EMPRESAS E CONSUMIDORES DEVEM TRABALHAR JUNTOS PARA SALVAR O MEIO AMBIENTE”

Kerstin Forsberg no Festival de Cultura Empreendedora (Foto: Ricardo Cardoso)

21/10/2017

Kerstin Forsberg, fundadora da ONG Planeta Océano, contou como uniu empresas, pescadores e governo na luta pela preservação das espécies marinhas

A relação da peruana Kerstin Forsberg com o meio ambiente começou cedo. Seu bisavô e seu avô trabalhavam com pescaria artesanal, o que selou sua ligação com o mar.

Na infância, morou em Vancouver, no Canadá, onde visitou reservas naturais e teve contato com o conceito de preservação do meio ambiente. De volta ao Peru, escrevia redações sobre os animais na escola.

Na hora de optar pelo curso superior, biologia foi a escolha óbvia. “Na faculdade, comecei a trabalhar em vários projetos ligados ao meio ambiente marinho, como voluntária. O oceano já era minha paixão”, afirmou a empreendedora, durante palestra o Festival de Cultura Empreendedora.

Um desses projetos a trouxe ao Brasil. Em 2007, veio a Ubatuba para trabalhar como estagiária no Projeto Tamar, que tem como objetivo proteger as tartarugas marinhas. “Fiquei tão encantada que, na volta ao Peru, decidi que continuaria a trabalhar para proteger esse animais.”

Para poder se dedicar totalmente às questões relacionadas ao mar, fundou em 2009 a ONG Planeta Océano. Na nova organização, passou a focar na criação de uma network que unisse todos os players: governo, empresas, pescadores e escolas. “O meu trabalho tem três pilares: a pesquisa, feita em parceria com instituições e com a ajuda de voluntários; a educação das crianças sobre a vida marinha, em currículos desenvolvidos com os professores; e o desenvolvimento sustentável, com a introdução do ecoturismo na costa peruana.”

Em pouco tempo, descobriu que havia uma outra espécie em perigo no Peru, e que precisava ser protegida: as arraias-jamantas. “Eram animais fascinantes e belos, com sete metros de largura, e muito vulneráveis. Conversando com pesquisadores do Equador, percebi que havia uma grande quantidade delas nas nossas águas, mas que esse número estava diminuindo. Era preciso agir rápido”, afirmou. Tentou chamar a atenção do governo, sem sucesso.

“Mandamos uma proposta de preservação, e não tivemos nenhuma resposta”, afirmou. Em vez disso, decidiu recrutar a ajuda das comunidades locais – inclusive dos pescadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário e pela sua visita.
Volte sempre!!!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...