BRUNO DE OLIVEIRA, da Bike Vegan: a galera acha massa e a gente pode se
exercitar" Foto: Julio Caesar
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09/02/2018
O hábito de andar de bicicleta em Fortaleza passou a ser mais difundido com o surgimento do projeto Bicicletar em 2014, e com a reestruturação das ciclovias na Capital. Mas não é apenas no contexto da mobilidade que as bikes ganharam espaço. Agora, elas se destacam também no serviço de entrega.
Bruno de Oliveira, que é um dos membros da rede de comida vegana Bike Vegan, diz que a escolha pelo bike delivery foi feita pela perspectiva ecológica. Para ele, o diferencial é não poluir a cidade e ser mais rápido, além da “galera achar massa e a gente pode se exercitar”.
Ele explica que as entregas são feitas por meio de agendamento prévio, e que os valores das taxas são calculados a partir da quilometragem percorrida pelo entregador. “5 km é até R$ 5, 10 km até R$ 10”. Bruno acredita que esse modelo de negócio tende a crescer, pois a cidade “começa a se voltar para o ecológico”.
Miguel Andrade também aposta num “mercado verde”. Ele é fundador do aplicativo de entregas Vruuum, que há oito meses adotou a opção do serviço realizado por magrelas. A condição é que as encomendas caibam dentro da mochila do ciclista.
Miguel acredita que em Fortaleza a cultura do bike delivery ainda não é tão difundida porque o trânsito é “tranquilo” se comparado ao de outras cidades do País. Assim, a moto ainda pode ser mais rápida. Nem por isso mais interessante.
Ele destaca que o bike delivery é um “serviço limpo, e que retira um veículo das ruas, contribuindo para reduzir o engarrafamento”. Ressalta também que, em horário de pico, o bikeboy pode fugir do trânsito de forma mais ágil e fácil.
O baiano Pablo Martinez criou Leve de Bike Courier, em Salvador, quando decidiu ter uma vida mais sustentável. Ele avalia que na capital baiana, esse modelo de serviço ainda soa com certa desconfiança entre os consumidores.
O problema, no entanto, é contornado logo após o primeiro contato. O empresário garante que as pessoas ficam encantadas ao receber entregas de um ciclistas.
Para ele, nem mesmo o possível atraso em relação a outros meios de transporte é um problema. “Se cinco minutos a mais em uma entrega for considerado desvantagem, então esse é o defeito”, diz.
CRONOMETRADO
A Associação dos Ciclistas Urbanos (Ciclovida) já realizou cinco edições do Desafio Intermodal de Fortaleza. Em três edições, a bicicleta rápida foi considerada o meio que levava mais vantagem no tempo de deslocamento. A motocicleta levou a melhor nas outras duas edições.
Os voluntários saem todos do mesmo ponto e têm o mesmo destino. Cada um segue o percurso que considera mais conveniente, desde que respeite as regras do trânsito.
Em 2017, a moto foi o veículo mais rápido. Confira o resultado da última edição:
MODAL / TEMPO
MOTOCICLETA 24 minutos
BICICLETA RÁPIDA 29 minutos
MOTOTÁXI 30 minutos
BICICLETA ELÉTRICA 33 minutos
TÁXI 35minutos
CARRO 35minutos
BICICLETA URBANA 36 minutos
UBER 40 minutos
PEDESTRE CORRENDO 46 minutos
ÔNIBUS 50 minutos
BICICLETA COMPARTILHADA + ÔNIBUS 52 minutos
PEDESTRE CAMINHANDO 95 minutos
Fonte: O Povo
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