MINISTÉRIO DA SAÚDE DIVULGA NOVOS CASOS DE MICROCEFALIA

09/12/2015

Até 5 de dezembro de 2015, foram registrados 1.761 casos suspeitos de microcefalia, em 422 municípios de 14 unidades da federação. As informações são do Informe Epidemiológico sobre Microcefalia, divulgado nesta terça-feira (08).  O Ministério da Saúde, junto com gestores de Saúde de estados e municípios, continua tratando como prioridade a investigação desses casos e suas possíveis causas e consequências.

Neste período, o estado de Pernambuco registrou o maior número de casos (804). Em seguida estão os estados de Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (1).

Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos, nos estados do Rio Grande do Norte (7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1), Paraíba (1) e Piauí (1). As mortes foram de bebês com microcefalia, e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa dos óbitos.


Desde o dia 7 de dezembro, o Ministério da Saúde passou a adotar, em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a medida padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 32 cm, para a triagem de bebês suspeitos de microcefalia. Até então, a medida utilizada pelo Ministério era de 33 cm. A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, visando uma melhor compreensão da situação.

Vale esclarecer que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o crânio com 33 cm de diâmetro é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população.

PROTOCOLO - O Ministério da Saúde elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. O objetivo do protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O material foi elaborado a partir das discussões entre o Ministério da Saúde e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia, laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de Estados e Municípios afetados.

O protocolo contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial.  Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica, dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito Aedes aegypti.

PLANO NACIONAL – No dia 5 de dezembro, foi lançado o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia.  Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.

Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o Ministério da Saúde declarou, no mês passado, Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país.

O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito.


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