

Também participaram do evento especialistas multidisciplinares internacionais, como a chinesa Wei Dan, Ph.D em Direito e assessora não governamental do Brasil na Rede Internacional da Concorrência, o holandês Eduardo F.J. de Mulder, geocientista e diretor executivo da Ciências da Terra Matters Foundation, e o português Luiz Oosterbeek, arqueólogo e pró-presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), também participaram do seminário.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, falou sobre o avanço rápido das indústrias brasileiras na gestão de seus empreedimentos. “Vejo a forma responsável como as empresas brasileiras estão tratando as questões socioambientais. Atualmente, a inciativa privada está sempre um passo a frente nesta área.”

Ao término, os presentes conferiram o lançamento do livro "Um novo Paradigma da Sustentabilidade -Teoria e Práxis da Gestão Integrada de Território", produzido pelo Instituto BioAtlântica (IBIO), patrocinado pelo Grupo EBX em parceria com a CNI.

Sobre o livro
O projeto do livro "Um Novo Paradigma da Sustentabilidade - Teoria e Práxis da Gestão Integrada de Território", produzido pelo Instituto BioAtlântica (IBIO), com o patrocínio do Grupo EBX e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), surgiu depois da parceria entre o IBIO e o Instituto Politécnico de Tomar (ITP), que, em 2010, uniram-se para promover o primeiro curso de pós-graduação em Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável, realizado pelo IPT e pela Fundação Gorceix, ligada à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).  O curso apoiou as primeiras experiências de GIT no Brasil.

O livro fala sobre a teoria e a prática da GIT, por meio de artigos escritos por especialistas no assunto, selecionados pela visão e pela experiência em transversalidade do conhecimento, o que permitiu que a Gestão Integrada do Território fosse exposta de forma objetiva e prática. O empresário Eike Batista é autor de um dos artigos do livro. Ele fala sobre a implementação da GIT em São João da Barra. 

GIT no Açu
As empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, fazem parte de um distrito industrial que mudará o perfil do município de São João da Barra, no Norte Fluminense. Pensando em garantir a qualidade de vida da população local, em parceria com o IBIO, está em andamento a Gestão Integrada do Território (GIT) – um modelo participativo que envolve poder público, empresas, organizações da sociedade civil, instituições de educação e lideranças regionais na construção de soluções sustentáveis para o desenvolvimento do município.

“A GIT traz à tona o conceito de cidadania. Através do diálogo com poder público e iniciativa privada, a sociedade civil compreende a força da sua voz, tem clareza sobre o funcionamento de sua cidade e passa a conhecer as ferramentas de conscientização e mudança. A gestão integrada do território e a conscientização da responsabilidade socioambiental são transformadoras. Com a implantação da GIT, estamos investindo no crescimento articulado e organizado do empreendimento e de toda a região”, explica Paulo Monteiro, diretor de Sustentabilidade do Grupo EBX. Segundo ele, o projeto toma corpo a partir de diversos canais de diálogo, como palestras, reuniões e exposições, entre outros.

O objetivo da GIT é gerar transformação por meio de ações que reforçam a cultura como mais um elemento da sustentabilidade.  Em consequência, a iniciativa se mostra um instrumento democrático capaz de reduzir conflitos sociais e desequilíbrios ambientais, tendo como elemento central a formação de capital humano e o combate à alienação, inclusive por meio da certificação territorial, que evidencia as possibilidades e deficiências locais.

“Para exercer a Gestão Integrada do Território é preciso que as pessoas entendam que são formadas por dilemas. É preciso que elas escolham o que querem e o que não querem”, conclui o consultor do IBIO, Luiz Oosterbeek, que informou ainda quais são os principais atores da GIT: “O poder público, sobretudo o municipal; as universidades, que possuem o reservatório do saber; as empresas e as organizações não-governamentais”.

Curso online de Anfíbios e Répteis: Classificação, Diversidade e Ecologia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário e pela sua visita.
Volte sempre!!!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...