ESPECIALISTAS E AGRICULTORES FAMILIARES DISCUTEM DESAFIOS PARA CONSERVAR BIODIVERSIDADE NO BRASIL

Agricultores familiares do Projeto Bem Diverso. Foto: PNUD/Bem Diverso

15/12/2017 

Como conciliar as necessidades de preservação ambiental com os modos de vida de comunidades extrativistas? É o que busca o projeto Bem Diverso. Criada para promover a exploração econômica e sustentável de espécies típicas da biodiversidade brasileira, a iniciativa reuniu entre os dias 5 e 7 de dezembro, em Brasília, especialistas e representantes dos territórios onde é implementado.

Criado para promover a exploração econômica e sustentável de espécies típicas da biodiversidade brasileira, o Projeto Bem Diverso reuniu entre os dias 5 e 7 de dezembro, em Brasília, especialistas e representantes dos territórios onde é implementado. Estratégia de crescimento tem, como público-alvo, agricultores familiares que dependem de atividades extrativistas e agrícolas para sobreviver. Iniciativa é fruto de parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a EMBRAPA.

O encontro na capital federal promoveu debates sobre conservação ambiental, boas práticas de extrativismo e as relações entre biodiversidade e gastronomia. Um dos objetivos da reunião era entender e formular maneiras de superar os problemas encontrados pelo projeto.

Para o pesquisador da EMBRAPA e coordenador do Bem Diverso, Aldicir Scariot, os atuais desafios incluem “melhorar a qualidade da produção feita pelos agroextrativistas de forma que essa produção atinja o mercado e que haja um retorno financeiro”. Isso seria uma “forma de empoderar esses extrativistas”. Outro desafio é “desenvolver um projeto que respeite o modo de vida das comunidades e que se relacione com esses meios de vida”, avalia.

O especialista ressaltou também os resultados positivos compartilhados na reunião. “Podemos destacar, por exemplo, o planejamento do território em que usamos ferramentas de geotecnologia e modelagem bastante avançadas como forma de ter no planejamento subsídios que permitam delinear o uso desse território, considerando a produção, as comunidades que ali trabalham, as potencialidades e as limitações que existem naquele território.”

O Bem Diverso trabalha com o conceito de sociobiodiversidade, promovendo a exploração de 12 espécies prioritárias com potencial para produção, comercialização e geração de renda para agricultores familiares das regiões beneficiadas.

O projeto trabalha com a capacitação de comunidades, promove o acesso a mercados e mapeia incentivos financeiros existentes para viabilizar o comércio dos produtos. O objetivo é estimular o desenvolvimento local e, ao mesmo tempo, a conservação do ambiente.

Na avaliação da gerente de projetos do PNUD, Patrícia Benthien, “o encontro do projeto Bem Diverso teve como foco, neste ano, a promoção de troca de experiências e informações sobre os resultados alcançados até agora, bem como a intensificação das sinergias entre os diversos parceiros e atores que dele fazem parte”.



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