* Romaria da Terra

Romaria da Terra denuncia crimes ambientais contra as águas no Rio Grande do Sul

Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil

Cerca de 15 mil pessoas participaram hoje (24) de um protesto para denunciar os crimes ambientais no estado do Rio Grande do Sul. Organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pelo Vicariato Episcopal de Canoas e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a 32ª Romaria da Terra também propôs a reflexão das comunidades sobre a importância da água.
Com o tema "Água: sangue da Terra”, o evento deste ano foi realizado em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.
Hoje pela manhã os romeiros saíram da BR-116 e fizeram uma caminhada de aproximadamente 2 quilômetros até as margens do Rio dos Sinos, onde mais de 100 mil toneladas de peixes foram encontrados mortos, em outubro de 2006. A principal causa da tragédia foi o lançamento de resíduos tóxicos por empresas locais.
Segundo o representante do Vicariato Episcopal de Canoas, frei Wilson Dallagnol, no fim do evento foi lida uma carta chamada "Porque tocam os sinos" e que trazia as principais reivindicações do grupo.
“Ouvindo o clamor do Rio do Sinos e de tantas outras águas do Rio Grande do Sul denunciamos o crime ambiental de 2006 e acobertamento dos criminosos, o não tratamento adequado dos resíduos industriais, a omissão do poder público no tratamento dos esgotos domésticos, a equivocada visão da água como instrumento de lucro, a falta de proteção das nascentes”, diz o texto.

No Rio Grande do Sul, a Romaria da Terra foi realizada pela primeira vez em 1978.
(Brasília/DF - Agência Brasil)

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