Reconstruindo sorrisos


Um país assolado pela miséria e pela devastação mira nas crianças que esperam uma vida diferente da enfrentada por seus pais e avós

29/05/1011
HAITI

Um Haiti que busca curar as feridas do flagelo e de um terremoto devastador. Os resquícios do tremor de 12 de janeiro de 2010, que matou mais de 200 mil pessoas e deixou um milhão de desabrigados, são vistos em todos os lugares.

Nas favelas, como Cité Soleil, a maior do país, com 300 mil moradores, e Jean Marie Vincent, campo de refugiados do abalo sísmico, com outros 50 mil que vivem sob barracas, as crianças pedem dinheiro e comida aos militares e civis estrangeiros. O reflexo da transformação que o Haiti quer promover está estampado em quem pouco ou nada entende do passado de seu país. A maioria dos estrangeiros que chegam se encanta com a simpatia e o sorriso das crianças mesmo diante de tantas adversidades.

Nas favelas, muitas andam sem roupas, ou porque não têm, ou porque são as chamadas Rest Avec (crianças escravas), vendidas pelos próprios pais por até U$ 4 – menos de R$ 8 – para servirem sexualmente aos seus compradores. Um dos “símbolos” das escravas sexuais é não usar roupas abaixo da cintura, e isso é o que mais se vê pelas ruas.

Dispostos a viver e não sobreviver

Ao mesmo tempo em que sofrem, os haitianinhos contam com um exército de cidadãos dispostos a ajudá-los a melhorar suas vidas. Nos ambientes civil e militar, milhares de voluntários realizam trabalhos voltados à saúde e à educação dos pequenos. Por isso é fácil encontrar crianças e jovens que falam mais de um idioma. Dispostos a viver, não mais a sobreviver. Neste contexto, o Brasil tem sido peça chave.

As primeiras forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram ao Haiti no início da década de 1990, quando golpes de estado e eleições fraudulentas geraram revoltas. Em 2004, a ONU instalou a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil. Atualmente, são nove mil militares de 19 países, dos quais, quase três mil brasileiros. Entre eles, 29 catarinenses que trabalham na reconstrução do país. Tarefa difícil. Mas, sorrindo, assim como as crianças haitianas, é mais fácil acreditar.

Diário Catarinense

Um comentário:

  1. Eu penso que se houvesse um esforço por parte do do G-20 no sentido de propiciar solidariedade, certamente num tempo curto melhoraria a vida dos Haitianos. Os sorrisos das crianças permaneceriam, pois se trata de um povo naturalmente feliz.

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