SÚPLICA DO RIO
Deixem-me viver.
Deixem-me viver como nasci,
Límpido e livre
A levar no meu caudal
O imenso manancial
De lendas e de mistérios.
Deixem-me ser o bebedouro,
O lar das garças,
O braço da viola
A cantar no pedregulho.
Deixem-me viver
Que em troca serei a artéria
Que encharcará os vales
As vezes lerdo,
As vezes bravo.
Serei a força do moinho
Que esfarela o trigo
Que vos alimenta.
Serei a fonte de batismo
Dos piazotes, das gaivotas,
A adaga prateada que rasga
O poncho verde dos campos.
Quero umedecer a terra
Aonde os frutos brotam.
Quero beijar barrancas
E ondular as sombras
De você.
Deixem-me morrer...no mar.
Deixem-me viver.
Deixem-me viver como nasci,
Límpido e livre
A levar no meu caudal
O imenso manancial
De lendas e de mistérios.
Deixem-me ser o bebedouro,
O lar das garças,
O braço da viola
A cantar no pedregulho.
Deixem-me viver
Que em troca serei a artéria
Que encharcará os vales
As vezes lerdo,
As vezes bravo.
Serei a força do moinho
Que esfarela o trigo
Que vos alimenta.
Serei a fonte de batismo
Dos piazotes, das gaivotas,
A adaga prateada que rasga
O poncho verde dos campos.
Quero umedecer a terra
Aonde os frutos brotam.
Quero beijar barrancas
E ondular as sombras
De você.
Deixem-me morrer...no mar.
Léo Ribeiro de Souza – “Raízes”
Maravilhoso grito de um rio! abraços,chica
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirNão só os poemas, as fotos também são maravilhosas...
Parabéns pelo blog!
Belíssimo. Que poesia mais profunda impossível nos tempos de hoje. Um grito de alerta.
ResponderExcluirAbs