Você sabe a diferença dos sintomas da dengue, zika, chikungunya e gripe?

Mosquito Aedes aegypti  - Arquivo Agência Brasil

19/03/2016

Especialista explica os sintomas e as formas de tratamento

Segundo boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde, em janeiro de 2016, foram contabilizados 73.872 notificações de casos da dengue. Diante dos altos números de casos, médicos plantonistas e outros profissionais de saúde, recebem a difícil missão de diagnosticar, corretamente, todos os casos, pois por conta dos sintomas semelhantes, o paciente com suspeita de dengue pode estar com zika, chikungunya e, até mesmo, gripe.

Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira desta sexta-feira (18), a Diretora Médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani, falou sobre a possibilidade dos casos de dengue serem confundidos com gripe, zika e chikungunya, devido a algumas semelhanças nos sintomas.

Ainda segundo um estudo conduzido em El Salvador, publicado na revista científica PLOS, dos 121 pacientes hospitalizados com suspeita de dengue, 28% eram positivos para dengue e 19% positivos para influenza, o vírus causador da gripe.

A Médica, Sheila Homsani, explicou os sintomas: “os sintomas são muito parecidos, inicialmente, porque são viroses, então tanto a dengue, quanto a gripe, a zika e a chikungunya, dão febre. Se a pessoa chega só com febre, é possível a confusão entre as doenças. Entretanto existem algumas diferenças. Na gripe, o indivíduo tem tosse mais persistente, secreção pulmonar, pode ter dor de garganta, e uma leve dor muscular. Na dengue, além da febre, a dor muscular é um sintoma muito importante. Alguns pacientes comparam a dor com uma sensação de ossos quebrando. Na dengue, também aparecem a dor atrás dos olhos, enjoo, vômito, e até sangramentos, além das manchas no corpo”, explica.

De acordo com a Médica, a automedicação é um grande problema, pois tanto os casos de dengue, quanto os casos de gripe podem se complicar: “O ideal é procurar um médico e fazer uma avaliação correta. A automedicação pode complicar. Nos casos de gripe, pode-se desenvolver para uma pneumonia, otite e sinusite”, esclarece.

Em relação aos sintomas da dengue, zika e chikungunya, os sintomas são parecidos, entretanto com intensidades diferentes. “Na dengue, a febre é mais alta. Na chikungunya, a febre é mais moderada. E na zika, a febre é baixa e as vezes nem aparece. Na zika, geralmente, aparece a conjuntivite, e manchas pelo corpo, com muita coceira. Na chikungunya, a dor nas juntas é bem característica. Infelizmente, para chikungunya e zika, ainda não existe uma forma de prevenção, apenas o combate ao mosquito, com o controle dos criadouros”, informa.

Sheila Homsani fala da vacina da dengue, que já foi aprovada pela Anvisa e em breve estará disponível. “Nós podemos ter dengue quatro vezes na vida, pois a dengue possui quatro sorotipos diferentes, e a vacina protege contra os quatro tipos, com uma eficácia de 66%, ou seja, em cada 1000 pessoas, com mais de nove anos de idade, 660 pessoas estariam protegidas, inclusive contra as formas mais graves”, analisa.

Em relação as vacinas da gripe, a médica recomenda a vacinação anual, que está disponível no SUS, para pessoas acima de 60 anos, pessoas com doenças de risco, crianças de 6 meses a 5 anos de idade, grávidas e mulheres que tiveram bebês até 45 dias após o parto. O restante das pessoas só terão acesso a essas vacinas nas clínicas privadas.

Sheila Homsani explica que os laboratórios tem estudado e trabalhado para o desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus, e se diz esperançosa quanto a essa vacina. “O zika é um problema, que está sendo avaliado e estudado. Os laboratórios estão tentando desenvolver uma vacina, e tudo indica que em breve teremos mais uma arma, para a proteção contra essa doença também”, afirma.

Ouça a entrevista na íntegra no player acima e saiba mais sobre os sintomas dessas doenças.

O Amazônia Brasileira vai ao ar de segunda a sexta, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 6h, na Rádio Nacional do Alto Solimões (horário local).

A apresentação é de Sula Sevillis e a produção-executiva, de Taiana Borges.

Fonte: EBC


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