Emily se dissolve sobre o Haiti, mas ainda causa chuvas

4/8/2011

Por Joseph Guyler Delva

PORTO PRÍNCIPE (Reuters) – A tempestade tropical Emily se dissolveu na quinta-feira sobre as montanhas do Haiti e da República Dominicana, mas seus vestígios ainda provocaram chuvas que podem causar inundações e deslizamentos nos dois países caribenhos.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) disse que a tempestade deu lugar a uma zona de baixa pressão, mas alertou que existe “algum” potencial para que ela se regenere na sexta-feira ou no sábado.

Isso significa que as autoridades da Flórida continuarão atentas para descartar qualquer ameaça à costa leste do Estado norte-americano.

Às 18h (de Brasília), os resquícios da tempestade Emily estavam 160 quilômetros a sul-sudoeste do extremo leste de Cuba, segundo o NHC. Foi a quinta tempestade a receber um nome na atual temporada de furacões no Atlântico.

As nuvens e trovoadas que restam se deslocam para noroeste pelo Caribe. Os governos da República Dominicana, Cuba e Bahamas já suspenderam seus estados de alerta e observação.
Mas o CNF alertou que as chuvas causadas pelo sistema ainda podem chegar a 500 milímetros em partes do Haiti e Dominicana.

As chuvas são uma ameaça significativa no Haiti, país muito vulnerável a enchentes e deslizamentos por ter sido quase totalmente desmatado nos últimos séculos. Em junho, pelo menos 23 pessoas morreram por causa de inundações e deslizamentos no país.

Na quinta-feira, chuvas leves eram registradas em Porto Príncipe, a capital haitiana, onde mais de 600 mil sobreviventes do terremoto de 2010 ainda vivem em acampamentos improvisados.
O governo e a Defesa Civil pediram que as pessoas em áreas de risco — baixadas e morros — busquem áreas mais seguras, sem esperarem uma retirada organizada.

Também na quinta-feira, meteorologistas do governo norte-americano elevaram suas previsões relacionadas à atual temporada de furacões. A nova estimativa é que haja sete a dez furacões, sendo que três a cinco devem chegar pelo menos à categoria 3 da escala Saffir-Simpson, que indica furacões fortes, com ventos superiores a 178 quilômetros.

Em maio, os meteorologistas dos EUA haviam projetado seis a dez furacões.

Fonte: Correio do Brasil

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