Dia 12 de fevereiro de 1809, nascimento de Charles Darwin

Casamento e filhos




Darwin em 1842 com o seu filho mais velho, William Erasmus Darwin.
Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casou com sua prima
Emma Wedgwood em Maer. Depois de primeiro morar em Gower Street, Londres, o casal mudou para Down House em Downe em 17 de setembro de 1842. Os Darwin tiveram dez filhos, três dos quais morreram prematuramente. Muitos deles e de seus netos alcançaram notabilidade.

William Erasmus Darwin (27 de dezembro de 1839–1914)
Anne Elizabeth Darwin (2 de março de 1841 – 22 de abril de 1851)
Mary Eleanor Darwin (23 de setembro de 1842 – 16 de outubro de 1842)
Henrietta Emma "Etty" Darwin (25 de setembro de 1843–1929)
George Howard Darwin (9 de julho de 1845 – 7 de dezembro de 1912)
Elizabeth "Bessy" Darwin (8 de julho de 1847–1926)
Francis Darwin (16 de agosto de 1848 – 19 de setembro de 1925)
Leonard Darwin (15 de janeiro de 1850 – 26 de março de 1943)
Horace Darwin (13 de maio de 1851 – 29 de setembro de 1928)
Charles Waring Darwin (6 de dezembro de 1856 – 28 de junho de 1858)

Muitos dos seus filhos sofreram de doenças ou fraquezas e o temor de Darwin de que isto se devesse ao fato de que ele e Emma eram primos foi expresso em seus textos sobre os efeitos do acasalamento entre indivíduos de linhagens mais próximas (inbreeding) ou mais distantes (crossing).



Evolução por seleção natural




Temendo tanto as críticas científicas quanto as religiosas, Darwin passou décadas desenvolvendo as suas teorias evolutivas quase sempre em segredo.
Darwin era agora um eminente geólogo no meio científico formado por clérigos naturalistas, com uma renda segura e trabalhando secretamente em sua teoria. Ele tinha muito a fazer, escrevendo sobre todos os seus achados e supervisionando a preparação dos vários volumes da "Zoologia" que deveriam descrever as suas colecções. Ele estava convencido da ocorrência da evolução mas, desde muito tempo, sempre esteve consciente de que a idéia de transmutação de espécies era vista como uma blasfêmia, bem como era associada com agitadores democráticos radicais na Inglaterra; portanto, a publicação de suas ideias poderia significar a demolição de sua reputação e, consequentemente, a sua ruína. Assim, ele fazia experimentos minuciosos com plantas e consultava frequentemente muitos criadores de animais, incluindo criadores de
pombos e porcos, na tentativa de encontrar repostas convincentes para todos os contra-argumentos que ele conseguia antever.
Quando FitzRoy publicou seu livro sobre a viagem do Beagle em maio de 1839, o diário e comentários de Darwin foram um grande sucesso. Mais tarde naquele ano, o diário foi publicado isoladamente em um livro que se tornou um sucesso de vendas hoje conhecido como "
A Viagem do Beagle" (The Voyage of the Beagle). Em Dezembro de 1839, durante a primeira gravidez de Emma, a saúde de Darwin voltou a ficar comprometida e ele conseguiu avançar muito pouco em seus trabalhos no ano seguinte.
Darwin tentou explicar sua teoria para amigos mais próximos, mas eles demoraram a mostrar interesse e pensavam que uma selecção exige um seleccionador divino. Em 1842 a família se moveu para a sua casa no campo (Down House) para escapar da pressão de Londres. Ali, Darwin escreveu um pequeno texto esboçando a sua teoria que, em 1844, seria expandido para um documento de 240 páginas intitulado "Ensaio". Darwin completou seu terceiro livro sobre geologia em 1846. Auxiliado por um amigo, o jovem botânico
Joseph Dalton Hooker, ele iniciou um estudo aprofundado sobre cracas. Em 1847, Hooker leu o "Ensaio" e fez comentários que forneceram a Darwin a opinião externa que ele precisava.
Darwin temia publicar a teoria de forma incompleta considerando o fato de que as suas ideias sobre evolução poderiam ser altamente controversas se, de fato, alguma atenção fosse dada a elas. Outras ideias sobre evolução - especialmente o trabalho de
Jean-Baptiste Lamarck - tinham sido consistentemente rejeitadas pela comunidade científica britânica e foram associadas à noção de radicalismo político. A publicação anónima de "Vestígios da História Natural da Criação" (Vestiges of the Natural History of Creation) em 1844 gerou outra controvérsia sobre radicalismo e evolução e foi severamente atacada pelos amigos de Darwin, o que assegurava que nenhum cientista de reputação iria querer estar associado com tais ideias.
Para tentar tratar a sua doença, Darwin foi a um spa em Malvern em 1849 e, para a sua surpresa, verificou que os dois meses de tratamento com água o ajudaram. Em seu estudo sobre
cracas ele descobriu "homologias" que suportavam a sua teoria por mostrar que partes de um corpo levemente modificadas poderiam servir a funções diferentes em novos contextos. Foi então que a sua querida filha Annie adoeceu despertando novamente os seus temores de que sua doença pudesse ser hereditária. Após um longo sofrimento, ela morreu e Darwin perdeu toda a sua fé em um Deus benevolente.
Nesta época, ele conheceu o jovem naturalista, e livre pensador,
Thomas Huxley que se tornaria um amigo próximo e grande aliado. O trabalho de Darwin sobre cracas (Cirripedia) lhe valeu a medalha real da Royal Society em 1853, estabelecendo definitivamente a sua reputação como biólogo. Ele completou este estudo em 1854 e voltou a sua atenção para a sua teoria de transmutação de espécies.

Darwin vs Mendel

Mendel foi o primeiro geneticista conhecido. Com os seus estudos, por muito que contendo fatores alienígenas incontroláveis, Mendel comprovou que geneticamente (termo ainda não referido por este) os fatores e características passavam de pais para filhos, hereditariamente, na sua regra de 3:1. Esta explicação era a justificação necessária na teoria evolucionista de Darwin, para explicar a maneira como algumas características “evoluíam” e outras se extinguiam.
Porém, ainda que as teorias de Mendel se enquadrassem perfeitamente nas ideias de Darwin, na altura em que Mendel as começou a estudar, em nada auxiliaria na teoria evolutiva. Ainda não existiam meios de comprovar completamente os dados que Mendel obtinha nas suas experimentações (pelo que se explica os quase 35 anos que as suas descobertas permaneceram na escuridão), e o próprio Mendel não interligava as suas teorias com algo relacionado com evolução (enquadremos a situação no termo histórico da época, Mendel era um monge devotado, logo completamente Criacionista). Para não falar do facto de que na altura, era impossível Mendel aliar as suas descobertas a Darwin, ou Darwin aceitar as descobertas de Mendel. Não é por um cientista estar a escrever uma teoria evolucionária, que irá englobar nesta todas as ideias “tresloucadas” da altura. Sendo que se Darwin englobasse a teoria de Mendel na sua, ou se incluísse dados desta, era mais um argumento impossível de comprovar, e mais um motivo de polémica e de descrédito para o seu nome no seio da
comunidade científica (algo que Darwin temia).
A genética e a evolução Darwiniana foram inimigos desde o início de ambos os conceitos. Ao mesmo tempo que Darwin afirmava que os seres podiam “evoluir” para outros seres, Mendel demonstrava que características individuais mantinham-se constantes. Enquanto as ideias de Darwin se baseavam em fundamentos erróneos e não testados sobre hereditariedade, as conclusões de Mendel foram fundadas em experimentação cuidada.”
Se Darwin pudesse aceder aos trabalhos de Mendel já comprovados, tal poderia levar a que mudasse a sua teoria, adicionando factos e argumentos que se enquadram bem na teoria evolutiva, mas enquanto os conceitos de Darwin se baseavam em “variação, mutação, e “ligeira” hereditariedade”, os de Mendel assentavam em “variação descontinua e
hereditariedade extremamente acentuada, sem mutações”.
Então, se Darwin tivesse tomado conhecimento das teorias de Mendel na altura, pouco poderia mudar, ou auxiliar na teoria evolutiva. Poderia ter encontrado alguma resposta para as suas perguntas, mas não existia na altura maneira de comprovar a genética que apenas começou a ganhar a sua importância no final do
século XIX, vistas comprovadas as teorias de Mendel. Logo não existiria uma teoria tão sólida como a que apareceu futuramente (neo-Darwinismo) aliando a evolução à genética, com comprovações científicas e bases em experimentações cuidadosas. Na altura em que a teoria evolutiva foi publicada, mesmo com a ajuda dos trabalhos de Mendel, Charles Darwin nunca teria conseguido interpretar tantos factores, não atingindo uma teoria tão coesa como o Neo-Darwinismo, que aliou todas as áreas da Biologia, tornando a Genética e a Evolução irmãos de mãos dadas.

Fonte: Wikipédia

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