Bichos ‘fora do zoológico’ são atração sem igual para quem vem de fora

Araras são encontradas diariamente pelas ruas da cidade.(Foto: Marcos Ermínio)
31/08/2016

Animais silvestres chamam a atenção de quem não mora na 
Capital (Foto Arquivo Pessoal Leandro Miniussi)
A riqueza da fauna campo-grandense é, certamente, um diferencial da cidade que completa 117 anos hoje (28/8). O contato direto com animais silvestres como capivaras, quatis, araras e até serpentes faz parte da rotina de quem mora por aqui, mas para quem adotou a cidade, poder ver tudo isso de perto tem um gosto especial.

Para Josefh Kief, 26, que é dos Estados Unidos mas se mudou para Campo Grande, o contato com os animais além de uma experiência única é a possibilidade de ver as espécies fora do zoológico. "Sempre que posso reservo um tempo para observar os animais, pois infelizmente, nos Estados Unidos os nossos animais tropicais ficam só em zoológicos".

Josefh é nascido na Califórnia e a vontade de se mudar para o Mato Grosso do Sul surgiu a partir do contato com a namorada, que é campo-grandense. Ele conta que veio conhecer, gostou do lugar e se mudou há 1 ano e oito meses. Hoje, ele trabalha como professor de inglês aqui.

Joe encontrou uma capivara pela primeira vez no 
Lago do Amor (Foto Alcides Neto)
Sua primeira experiência com os animais silvestres aqui foi no Lago do Amor, próximo à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Foi lá que ele conheceu a capivara, animal típico do Brasil, mas que encanta os estrangeiros. "Quase gritei dizendo: Nossa! que bicho é esse? Parecia um rato grandão e eu até quis fazer um carinho nele, mas a minha namorada disse que não podia".

A impressão de Josefh não é incomum. Durante as Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, as capivaras foram um show a parte. O animal chegou a virar notícia na imprensa internacional, descrito como “mega rato” ou “hamster gigante".

Atualmente o Pantanal abriga 652 espécies de aves, entre elas araras 
canindé. (Foto Marcos Ermínio)

Em Mato Grosso do Sul, espécies como a arara-azul correm o risco de 
desaparecer da região (Foto Marcelo Calazans)

De passagem - Leandro Miniussi, tem 30 anos e há seis meses decidiu viajar pelo mundo. Brasileiro do interior de São Paulo, ele colocou Mato Grosso do Sul como prioridade na lista de desejos porque queria ter contato com os animais silvestres.

Ao visitar a Capital ele conta que se surpreendeu com o tamanho da cidade e a quantidade de árvores que existem por aqui. Leandro comenta que se espantou com tantos grupos grandes de capivaras e relata, feliz, que esteve muito próximo de algumas delas.

"Eu estava muito ansioso para ver de perto esses animais e ter um contato com eles. E quando visitei o Parque das Nações vi corujas e muitas capivaras, como nunca havia visto antes", afirma.

Número de animais atropelados nas rodovias é crescente (Arte Thiago Mendes)

Em números - A quantidade de animais silvestres por aqui se deve as matas preservadas e também, a proximidade com o Pantanal, região que abriga 264 espécies de peixes, 652 de aves, 102 de mamíferos, 177 de répteis e 40 anfíbios.

Apesar da riqueza da fauna, a população de animais tem diminuindo. Segundo o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) as causas são a crescente ocupação humana e redução de seus habitats através da destruição das matas.

Estima-se que 12 milhões de animais silvestres sejam retirados de seu habitat todos os anos. Em Mato Grosso do Sul, espécies como a arara-azul, o tamanduá-bandeira e a onça-pintada estão correndo o risco de desaparecer para sempre da região.

A preservação do meio ambiente é importante para que os animais tenha um 
habitat equilibrado (Foto Arquivo Pessoal Leandro Miniussi)

De acordo com o Major Queiroz da PMA (Polícia Militar Ambiental) para que haja uma preservação das espécies animais e não ocorra a extinção, é preciso existir uma discussão sobre a importância da fauna e de todos os problemas enfrentados como: tráfico de animais, caça, atropelamento, invasões e introdução de fauna.

Ele explica também que uma forma de manter a fauna preservada, é através do aproveitamento das carcaças encontradas mortas nas estradas e realizar a taxidermia, para que então eles sejam utilizados durante atividades de educação ambiental.

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