Municípios alagados pelo Solimões decretam calamidade pública, no AM


Município do Careiro da Várzea é um dos mais atingidos pela cheia (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1)

16/05/2012

Anamã e Careiro da Várzea foram inundados pelas águas do Rio Solimões.
Prefeitura de Careiro da Várzea vai usar balsas para abrigar famílias.

Carlos Eduardo Matos
Do G1 AM

Os municípios de Anamã e Careiro da Várzea, no interior do Amazonas, declararam  calamidade pública, nesta quarta-feira (16), por causa da cheia do Rio Solimões. As duas localidades estão embaixo d'água, tanto nas sedes quanto nas comunidades rurais.

Em Careiro da Várzea, a situação é tão grave que a Prefeitura busca apoio do Estado para alugar balsas que servirão de moradia a dezenas de famílias desabrigadas, pois não há mais abrigos secos em terra firme.
Com a decretação do estado de calamidade pública, ainda sob análise da Defesa Civil do Estado, será reforçado o envio de ajuda humanitária e recursos à população ribeirinha.

Cidade enfrenta escassez de madeira, segundo Defesa Civil (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1)

Quase toda a área urbana de Careiro da Várzea foi invadida pelas águas barrentas do Solimões. Segundo a coordenadora de Defesa Civil local, Carla Andréa Duarte, a Prefeituira comprou 700 dúzias de tábuas de azimbre para construir marombas (pontes de madeira) e doar às famílias que moram em casas de madeira. "Estamos precisando de mais madeira, mas não estamos conseguindo mais encontrar em lojas e atacadistas", disse.

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Oito distritos rurais estão submersos. Apenas o distrito de Autaz Mirim, localizado em terra firme, e parte do distrito de Cumã, não foram inundados.

Ainda segundo Carla Duarte, a cheia afetou quase toda a população de Careiro da Várzea, totalizando cerca de quatro mil famílias. Uma parte abandonou suas casas e está morando em Manaus ou em municípios mais próximos. "Maior parte continua morando em suas casas, pois há o temor de haver saques", afirmou. Devido à cheia, 20 escolas públicas estão fechadas, afetando mais de 1,5 mil alunos. Postos de saúde, delegacia, igrejas e até a prefeitura foram inundadas.

Anamã teve 34 escolas fechadas devido a cheia dos rios (Foto: Chico Batata/Agecom)

Em Anamã, que foi invadida pelas águas do Rio Solimões há quase um mês, a Prefeitura já alugou barcos para abrigar as famílias que tiveram suas casas alagadas. Na área urbana e comunidades rurais, 34 escolas públicas, que antes serviam de abrigos, foram fechadas com a chegada da água.

Recursos
O coordenador da Defesa Civil do Amazonas, coronel Roberto Rocha, informou que o Estado já foram gastos R$ 23,8 milhões com socoro às vítimas da cheia dos rios amazônicos.

Segundo ele, R$ 10 milhões repassados peklo Governo Federal foram gastos com transporte de famílias desalojadas, ajuda humanitária e outros serviços; R$ 13 milhões com distribuição de cartão solidário, no valor de R$ 400 por família; e R$ 850 mil usados às primeiras famílias desabrigadas.

Fonte: G1 Amazonas

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